A deputada federal, Manuela D'Ávila e José Eduardo Cardoso chega para a festa de casamento de
Paula Roussef, filha da ministra-chefe da casa Civil, Dilma Roussef nos
salões da Sociedade Leopoldina Juvenil, que deve reunir 600 convidados. A
cerimônia religiosa aconteceu as 20h30 desta sexta-feira na igreja São
José e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de
sua esposa, Marisa Letícia, e de pelo menos seis ministros de Estado e
oito governadores. FOTO: Paulo Dias / Preview.com
Fato!
Por Reinaldo Azeved
/
Por Reinaldo Azevedo
O documento foi apreendido pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul durante a Operação Cartola, deflagrada em julho e que investigava desvios no valor de 30 milhões de reais de oito municípios gaúchos. Seu conteúdo foi publicado nesta quarta no jornal Zero Hora. A assessoria de imprensa da polícia gaúcha confirma a existência da carta, mas não comenta seu conteúdo.
Nela, Taylor, que era filiado ao PCdoB na época, dizia ao secretário de Juventude e Esportes de Alvorada, Nelson da Silva Flores, ter uma gravação que poderia provar o que afirmava: o secretário, da mesma legenda, ameaçava exonerá-lo caso ele não lhe entregasse o dinheiro que sobrava de projetos do setor.
No texto, ele cita dois programas da secretaria cujas sobras desviadas por Flores totalizavam 15.000 reais. “O senhor disse que poderia me exonerar se eu não continuasse trazendo esse dinheiro e que até o prefeito sabia desse seu modo de conseguir verba para a secretaria”, comenta o ex-diretor.
Leia também:
Com ministro enfraquecido, Dilma assume a Copa de 2014
Esporte ainda tem muitas 'caixas-pretas', afirma João Dias
Delator de esquema no Esporte falará à Câmara
Respostas - Durante entrevista coletiva concedida à imprensa local, nesta quarta, o secretário Nelson Flores disse que não sabia da existência da carta e negou as acusações. O prefeito de Alvorada, João Carlos Brum, também afirma desconhecer o texto e determinou a abertura de um processo administrativo para investigar o caso.
De acordo com a assessoria de imprensa de Brum, caso a autenticidade da carta e as informações que nela constam sejam confirmadas, os responsáveis serão afastados de seus cargos e punidos.
No site oficial do PC do B, o partido alega que a campanha eleitoral do partido no Rio Grande do Sul sequer teve contribuição vinda de Alvorada. “É uma tentativa de aproveitar o momento político nacional para atacar a deputada Manuela d'Ávila, que hoje lidera todas as pesquisas de intenção de voto para Prefeitura de Porto Alegre”, argumenta a legenda.
A deputada Manuela D'Ávila manifestou-se em seu blog pessoal, afirmando que vai processar Marcio Taylor civil e criminalmente por calúnia. “Acho o fim fazerem qualquer ilação que me envolva. Mas, pelo visto, a eleição já começou. Lamento que a opção de alguns seja pela mentira e tentativa de destruir a honra dos outros. Não é a minha. E nunca será”, destacou. “Quem tem que provar é ele. Cá entra nós, corrupção de 1500 reais? É patético”, acrescentou, no Twitter.
Sphere: Related Content
A cada enxadada, uma minhoca - Proposta R$ 20 milhões mais cara ganha licitação no Esporte
Lá vou eu com uma das minhas máximas: “A cada enxadada, uma minhoca!”
Quando o assunto é o Ministério do Esporte, a lógica elementar não faz o
menor sucesso. Leiam o que informam Dimmi Amora, Rubens Valente e
Fernando Mello na Folha Online:
*
Uma proposta R$ 20 milhões mais alta do que 12 ofertas anteriores acabou a melhor classificada num pregão lançado pelo Ministério do Esporte para aquisição de 12 milhões de camisetas e bermudas para o programa Segundo Tempo, atual foco de denúncias na pasta. A fase de apresentação das propostas para a compra do material foi encerrada na última sexta-feira –um dia antes de a revista “Veja” divulgar denúncias do soldado da Polícia Militar do Distrito Federal João Dias Ferreira contra o ministro Orlando Silva.
