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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Orlando Silva: Uma proposta R$ 20 milhões mais alta do que 12 ofertas anteriores acabou a melhor classificada num pregão lançado pelo Ministério do Esporte

A deputada federal, Manuela D'Ávila e José Eduardo Cardoso chega para a festa de casamento de Paula Roussef, filha da ministra-chefe da casa Civil, Dilma Roussef nos salões da Sociedade Leopoldina Juvenil, que deve reunir 600 convidados. A cerimônia religiosa aconteceu as 20h30 desta sexta-feira na igreja São José e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de sua esposa, Marisa Letícia, e de pelo menos seis ministros de Estado e oito governadores. FOTO: Paulo Dias / Preview.com

A cada enxadada, uma minhoca - Proposta R$ 20 milhões mais cara ganha licitação no Esporte

Lá vou eu com uma das minhas máximas: “A cada enxadada, uma minhoca!” Quando o assunto é o Ministério do Esporte, a lógica elementar não faz o menor sucesso. Leiam o que informam Dimmi Amora, Rubens Valente e Fernando Mello na Folha Online:
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Uma proposta R$ 20 milhões mais alta do que 12 ofertas anteriores acabou a melhor classificada num pregão lançado pelo Ministério do Esporte para aquisição de 12 milhões de camisetas e bermudas para o programa Segundo Tempo, atual foco de denúncias na pasta. A fase de apresentação das propostas para a compra do material foi encerrada na última sexta-feira –um dia antes de a revista “Veja” divulgar denúncias do soldado da Polícia Militar do Distrito Federal João Dias Ferreira contra o ministro Orlando Silva.
Da lista das 13 primeiras empresas que fizeram ofertas, 12 foram desclassificadas sob variadas alegações da comissão de licitação, que alegou cumprir regras do edital. A oferta mais baixa foi de R$ 60 milhões. A que acabou classificada, da empresa Capricórnio S/A, ficou em R$ 80,8 milhões. Os preços médios unitários dos itens a serem adquiridos ficaram bem acima dos praticados na última compra do gênero feita pelo ministério, em 2009, segundo números apresentados pela pasta à Folha. A oferta melhor classificada apontou R$ 8,56 para a bermuda, contra R$ 4,53 em 2009 (88,9% mais alto), R$ 5,66 para as camisetas de crianças, contra R$ 4,80 em 2009 (17,92%), e R$ 10,87 para as camisetas dos monitores, contra R$ 7,30 há dois anos (aumento de 48,9%).
Segunda vez
No início do programa Segundo Tempo, as compras de materiais esportivos eram feitas pelas ONGs contratadas pelo ministério. Há denúncias criminais de que estas compras eram fictícias. Em novembro de 2009, o ministério deu início a um pregão de 31 tipos diferentes de material esportivo (entre bolas, raquetes, apitos que somam mais de 1 milhão de peças). Só um ano depois, o processo se encerrou, num prazo incomum. Um primeiro pregão foi cancelado. No segundo, a VR Comércio de Calçados LTDA venceu após quatro mudanças nas atas (registros oficiais) do processo. Na primeira rodada de lances do pregão, a VR tinha o 15º pior preço. Após a eliminação de todos os seus concorrentes pelo ministério, ela passou a ser a fornecedora pelo preço da primeira colocada.
Concorrentes denunciaram suposta fraude e pediram o cancelamento do pregão, alegando que o ministério permitiu à VR mudar documentos apresentados após o fim dos lances. Em um ano, a VR já recebeu R$ 27 milhões pelo contrato e passou a ser a segunda maior recebedora de recursos do Segundo Tempo. A VR fica em Três Corações (MG) e seus endereços são uma loja de móveis fechada, adquirida recentemente, e uma pequena sapataria. Concorrentes estão tentando impugnar a licitação alegando que só a VR será capaz de apresentar justamente pelo contrato de 2010. A previsão agora é que o fornecimento chegue a R$ 56 milhões. Aqui

Dinheiro para ONG de vereadora do PCdoB cresceu espantosamente em anos eleitorais

