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quarta-feira, 24 de março de 2010

Defesa dos Nardoni quer reduzir número de testemunhas


O advogado Roberto Podval planeja dispensar quatro das oito pessoas previstas para depor hoje

Ouça o relato da repórter Rachel Costa, que está no Fórum de Santana, onde ocorre o julgamento do casal Nardoni (24/03/2010, 12h20)

Ouça o relato da repórter Jaqueline Mendes, que está no Fórum de Santana, onde ocorre o julgamento do casal Nardoni (24/03/2010, 10h)

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O advogado do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, Roberto Podval, disse que pretende terminar hoje de ouvir as testemunhas do caso Isabella. O defensor pretende dispensar metade das testemunhas.

"Quero reduzir este andamento. Hoje são oito testemunhas. Eu quero diminuir isso pela metade", disse ele, ao chegar ao Fórum de Santana, na zona norte da capital paulista, para o terceiro dia do julgamento. Segundo informações do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), faltam ser ouvidas 11 testemunhas.

Questionado sobre quem dispensaria de falar ao júri, Podval respondeu: "Não tenho a testemunha imprescindível. Preciso ver o andamento do júri para saber o que preciso provar." O advogado contou ainda não ter definido quando vai liberar a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, e a delegada do caso, Renata Pontes.

As duas estão retidas no fórum pois podem ser chamadas novamente ao júri para que a defesa confronte a versão delas com a de outras testemunhas. "A delegada baseou seu depoimento nas conclusões da perícia. Se algo do que ela disse não bater com o que os peritos disserem hoje, ela vai ter que explicar de onde tirou a informação", afirmou Podval. Ontem, em seu depoimento, Renata Pontes afirmou que só indiciou Alexandre e Anna Carolina Jatobá porque tem 100% de certeza que eles cometeram o crime".

Senhas informais

Cerca de 50 populares aguardavam às 8h30 em fila, em frente ao Fórum de Santana, uma chance de assistir ao julgamento. Houve quem tivesse chegado às 3h30 para garantir um dos assentos reservados ao público. Para evitar os fura-filas, que deram trabalho nos dois primeiros dias, eles decidiram distribuir uma senha extraoficial de acesso ao tribunal.

A ideia partiu da universitária Nina Paula Dias Leopoldo, de 32 anos, que chegou hoje ao fórum às 5h20. "Ontem cheguei cedo e não consegui entrar, enquanto gente que nem estava na fila entrou", disse a estudante de pedagogia, moradora da zona norte da cidade. Foram distribuídas a quem chegava 46 senhas escritas a caneta em pedaços de papel.

Nina Paula está com a senha de número 12 e esperançosa em conseguir acompanhar o julgamento. "Pretendo me especializar em direito da infância e, além disso, sou mãe de dois filhos pequenos. Quero olhar nos olhos de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá para ver se há culpa."

A retomada do julgamento começou às 10h16 horas, com o depoimento da perita do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, Rosângela Monteiro. Desde segunda-feira, quando começou o júri, foram ouvidas quatro testemunhas: a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, a delegada Renata Pontes, o médico-legista Paulo Sérgio Tieppo e o perito criminal Luiz Eduardo Dória.

Chegadas dos réus

Anna Carolina Jatobá chegou por volta das 8h37 de hoje ao Fórum de Santana. O veículo que fez o transporte da acusada de matar a menina no dia 29 de março de 2008 - junto com Alexandre Nardoni - entrou novamente pela lateral do prédio, assim como nos dois primeiros dias de sessão.

Anna Carolina saiu por volta das 8h15 da Penitenciária Feminina do Carandiru, na zona norte da cidade, onde pernoitou.
Alexandre Nardoni entrou no prédio onde o casal está sendo julgado pouco antes das 9 horas, horário previsto para o início do terceiro dia de julgamento. Por volta das 8h43 chegou ao local o advogado tributarista Antônio Nardoni, pai de Alexandre, acompanhado da irmã do réu, Cristiane.





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