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quarta-feira, 24 de março de 2010

Advogado do casal Nardoni possui boa estratégia, segundo jurista


da Folha Online

O fato de a perita Rosângela Monteiro, do Instituto de Criminalística (IC), ter sido a primeira a chegar no local do crime torna seu depoimento "fundamental" no julgamento do caso Isabella, segundo o jurista Luiz Flavio Gomes.

Ele acredita também que o advogado de defesa, Roberto Podval, possui uma boa estratégia, pois, ao reduzir o número de testemunhas irrelevantes, torna o julgamento menos cansativo.




Juiz encerra 3º dia de júri do casal Nardoni; mãe de Isabella permanece retida


ANDRÉ MONTEIRO
da Folha Online

O juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri, encerrou às 19h15 desta quarta-feira o terceiro dia do júri de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar a menina Isabella há dois anos. Os réus serão ouvidos nesta quinta. Antes de encerrar os trabalhos, Fossen avaliou as solicitações da defesa e da Promotoria e decidiu que Ana Carolina Oliveira, mãe da criança, deve permanecer à disposição da Justiça. Com isso, ela permanece retida e incomunicável.


A mãe da Isabella está nas dependências da Justiça desde a noite da última segunda (22). Após prestar depoimento, os advogados do casal Nardoni pediram que ela ficasse à disposição porque poderia ser novamente requisitada durante o júri, em uma possível acareação com os réus.

A expectativa era que Alexandre e Anna Jatobá começassem a ser interrogados na noite desta quarta, após os depoimentos das testemunhas convocadas pela defesa. No entanto, a análise sobre a liberação da mãe da Isabella atrasou os trabalhos.

A defesa do casal manteve a decisão de manter Ana Carolina à disposição. Já o promotor Francisco Cembranelli pediu para que a medida fosse reconsiderada, pois a mãe de Isabella está debilitada e "extremamente deprimida".

Após indeferir verbalmente o pedido da defesa de manter Ana Carolina de Oliveira à disposição do tribunal, o juiz reconsiderou a solicitação. Ele digitava a decisão no computador, quando disse ter percebido que poderia haver uma interpretação de cerceamento de defesa. Fossen voltou ao gabinete, consultou a legislação e a doutrina jurídica, e retornou com outro entendimento. Com isso, a mãe de Isabella permanece retida à disposição do tribunal.

O pedido de acareação com os réus, feito pela defesa, será decidido posteriormente, se solicitado.

Júri

Nesta quarta-feira, terceiro dia do júri, a perita do Instituto de Criminalística Rosângela Monteiro, testemunha comum à defesa e à acusação, foi a primeira a depor. Ela foi ouvida das 10h25 às 17h e afirmou que, conforme as análises, Alexandre Nardoni foi o responsável pela morte da filha.

Depois dela, foram ouvidas duas testemunhas convocadas pela defesa. As outras foram liberadas --inicialmente, estavam previstas 17 testemunhas, mas sete já haviam sido dispensadas no início do julgamento.

Na terça (23), foram ouvidas três pessoas : a delegada Renata Helena Silva Pontes, o médico-legista Paulo Sérgio Tieppo Alves --ambos testemunhas comuns à defesa e à acusação--, e o perito Luís Eduardo Carvalho, que veio da Bahia convocado pela Promotoria. Na segunda-feira (22), já tinha sido ouvida a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira.

Após cada dia de julgamento, o casal Nardoni está sendo levado para unidades prisionais da cidade de São Paulo. Alexandre está passando a noite do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros e Anna Carolina Jatobá na cadeia feminina do Estado, localizada no complexo do Carandiru.



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