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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Fail Shell Hackers divulgam dados pessoais de funcionários da Petrobras


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MÁRCIO NEVES
DE SÃO PAULO

O grupo hacker LulzSecBrazil, que vem promovendo ataques e invasões a sistemas e sites ligados ao governo, divulgou na manhã desta sexta-feira (24) um arquivo que teria sido retirado de computadores da Petrobras com dados pessoais de funcionários da empresa.


A Folha entrou em contato com um destes funcionários e confirmou a veracidade das informações, que incluía número de CPF, função exercida na Petrobrás e dados bancários.

Procurada pela reportagem, a empresa não se manifestou sobre o assunto até a publicação desta notícia.

Ontem, o grupo já havia postado em sua conta no Twitter um link para um arquivo com supostos dados pessoais da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Muitas dessas informações são públicas e constam, por exemplo, da prestação de contas dos mandatários durante as campanhas eleitorais.

As informações relativas a Dilma a vinculam à Petrobras, o que poderia sugerir que as informações foram coletadas quando ela fazia parte do Conselho de Administração da empresa, do qual saiu no início do ano passado, antes do lançamento de sua campanha à Presidência.

Desde a madrugada de quarta-feira (22) o grupo de hackers tem sido responsabilizado por uma série de ataques a sites governamentais, fazendo com que alguns deles ficassem fora do ar por algumas horas.

O próprio site da Petrobras esteve entre os alvos do grupo. Um suposto ataque de hackers tirou o site do ar na tarde desta quarta-feira. A queda foi reivindicada pelo grupo chamado LulzSecBrazil no Twitter, com mensagens como "Acorda Brasil! Nao queremos mais comprar combustivel a R$2.75 a R$2.98 e expotar a menos da metade do preco! ACORDA DILMA!".

A empresa informou, por meio de nota, que "o site recebeu alto volume de acessos simultâneos" e "o congestionamento momentâneo do servidor não causou nenhuma alteração de conteúdo ou dano de informações disponíveis".

Na madrugada desta sexta-feira (24), um novo ataque tirou do ar o site do IBGE e uma mensagem foi postada no endereço virtual. A página apresentou o título "IBGE Hackeado - Fail Shell" escrito no topo e uma foto de um olho humano com a legenda "Ordem e Progresso" inserida sobre a pupila.

No pé da página, dizeres indicavam que o ataque partiu de outro grupo, em protesto contra o LulzSecBrazil e o Anonymous: "Atacado por FIREH4CK3R", "Brasil, um país de todos!" e "Não há espaço para grupos sem qualquer ideologia como LulzSec ou Anonymous no Brasil".

SAIBA MAIS

O grupo de hackers LulzSec (Lulz Security) chamou a atenção mundial pela primeira vez há dois meses, com a invasão da rede on-line do PlayStation, da Sony, e o vazamento dos dados de milhões de usuários. O game, de alcance global, passou dias fora do ar.

Na semana passada, o grupo assumiu um ataque ao site da CIA. Anteontem, o FBI invadiu e confiscou equipamentos de um servidor de internet no Estado de Virgínia, parte de uma investigação dos membros do LulzSec realizada junto com a própria CIA e agências europeias, segundo o 'New York Times'. Um membro do LulzSec foi preso no Reino Unido.

O nome Lulz vem de LOL ('laugh out loud', rir alto), uma gíria de internet usada, em geral, após brincadeiras on-line e pegadinhas.

Anterior e mais conhecido, o grupo Anonymous nasceu como coletivo hacker há cerca de três anos.

A exemplo do LulzSec, começou com brincadeiras on-line, até realizar uma série de ataques em defesa do WikiLeaks, em dezembro do ano passado.

Conseguiu afetar a operação de sites globais como Visa, MasterCard e PayPal, por terem suspendido contas da organização de Julian Assange, que expôs segredos americanos.


Editoria de Arte/Folhapress



Ministro incluído como testemunha de dr. Hélio se diz surpreso

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DE SÃO PAULO

Hoje na Folha O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., diz que foi "surpreendido" ao ser indicado como testemunha de defesa pelo prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, o dr. Hélio (PDT-SP), no processo sobre um suposto esquema de fraudes em licitações na administração local, informa informa a coluna de Mônica Bergamo, publicada na edição desta sexta-feira na Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Ele afirma que, quando convocado, irá falar sobre as parcerias de sua pasta e da União com a prefeitura, "em solidariedade" ao político.