*
Uma proposta R$ 20 milhões mais alta do que 12 ofertas anteriores acabou a melhor classificada num pregão lançado pelo Ministério do Esporte para aquisição de 12 milhões de camisetas e bermudas para o programa Segundo Tempo, atual foco de denúncias na pasta. A fase de apresentação das propostas para a compra do material foi encerrada na última sexta-feira –um dia antes de a revista “Veja” divulgar denúncias do soldado da Polícia Militar do Distrito Federal João Dias Ferreira contra o ministro Orlando Silva.
Da lista das
13 primeiras empresas que fizeram ofertas, 12 foram desclassificadas
sob variadas alegações da comissão de licitação, que alegou cumprir
regras do edital. A oferta mais baixa foi de R$ 60 milhões. A que acabou
classificada, da empresa Capricórnio S/A, ficou em R$ 80,8 milhões. Os
preços médios unitários dos itens a serem adquiridos ficaram bem acima
dos praticados na última compra do gênero feita pelo ministério, em
2009, segundo números apresentados pela pasta à Folha. A oferta melhor
classificada apontou R$ 8,56 para a bermuda, contra R$ 4,53 em 2009
(88,9% mais alto), R$ 5,66 para as camisetas de crianças, contra R$ 4,80
em 2009 (17,92%), e R$ 10,87 para as camisetas dos monitores, contra R$
7,30 há dois anos (aumento de 48,9%).
Segunda vez
No início do programa Segundo Tempo, as compras de materiais esportivos eram feitas pelas ONGs contratadas pelo ministério. Há denúncias criminais de que estas compras eram fictícias. Em novembro de 2009, o ministério deu início a um pregão de 31 tipos diferentes de material esportivo (entre bolas, raquetes, apitos que somam mais de 1 milhão de peças). Só um ano depois, o processo se encerrou, num prazo incomum. Um primeiro pregão foi cancelado. No segundo, a VR Comércio de Calçados LTDA venceu após quatro mudanças nas atas (registros oficiais) do processo. Na primeira rodada de lances do pregão, a VR tinha o 15º pior preço. Após a eliminação de todos os seus concorrentes pelo ministério, ela passou a ser a fornecedora pelo preço da primeira colocada.
No início do programa Segundo Tempo, as compras de materiais esportivos eram feitas pelas ONGs contratadas pelo ministério. Há denúncias criminais de que estas compras eram fictícias. Em novembro de 2009, o ministério deu início a um pregão de 31 tipos diferentes de material esportivo (entre bolas, raquetes, apitos que somam mais de 1 milhão de peças). Só um ano depois, o processo se encerrou, num prazo incomum. Um primeiro pregão foi cancelado. No segundo, a VR Comércio de Calçados LTDA venceu após quatro mudanças nas atas (registros oficiais) do processo. Na primeira rodada de lances do pregão, a VR tinha o 15º pior preço. Após a eliminação de todos os seus concorrentes pelo ministério, ela passou a ser a fornecedora pelo preço da primeira colocada.
Concorrentes
denunciaram suposta fraude e pediram o cancelamento do pregão, alegando
que o ministério permitiu à VR mudar documentos apresentados após o fim
dos lances. Em um ano, a VR já recebeu R$ 27 milhões pelo contrato e
passou a ser a segunda maior recebedora de recursos do Segundo Tempo. A
VR fica em Três Corações (MG) e seus endereços são uma loja de móveis
fechada, adquirida recentemente, e uma pequena sapataria. Concorrentes
estão tentando impugnar a licitação alegando que só a VR será capaz de
apresentar justamente pelo contrato de 2010. A previsão agora é que o
fornecimento chegue a R$ 56 milhões. Aqui
Dinheiro para ONG de vereadora do PCdoB cresceu espantosamente em anos eleitorais
Então…
Sabem a ONG Bola Pra Frente, aquela que se chamava “Pra Frente Brasil”?
Pertence à ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues, vereadora do PCdoB
na cidade paulista de Jaguariúna. Sua entidade é a campeã absoluta de
verbas do Ministério do Esporte: R$ 28 milhões em oito anos! Desse
total, ela conseguiu empenhar R$ 10 milhões só para comprar lanchinho
para os atletas… Vai ver era uma divisão do Fome Zero, né? A empresa que
fornece o alimento pertence a um amigo seu. Sem saber que estava sendo
filmado, o homem confessou para reportagem do Fantástico que é
funcionário de Karina.
