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terça-feira, 5 de abril de 2011

#PT Ziraldo é condenado por má administração de dinheiro público

04/04/2011 16h59 - Atualizado em 04/04/2011 19h22


Improbidade administrativa ocorreu em festival de humor, em Foz do Iguaçu.
Artista e demais envolvidos na organização do evento podem recorrer.

Bibiana Dionísio Do G1 PR, com informações da RPC TV Foz do Iguaçu


Ziraldo (Foto: Ana Colla/Divulgação/Melhoramentos)Ziraldo (Foto: Ana Colla/Divulgação/Melhoramentos)

O escritor Ziraldo Alves Pinto foi condenado pela 2ª Vara Cível Federal de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, por improbidade administrativa na realização, em 2003, do primeiro Festival Internacional do Humor Gráfico das Cataratas do Iguaçu (Festhumor) e no “Fantur - Iguassu dê uma volta por aqui”. O artista e os outros reús podem recorrer da decisão.

O G1 tentou entrar em contato com Ziraldo, mas o empresário do escritor, Mário Gasparotti, afirmou que ele estava fora do Brasil. Gerson Baluta, advogado de defesa de Ziraldo nesta ação, não quis se pronunciar.

A sentença saiu em 31 de março deste ano e condenou 11 das 13 pessoas envolvidas na organização do festival. O irmão do artista Zélio Alves Pinto também foi condenado.

A ação foi movida, em 2006, pelo Ministério Público Federal e relata que o dinheiro público municipal e federal foi mal utilizado porque, segundo a sentença, para o primeiro Festhumor, houve contratações sem licitação e pagamentos em duplicidade, que corresponde a remuneração dupla pelo serviço prestado uma vez. O processo relata ainda desvio de verba no Fantur, que foi uma ação promovida pela Secretaria de Turismo de Foz do Iguaçu para levar jornalistas e cartunistas para cidade, com todas as despesas custeadas pela prefeitura.

A sentença proferida pelo juiz Roni Ferreira traz diferentes condenações, entre elas suspensão dos direitos políticos por até oito anos, pagamento de multa duas vezes maior do que o dano causado aos cofres públicos, a proibição de fechar contratos com órgãos públicos e ainda o impedimento dos réus receberem benefícios ou incentivos fiscais, por cinco anos.

Desde a criação do Festhumor, Ziraldo é o presidente de honra do festival. Em 2003, o irmão era o diretor geral do evento e a empresa dele, Zélio Arte Programação Visual, foi contratada sem licitação.


( e vc sabia que o seu dinheiro era gasto nisso? è muita grana rolando, essa cambada se esbalda enquanto, tem gente morrendo sem remedio, sem atendimento medico , sem aposentadoria, o cidadão não tem saude , e tambem não tem como se tratar pq o governo nega um serviço publico com o minimo de qualidade , sem aposentadoria, ele não tem dinheiro, não tem saude, não nada de volta do que pagou de impostos e morre, sem contar a população que não existe que são os moradores de rua , eles são invisiveis !)Ah ! O Ziraldo , como outros tantos , recebe pensão do governo e ainda foi indenizado em milhoes

Anistia: Ziraldo e Jaguar vão receber indenização e pensão mensal


( Voce gosta de pagar essas indenizaçoes e pensões ? Voce concorda com isso, alguem te perguntou se poderia usar o seu dinheiro para isso?)


Publicada em 04/04/2008 às 23h18m

Paula Autran e Marcelo Dutra - O Globo

O cartunista Ziraldo discursa durante sessão da Caravana da Anistia, do governo federal, que concedeu indenização a ele e mais 19 jornalistas - Domingos Peixoto/O Globo

RIO - Indenizados com outros 18 jornalistas por perseguição política, os cartunistas Jaguar e Ziraldo receberam nesta sexta-feira direito a indenizações de R$ 1.027.383,29 e R$ 1.000.253,24 respectivamente, além de prestação mensal permanente e contínua de R$ 4.375,88 cada um. Foram os valores mais altos alcançados nas contas da dívida retroativa calculada pela Comissão de Anistia, que realizou durante toda a tarde uma sessão de julgamento no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio, como parte do programa Caravana da Anistia.