Então… Sabem a ONG Bola Pra Frente, aquela que se chamava “Pra Frente Brasil”? Pertence à ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues, vereadora do PCdoB na cidade paulista de Jaguariúna. Sua entidade é a campeã absoluta de verbas do Ministério do Esporte: R$ 28 milhões em oito anos! Desse total, ela conseguiu empenhar R$ 10 milhões só para comprar lanchinho para os atletas… Vai ver era uma divisão do Fome Zero, né? A empresa que fornece o alimento pertence a um amigo seu. Sem saber que estava sendo filmado, o homem confessou para reportagem do Fantástico que é funcionário de Karina.
Esse é o modelo de funcionamento de boa parte das ONGs na relação com o governo federal: levam o dinheiro e depois arrumam empresa de fachada para justificar os gastos. Pois bem. Abaixo, seguem alguns dados do Portal da Transparência, do governo federal, sobre o dinheiro que o Ministério do Esporte repassou para a ONG de Karina. Prestem atenção!
2004 - R$ 233.409,50
2005 - R$ 1.249.217,00
2006 - R$ 2.706.332,40
2007 - R$ 1.847.030,60

2008 - R$ 8.504.099,00
2009 - R$ 175.499,30

2010 - R$ 12.118.660,60
Como vocês notaram, o dinheiro cresce barbaramente nos anos em negrito: 2006, 2008 e 2010. O que esses anos têm de especial? ELEIÇÕES!
Fato?
Fato!
Por Reinaldo Azeved


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Orlando Silva diz por que não vai processar a VEJA. E eu também digo

Em seu depoimento no Senado, afirmou o ministro Orlando Silva:
“Refleti muito sobre até onde iria tomar medidas judiciais. Houve quem perguntasse: ‘Não seria adequado processar a revista? O jornalista?’ Decidi processar os caluniadores. Para que não paire dúvida sobre o papel que vejo na imprensa neste País. Com esse meu gesto, faço um apelo para que o bom jornalismo prospere no Brasil.”
Pô, que bacana!
Posso estar entendendo errado, mas acho que não. Parece que o ministro sugere que ele só não processa a revista porque é especialmente tolerante. Bem, o país dispõe de uma Constituição que trata da liberdade de imprensa, não é? Orlando Silva tem o direito de tentar processar quem quiser. Se o troço vai adiante, é outra história.
Uma coisa é certa: o bom jornalismo prospera no Brasil, a despeito das dificuldades e da gritaria dos esbirros do oficialismo. Ainda me lembro do alarido: “Como VEJA ousa publicar essa reportagem sobre Erenice Guerra?” Se não me engano, alguém prometeu processar a revista. Que eu sabia, não aconteceu. E depois: “Como ousa publicar tal coisa sobre Antonio Palocci, Pedro Novais, Wagner Rossi?”

É sempre assim.
E assim será enquanto houver governo, imprensa e democracia. Os que cultivam a liberdade de imprensa e os valores democráticos devem ser gratos à Constituição e ao Estado de Direito. A liberdade de imprensa não nasce da generosidade dos governantes.

Fossem a VEJA e a imprensa de modo geral fazer o que querem os pterodáctilos que voejam por aí, jogando sua sujeira primitiva sobre o estado de direito, o jornalismo viveria só de aplausos. E todos os homens públicos demitidos por desmandos ou incompetência estariam em seus respectivos cargos, infelicitando o Brasil.
Silva não vai processar a VEJA. Muito bem! Seria o mesmo que processar o fato. E é fato que um homem com um trânsito incomum no PCdoB, no Ministério do Esporte e no governo do Distrito Federal faz pesadas acusações contra o ministro, que lidera uma pasta eivada de irregularidades que beneficiam o PCdoB. Não se trata de um maluco qualquer, sem vínculo com as atividades de Silva, ao qual se decidiu dar ouvidos.
Para encerrar: imaginem se a Folha de S.Paulo fosse apurar cada palavra de Roberto Jefferson para saber se aquilo era ou não verdade… Hoje seríamos todos funcionários involuntários do chefe de quadrilha…  Porque agora estão no poder, os esquerdistas tentam mudar o que é uma rotina na imprensa democrática do mundo inteiro: quando alguém “de dentro” de um esquema rói a corda e sai denunciando desmandos na área pública, isso, em princípio, é notícia. Se o fato denunciado, então, se relaciona com uma penca DE ILEGALIDADES JÁ COMPROVADAS, aí não há o que questionar.
É por isso que Orlando Silva não vai processar a VEJA.
Por Reinaldo Azevedo

