Plantão | Publicada em 30/09/2010 às 20h37m
Valor OnlineRIO - A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de permitir que o eleitor vote apenas com um documento de identificação, sem levar o título de eleitor, foi considerada "estranha" pelo candidato do PSDB à Presidência, José Serra.
Ele afirmou que não entrou em contato com o ministro do STF Gilmar Mendes, conforme denunciou a Folha de S.Paulo nesta quinta-feira. No entanto, disse que eles poderiam ter conversado, o que não teria "nada de mais", acredita.
"Achei estranho uma lei que foi aprovada há cerca de um ano ser modificada na última semana por um pedido do PT. É a lei que tornava o voto mais seguro. Eu achei esquisito", disse o candidato a jornalistas durante caminhada no Shopping Cassino Atlântico, em Copacabana, no Rio.
Já a candidata do PT, Dilma Rousseff, comemorou a decisão por acreditar que o brasileiro já está acostumado a votar sem o título de eleitor.
"Considero lúcida a decisão do Supremo porque garante o direito constitucional de votar. E tinha também o problema dos índios que não têm a obrigatoriedade de terem identidade, mas superamos isso. Essa é uma decisão do Supremo e eu não discuto. Não discuto, mas comemoro", disse Dilma durante coletiva de imprensa no hotel onde está hospedada, em Copacabana, à espera do último debate da campanha no primeiro turno.
Sobre a possibilidade de Serra ter pedido a Gilmar Mendes que mantivesse a obrigatoriedade dos dois documentos no dia da votação, a petista disse que seria uma das provas "mais escandalosas" de aparelhamento do STF. "Não sei se ele entrou em contato ou não. Até agora não tem prova. Só acusação", frisou.
(Juliana Ennes | Valor)
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