Esse é o
modelo de funcionamento de boa parte das ONGs na relação com o governo
federal: levam o dinheiro e depois arrumam empresa de fachada para
justificar os gastos. Pois bem. Abaixo, seguem alguns dados do Portal da
Transparência, do governo federal, sobre o dinheiro que o Ministério do
Esporte repassou para a ONG de Karina. Prestem atenção!
2004 - R$ 233.409,50
2005 - R$ 1.249.217,00
2006 - R$ 2.706.332,40
2007 - R$ 1.847.030,60
2008 - R$ 8.504.099,00
2009 - R$ 175.499,30
2010 - R$ 12.118.660,60
2005 - R$ 1.249.217,00
2006 - R$ 2.706.332,40
2007 - R$ 1.847.030,60
2008 - R$ 8.504.099,00
2009 - R$ 175.499,30
2010 - R$ 12.118.660,60
Como vocês
notaram, o dinheiro cresce barbaramente nos anos em negrito: 2006, 2008 e
2010. O que esses anos têm de especial? ELEIÇÕES!
Fato?Fato!
/
Orlando Silva diz por que não vai processar a VEJA. E eu também digo
Em seu depoimento no Senado, afirmou o ministro Orlando Silva:
“Refleti muito sobre até onde iria tomar medidas judiciais. Houve quem perguntasse: ‘Não seria adequado processar a revista? O jornalista?’ Decidi processar os caluniadores. Para que não paire dúvida sobre o papel que vejo na imprensa neste País. Com esse meu gesto, faço um apelo para que o bom jornalismo prospere no Brasil.”
“Refleti muito sobre até onde iria tomar medidas judiciais. Houve quem perguntasse: ‘Não seria adequado processar a revista? O jornalista?’ Decidi processar os caluniadores. Para que não paire dúvida sobre o papel que vejo na imprensa neste País. Com esse meu gesto, faço um apelo para que o bom jornalismo prospere no Brasil.”
Pô, que bacana!
Posso estar
entendendo errado, mas acho que não. Parece que o ministro sugere que
ele só não processa a revista porque é especialmente tolerante. Bem, o
país dispõe de uma Constituição que trata da liberdade de imprensa, não
é? Orlando Silva tem o direito de tentar processar quem quiser. Se o
troço vai adiante, é outra história.
Uma coisa é
certa: o bom jornalismo prospera no Brasil, a despeito das dificuldades e
da gritaria dos esbirros do oficialismo. Ainda me lembro do alarido:
“Como VEJA ousa publicar essa reportagem sobre Erenice Guerra?” Se não
me engano, alguém prometeu processar a revista. Que eu sabia, não
aconteceu. E depois: “Como ousa publicar tal coisa sobre Antonio
Palocci, Pedro Novais, Wagner Rossi?”
É sempre assim.
E assim será
enquanto houver governo, imprensa e democracia. Os que cultivam a
liberdade de imprensa e os valores democráticos devem ser gratos à
Constituição e ao Estado de Direito. A liberdade de imprensa não nasce
da generosidade dos governantes.
Fossem a
VEJA e a imprensa de modo geral fazer o que querem os pterodáctilos que
voejam por aí, jogando sua sujeira primitiva sobre o estado de direito, o
jornalismo viveria só de aplausos. E todos os homens públicos demitidos
por desmandos ou incompetência estariam em seus respectivos cargos,
infelicitando o Brasil.
Silva não
vai processar a VEJA. Muito bem! Seria o mesmo que processar o fato. E é
fato que um homem com um trânsito incomum no PCdoB, no Ministério do
Esporte e no governo do Distrito Federal faz pesadas acusações contra o
ministro, que lidera uma pasta eivada de irregularidades que beneficiam o
PCdoB. Não se trata de um maluco qualquer, sem vínculo com as
atividades de Silva, ao qual se decidiu dar ouvidos.