Ex-filiado aponta desvios para campanha do PC do B

Carta de ex-diretor de esportes de Alvorada (RS) acusa secretário de uso de verba que sobrava de programas para financiar campanha de Manuela D’Ávila

Adriana Caitano
Para Manuela D'Ávila, eleição já começou: "Acho o fim fazerem qualquer ilação que me envolva"   Para Manuela D'Ávila, eleição já começou: "Acho o fim fazerem qualquer ilação que me envolva" (Rodolfo Stuckert/Agência Câmara)
Uma carta divulgada nesta quarta-feira complica ainda mais a situação do PC do B. Em um texto escrito à mão em maio de 2010, Marcio Taylor, ex-diretor de esportes da cidade gaúcha de Alvorada, a 27 quilômetros da capital, Porto Alegre, afirma ter havido desvio de verba pública da prefeitura para a campanha da deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB). Na edição desta semana, VEJA revelou um esquema de corrupção envolvendo o ministro do Esporte, Orlando Silva, do mesmo partido.
O documento foi apreendido pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul durante a Operação Cartola, deflagrada em julho e que investigava desvios no valor de 30 milhões de reais de oito municípios gaúchos. Seu conteúdo foi publicado nesta quarta no jornal Zero Hora. A assessoria de imprensa da polícia gaúcha confirma a existência da carta, mas não comenta seu conteúdo.
Nela, Taylor, que era filiado ao PCdoB na época, dizia ao secretário de Juventude e Esportes de Alvorada, Nelson da Silva Flores, ter uma gravação que poderia provar o que afirmava: o secretário, da mesma legenda, ameaçava exonerá-lo caso ele não lhe entregasse o dinheiro que sobrava de projetos do setor.
No texto, ele cita dois programas da secretaria cujas sobras desviadas por Flores totalizavam 15.000 reais. “O senhor disse que poderia me exonerar se eu não continuasse trazendo esse dinheiro e que até o prefeito sabia desse seu modo de conseguir verba para a secretaria”, comenta o ex-diretor.
Leia também:
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Delator de esquema no Esporte falará à Câmara

Respostas - Durante entrevista coletiva concedida à imprensa local, nesta quarta, o secretário Nelson Flores disse que não sabia da existência da carta e negou as acusações. O prefeito de Alvorada, João Carlos Brum, também afirma desconhecer o texto e determinou a abertura de um processo administrativo para investigar o caso.
De acordo com a assessoria de imprensa de Brum, caso a autenticidade da carta e as informações que nela constam sejam confirmadas, os responsáveis serão afastados de seus cargos e punidos.
No site oficial do PC do B, o partido alega que a campanha eleitoral do partido no Rio Grande do Sul sequer teve contribuição vinda de Alvorada. “É uma tentativa de aproveitar o momento político nacional para atacar a deputada Manuela d'Ávila, que hoje lidera todas as pesquisas de intenção de voto para Prefeitura de Porto Alegre”, argumenta a legenda.
A deputada Manuela D'Ávila manifestou-se em seu blog pessoal, afirmando que vai processar Marcio Taylor civil e criminalmente por calúnia. “Acho o fim fazerem qualquer ilação que me envolva. Mas, pelo visto, a eleição já começou. Lamento que a opção de alguns seja pela mentira e tentativa de destruir a honra dos outros. Não é a minha. E nunca será”, destacou. “Quem tem que provar é ele. Cá entra nós, corrupção de 1500 reais? É patético”, acrescentou, no Twitter.









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