Os anistiados têm 30 dias para recorrer do valor arbitrado e não há previsão para o início do recebimento do dinheiro. O advogado Humberto Jansen, que representou Jaguar e os jornalistas Nilson Nobre (que recebeu indenização de R$ 911.204,08) e Carlos Guilherme Penafiel (R$ 609.487,15), já avisou que recorrerá, após ouvir seus clientes, ausentes na cerimônia:

" Não achei que se fez justiça. Até há bem pouco tempo o valor era maior. Ocorre que eles, repentinamente, decidiram anistiar todo mundo. E acabaram mudando os valores "

- Não achei que se fez justiça. Estou condenado a insistir. Até há bem pouco tempo o valor era maior. Ocorre que eles, repentinamente, decidiram anistiar todo mundo. E acabaram mudando os valores. Se for preciso, entro com um mandado de segurança alegando erro do ministro da Justiça, que é quem vai assinar o que está sendo decidido aqui.

Já para Ziraldo - que disse não ter contratado advogado nem anexado qualquer documento ao pedido de indenização, aberto em 1990 pelo Sindicato dos Jornalistas - é boa a sensação de chegar aos 75 anos aprovado por seus pares.

" Enquanto eu estava xingando o Figueiredo e fazendo charge contra todo mundo, eles estavam servindo à ditadura e tomando cafezinho com o Golbery "

- Eu quero que morra quem está criticando. Porque é tudo cagão e não botou o dedo na seringa. Enquanto eu estava xingando o Figueiredo e fazendo charge contra todo mundo, eles estavam servindo à ditadura e tomando cafezinho com o Golbery (do Couto e Silva, general, chefe da Casa Civil da Presidência no governo Geisel). Então, qualquer crítica que se fizer em relação ao que está acontecendo conosco eu estou me lixando - disse Ziraldo, que considera a quantia sua aposentadoria, que hoje está em torno de R$ 1 mil. - Meu colega, que é funcionário público e tem a mesma idade, ganha R$ 12 mil de aposentadoria. O Brasil me deve uma indenização.

Diretor de revista também é indenizado

Entre os anistiados estão também Sinval de Itacarambi Leão, diretor da "Revista Imprensa" (que receberá R$ 522.438, além de pensão de R$ 4.335) e Ricardo Moraes Monteiro, chefe da assessoria de imprensa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, indenizado em R$ 590.014,40, mais R$ 4.375,88 mensalmente.

- Eu não me digo perseguido pela ditadura, eu fui. Estive preso e fui torturado no DOI-Codi. E em relação à indenização, tem uma lei e eu a solicitei. Acho que a indenização não é a questão central. Minha família sofreu conseqüências sérias. Eu tinha um irmão arquiteto que não agüentou a parada e se suicidou - disse Ricardo. - Tive uma carreira profissional e isso é outra questão. Eu me recompus.

Sinval acrescentou:

- O mais importante da anistia é ouvir de um representante do Estado o pedido de perdão. A questão da remuneração, por maior que ela seja, jamais cobrirá tudo o que aconteceu.

A cerimônia na ABI - que contou com a presença do ministro da Justiça, Tarso Genro - foi marcada por momentos de muita emoção. Ao relatar as histórias, alguns membros da comissão choraram. Parentes dos jornalistas anistiados post mortem também estavam comovidos. Muitos contaram as dificuldades pelas quais passaram nos anos da ditadura.

- Um ato como este tem um enorme significado, o da transparência, da valorização da fiscalização da cidadania e de promover uma mudança na cultura da sociedade, no que diz respeito aos valores da Constituição e de uma República democrática que combata desigualdades e respeite direitos humanos - discursou o ministro. - Talvez (no futuro) tenhamos uma postura tão hegemonicamente democrática que os jornais tenham vergonha de dizer que anistia é Bolsa Ditadura.

O presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abraão, também defendeu-se das críticas:

- Não podem fatos isolados, de uma indenização de jornalista concedida em patamares elevados, implicar em prejuízo a todos os demais. Ao contrário do que muitos acreditam, a média das prestações mensais da comissão é R$ 758,60. Altas indenizações sempre foram fatos isolados no universo de 37 mil processos já apreciados.