Para
encerrar: imaginem se a Folha de S.Paulo fosse apurar cada palavra de
Roberto Jefferson para saber se aquilo era ou não verdade… Hoje seríamos
todos funcionários involuntários do chefe de quadrilha… Porque agora
estão no poder, os esquerdistas tentam mudar o que é uma rotina na
imprensa democrática do mundo inteiro: quando alguém “de dentro” de um
esquema rói a corda e sai denunciando desmandos na área pública, isso,
em princípio, é notícia. Se o fato denunciado, então, se relaciona com
uma penca DE ILEGALIDADES JÁ COMPROVADAS, aí não há o que questionar.
É por isso que Orlando Silva não vai processar a VEJA.
Ex-filiado aponta desvios para campanha do PC do B
Carta de ex-diretor de esportes de Alvorada (RS) acusa secretário de uso de verba que sobrava de programas para financiar campanha de Manuela D’Ávila
Adriana Caitano
Para Manuela D'Ávila, eleição já começou: "Acho o fim fazerem qualquer ilação que me envolva"
(Rodolfo Stuckert/Agência Câmara)
Uma carta divulgada nesta quarta-feira complica ainda mais a situação
do PC do B. Em um texto escrito à mão em maio de 2010, Marcio Taylor,
ex-diretor de esportes da cidade gaúcha de Alvorada, a 27 quilômetros da
capital, Porto Alegre, afirma ter havido desvio de verba pública da
prefeitura para a campanha da deputada federal Manuela D’Ávila
(PCdoB). Na edição desta semana, VEJA revelou um esquema de corrupção envolvendo o ministro do Esporte, Orlando Silva, do mesmo partido.O documento foi apreendido pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul durante a Operação Cartola, deflagrada em julho e que investigava desvios no valor de 30 milhões de reais de oito municípios gaúchos. Seu conteúdo foi publicado nesta quarta no jornal Zero Hora. A assessoria de imprensa da polícia gaúcha confirma a existência da carta, mas não comenta seu conteúdo.
Nela, Taylor, que era filiado ao PCdoB na época, dizia ao secretário de Juventude e Esportes de Alvorada, Nelson da Silva Flores, ter uma gravação que poderia provar o que afirmava: o secretário, da mesma legenda, ameaçava exonerá-lo caso ele não lhe entregasse o dinheiro que sobrava de projetos do setor.
No texto, ele cita dois programas da secretaria cujas sobras desviadas por Flores totalizavam 15.000 reais. “O senhor disse que poderia me exonerar se eu não continuasse trazendo esse dinheiro e que até o prefeito sabia desse seu modo de conseguir verba para a secretaria”, comenta o ex-diretor.
Leia também:
Com ministro enfraquecido, Dilma assume a Copa de 2014
Esporte ainda tem muitas 'caixas-pretas', afirma João Dias
Delator de esquema no Esporte falará à Câmara
Respostas - Durante entrevista coletiva concedida à imprensa local, nesta quarta, o secretário Nelson Flores disse que não sabia da existência da carta e negou as acusações. O prefeito de Alvorada, João Carlos Brum, também afirma desconhecer o texto e determinou a abertura de um processo administrativo para investigar o caso.
De acordo com a assessoria de imprensa de Brum, caso a autenticidade da carta e as informações que nela constam sejam confirmadas, os responsáveis serão afastados de seus cargos e punidos.
No site oficial do PC do B, o partido alega que a campanha eleitoral do partido no Rio Grande do Sul sequer teve contribuição vinda de Alvorada. “É uma tentativa de aproveitar o momento político nacional para atacar a deputada Manuela d'Ávila, que hoje lidera todas as pesquisas de intenção de voto para Prefeitura de Porto Alegre”, argumenta a legenda.
A deputada Manuela D'Ávila manifestou-se em seu blog pessoal, afirmando que vai processar Marcio Taylor civil e criminalmente por calúnia. “Acho o fim fazerem qualquer ilação que me envolva. Mas, pelo visto, a eleição já começou. Lamento que a opção de alguns seja pela mentira e tentativa de destruir a honra dos outros. Não é a minha. E nunca será”, destacou. “Quem tem que provar é ele. Cá entra nós, corrupção de 1500 reais? É patético”, acrescentou, no Twitter.
Nenhum comentário:
Postar um comentário