Baba de caracol vira matéria-prima para cosmético em feira de SP
Substâncias, no entanto, só estão disponíveis com receita médica.
Do G1, em São Paulo
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Spray que promete diminuir a vontade de comer doce é derivado de planta (Foto: Claudia Silveira/G1)
A indústria de cosméticos aposta nas matérias-primas exóticas e naturais para conquistar o consumidor ávido por novidades. Em evento na região central de São Paulo, fabricantes apresentaram a médicos e farmacêuticos princípios ativos extraídos da baba de um caracol, da semente da jaca e até inspirado no veneno da cascavel.
A substância extraída da semente da jaca é usada em tratamentos para clarear manchas na pele e para evitar o surgimento delas. Batizado comercialmente de whitessence, o produto impede que a melanina produzida naturalmente pelo organismo vá para a camada externa da pele. O produto é fabricado na França e está disponível no Brasil desde o início do ano.
“A substância não impede a produção de melanina, apenas que ela ‘se espalhe’”, esclarece Maurício Pupo, professor de cosmetologia e presidente do 4º Congresso Internacional de Farmácia e Cosméticos, que aconteceu até sábado (11).
A baba do caracol é uma das substâncias mais curiosas apresentadas no evento. “No Peru, as pessoas passavam um caracol no rosto para tratar a pele”, afirma Pupo. A partir disso, diz ele, a secreção do animal foi pesquisada para fins cosméticos. O resultado, promete o fabricante, é um produto que combate as rugas, regenera e pele e não tem reações adversas.
Veneno de cascavel
Como uma das reações do veneno da cobra é a paralisação dos músculos, pesquisadores desenvolveram uma substância, em forma de creme, com o mesmo efeito para que agisse da mesma forma sobre as rugas do rosto.
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Baba de caracol é principal matéria-prima do cosmético da foto (Foto: Claudia Silveira/G1)
A substância foi batizada de syn-ake e, segundo Maurício Pupo, atua como um regenerador. De acordo com o professor de cosmetologia, o resultado é semelhante ao da toxina botulínica, “mas sem precisar de injeções”. “Ao usar em casa, a pessoa tem o controle dos resultados”, diz.
Adesivo vibrante
Na guerra contra as rugas, até um adesivo com uma minúscula bateria é usado para combater os sinais do tempo. Por fora, o produto batizado de power patches é parecido com os adesivos comuns usados para combater olheiras.
Mas do outro lado, explica a farmacêutica Mika Yamaguchi, há uma pequena bateria que vibra suavemente ao entrar em contato com a pele. “O estímulo melhora a circulação sanguínea da região, atenuando rugas e olheiras”, diz a farmacêutica.
Sem doces
O efeito de um produto à base de uma planta chamada gymnema sylvestre acabaria com o desejo de comer doce. Segundo o cosmetólogo Maurício Pupo, a substância amortece as papilas gustativas responsáveis por sentir o sabor doce dos alimentos.
“O produto é adoçado com sorbitol, que é o adoçante permitido para diabéticos. Na verdade, esse produto foi desenvolvido para os diabéticos, mas as pessoas passaram a usar para perder peso”, esclarece.
Cosmético efervescente
Um creme com enzimas da romã e que, ao ser aplicado na pele, reage com o oxigênio é uma das novidades no ramo do peeling. Segundo Pupo, o cosmético efervescente faz uma esfoliação menos agressiva na pele e tem ação antioxidante, ou seja, combate os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento.
Pele de fumante
“A pele do fumante é a que mais sofre efeito dos radicais livres, tem manchas e rugas precoces”, dispara Cristiane Vieira, gerente de treinamento da ADA TINA. Essa é a justificativa do laboratório para desenvolver uma linha de produtos pensada neste tipo de pele.
Segundo Cristiane, a linha contém antioxidantes, que ajudam a combater o envelhecimento da pele, e ômega-3 e ômega-6, substâncias que são encontradas naturalmente apenas nos alimentos.
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