Ministros e deputados federais estão na lista de testemunhas apresentada pelo prefeito para se defender em um processo que pode resultar no seu impeachment na Câmara dos Vereadores.

Em 23 de maio, foi aprovada a criação de uma Comissão Processante na Câmara, formada por três vereadores, para apurar a responsabilidade do prefeito em possíveis irregularidades na prefeitura e a necessidade de cassação do mandato de dr. Hélio.

Segundo a defesa apresentada pelo advogado Alberto Rollo, além de Orlando Silva (Esporte), o ministro Carlos Lupi (Trabalho e Emprego) está entre as testemunhas do prefeito. Lupi também é filiado ao PDT.

24/06/2011 11h12 - Atualizado em 24/06/2011 11h31

714 sites governamentais brasileiros foram invadidos no ano, diz pesquisa

Portal do IBGE foi hackeado na madrugada desta sexta-feira (24).
Sites 'gov.br' sofrem cerca de 4 invasões por dia, diz levantamento.

Do G1, em São Paulo

Blog do Planalto sofreu um ataque de pichação em fevereiro, conforme registro do site Zone-h (Foto: Reprodução)Blog do Planalto sofreu ataque de pichação
em fevereiro, conforme registro do site Zone-h
(Foto: Reprodução)

Sites governamentais brasileiros (com terminações "gov.br") sofreram apenas neste ano 714 ataques de pichação, segundo levantamento do site especializado em segurança Zone-H. Isso dá uma média de 4 invasões por dia ou cerca de 28 por semana.

Na madrugada desta sexta-feira (24), o portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sofreu um ataque de pichação. No topo da página na internet estava escrito "IBGE Hackeado – Fail Shell", e uma imagem com um olho representando a bandeira do Brasil.

A maioria das pichações ou “defaces” (alterações de páginas) no Brasil é a sites de prefeituras, conforme os arquivos do Zone-H. Dos 16 portais governamentais atingidos entre os dias 17 e 22 de junho, 7 eram de prefeituras e 2 de câmaras municipais.

No entanto sites de governos e órgãos estaduais e federais também são alvos. Em 17 de fevereiro, por exemplo, o grupo de hackers "Red Eye" invadiu o Blog do Planalto e postou uma mensagem. Ainda de acordo com o Zone-H, no dia 9 de junho, o mesmo grupo “pichou” o site do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

O Zone-H é o principal site no mundo que cataloga pichações, segundo o pesquisador Dmitry Bestuzhev, da fabricante de antivírus Kaspersky Labs, em entrevista ao G1 em 2009. "Ele serve como uma espécie de ranking para os hackers, pois mede a quantidade de invasões, os países e a importância. É muito mais interessante para um pichador alterar um site '.gov' do que um '.com'", diz Bestuzhev.

O Zone-H afirma que toda informação contida nos seus arquivos é coletada na internet por meio de fontes públicas ou é notificada diretamente pelo próprio hacker, que não precisa se identificar.

Ataques
Os hackers que invadiram o site do IBGE negaram ter relações com os grupos LulzSec ou Anonymous no Brasil. O LulzSecBrazil é apontado como o responsável pelos ataques que derrubaram sites do governo na madrugada de quarta-feira (22). Foi o maior ataque sofrido pelo governo, com mais de 2 bilhões de tentativas de acesso em um curto período de tempo, segundo o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). O órgão informou que o ataque não causou danos às informações disponíveis nas páginas e partiu de servidores localizados na Itália.

O canal de comunicação usado pelo LulzsecBrazil foi fechado por volta das 22h desta quinta (23). A decisão foi tomada pelos administradores da rede que também hospeda o canal usado pela operação do Lulzsec original.

Um possível indício do surgimento de um grupo de piratas contrários ao LulzSecBrazil é a divulgação de um documento que acusa um hacker de ser líder do movimento brasileiro. Ele seria Al3XG0, um conhecido criminoso digital envolvido com o roubo de senhas bancárias e cartões de crédito e que mantinha um site que pegava informações de brasileiros usando uma falha no site do Ministério do Trabalho. O documento indica também nome, RG e CPF de uma pessoa que, segundo o texto, seria o hacker Al3XG0. Há ainda um link para uma fotografia, supostamente do hacker.





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