Battisti cita Gabeira e Ziraldo como seus contatos no Brasil

Em entrevista, extremista preso admite que pegou em armas e fez assaltos, mas nega que tenha atuado na execução de qualquer pessoa

30 de janeiro de 2009 | 0h 00
João Domingos, BRASÍLIA - O Estadao de S.Paulo

O extremista de esquerda Cesare Battisti contou, em entrevista à revista IstoÉ, que antes de vir para o Brasil tinha contatos aqui, entre eles o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que não conhecia pessoalmente. Afirmou ainda que tinha outros endereços, entre eles o do cartunista e escritor Ziraldo, mas não o usou. No fim da entrevista, Battisti informou que foi a ex-prefeita de Fortaleza Maria Luiza Fontenelle, eleita em pelo PT em 1986, que lhe enviou no dia 18 de dezembro um bolo de aniversário.

Ele está detido no Presídio da Papuda, enquanto aguarda a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre sua soltura, visto que o ministro da Justiça, Tarso Genro, lhe concedeu status de refugiado político. A atitude de Tarso levou a uma crise diplomática com a Itália, que exige a extradição de Battisti, condenado lá a prisão perpétua, sob acusação de ter participado de ações que resultaram no assassinato de quatro pessoas.

Battisti admitiu que pegou em armas e fez assaltos, mas negou que tenha atuado na execução de qualquer pessoa. "Eu nunca matei ninguém. Eu nunca fui militante militar em nenhuma organização. Nem na Frente Ampla nem no PAC (Proletários Armados para o Comunismo), onde fiquei dois anos, entre 1976 e 1978." Ele disse que saiu do PAC em 1978, depois da execução de Aldo Moro, ex-primeiro-ministro e presidente da Democracia Cristã, executado pelas Brigadas Vermelhas (outro grupo da esquerda armada na Itália). De acordo com Battisti, na época milhares de militantes abandonaram os movimentos de luta armada.

Indagado se repetiria que não matou ninguém na frente de Alberto, filho do joalheiro Pierluigi Torregiani, que está na cadeira de rodas em consequência de um atentado do PAC, Battisti disse que não teve nenhum envolvimento na ação. "Ele sabe que eu não tenho nada a ver com isso. Porque eu já troquei muitas cartas com ele. Uma correspondência de amizade, de sinceridade e de respeito."

Para ele, Alberto sofre pressão por parte do governo italiano porque, depois de anos de luta, conseguiu uma aposentadoria como vítima do terrorismo. O extremista acha que Alberto tem medo de que o governo tire a pensão dele.

Lembrado de que a Itália era uma democracia e não uma ditadura, Battisti respondeu: "Havia uma democracia na qual a máfia estava no poder. Nós tivemos um primeiro-ministro que ficou décadas no poder e foi condenado por ser mafioso. Estou falando do Giulio Andreotti. Havia também os fascistas, que nunca foram afastados do poder. E hoje, infelizmente, voltaram", disse Battisti. Num trecho da entrevista ele qualifica o atual primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, de "fascista". E atribui a ele a pressão para que o STF reveja a decisão de Tarso Genro e o mande para a Itália, a fim de cumprir pena.

REDE

Battisti contou ainda uma história de uma rede de proteção na França que envolvia até agentes do serviço secreto. Foram eles, segundo o extremista, que o orientaram a sair da França e vir para o Brasil. Disse que, além dos agentes secretos, havia também altos funcionários do governo francês nessa rede. Mas não quis revelar o nome de ninguém. Contou ainda que para chegar ao Brasil foi de carro da França para a Espanha e Portugal. De Lisboa, foi para a Ilha da Madeira. De lá, de barco, seguiu para as Canárias. Depois, pegou um avião para Cabo Verde e, em seguida, para Fortaleza.

Na capital do Ceará acabou por aumentar as suspeitas de que havia informações cifradas no código de barras de seu passaporte. "Em todos os lugares, alguém sabia que eu estava chegando." Em Fortaleza, uma mulher que falava francês o tirou da fila de controle de passaporte e o levou para uma sala. Convidou-o para um cafezinho e, depois de minutos, lhe devolveu o documento. Battisti disse ainda que deseja morar no Rio, que considera uma cidade linda.




LAST

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