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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Bate-boca sobre direitos humanos preocupa Lula


11 de janeiro de 2010


A crise envolvendo as Forças Armadas, o Ministério da Defesa e a Secretaria de Direitos Humanos, começa a preocupar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em conversa com um auxiliar direto, Lula considerou grave a troca de farpas entre ministros e disse que pedirá à equipe mais cautela e menos bate-boca pela imprensa sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos, para não alimentar a polêmica.



Após 11 dias de descanso, o presidente retorna hoje ao trabalho com a tarefa de desatar o nó da Comissão da Verdade, que prevê a investigação dos crimes de tortura durante a ditadura militar (1964-1985). Ele teria ficado contrariado ao saber, no domingo, que o secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, afirmou à imprensa que é um "fusível removível" no governo. Mesmo em férias, Vannuchi ameaçou entregar o cargo caso o programa de direitos humanos seja alterado para permitir a punição a militantes da esquerda.

Amigo de Lula há três décadas, Vannuchi é o segundo ministro a ameaçar pedir demissão em menos de um mês. No fim do ano passado, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, também colocou o cargo à disposição. Ficou ao lado dos comandantes do Exército, general Enzo Martins Peri, e da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, que se rebelaram contra a Comissão da Verdade, considerada "revanchista", e pedem mudanças no programa de direitos humanos. Na avaliação das Forças Armadas, o plano abre brechas para a revisão da Lei de Anistia.

Reuniões - A crise deverá ser tratada na primeira reunião do ano do grupo de coordenação política do governo, que ocorre nesta segunda-feira. Depois, Lula também quer ter conversas reservadas com Vannuchi, Jobim e com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Na semana passada, Stephanes fez coro às declarações da senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária, e disse que as propostas do programa sob a batuta de Vannuchi aumentam a insegurança jurídica no campo.

(Com Agência Estado)

Leia no blog de Reinaldo Azevedo:
"Felizmente, muitas vozes da sociedade brasileira se deram conta do caráter obviamente autoritário do tal Plano Nacional de Direitos Humanos e reagiram. O Planalto responde com mentiras novas às imposturas de antes."


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