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terça-feira, 5 de abril de 2011

Morte por suspeita de dengue hemorrágica é investigada no Rio


Segundo hospital, jovem de 19 anos foi internada com sintomas da doença e pressão baixa

iG Rio de Janeiro | 04/04/2011 10:01 - Atualizada às 19:03


Foto: Arquivo pessoal

Fernanda Cristina tinha 19 anos

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro vai investigar a morte de uma jovem de 19 anos ocorrida na noite do último sábado (2) por suspeita de dengue hemorrágica, no Hospital Barra D´Or, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. A pasta informou que aguarda a notificação da unidade onde ocorreu o óbito para então enviar uma amostra colhida da vítima para análise laboratorial.

O resultado do teste vai apontar se o óbito foi causado ou não por dengue hemorrágica. A secretaria informou ainda que não há como estipular um prazo para o resultado do laudo. Em alguns casos de menor complexidade, a resposta pode sair em até dois dias. Em compensação, já houve casos onde o resultado demorou cerca de 1 mês para ficar pronto.

De acordo com o Hospital Barra D´Or, a universitária Fernanda Cristina Carvalho de Souza Freitas, chegou à unidade passando mal e com sintomas de dengue hemorrágica. Segundo os médicos, a jovem estava com a pressão muito baixa e passava mal. Antes do óbito, eles ainda tentaram reanimar a paciente por aproximadamente de 1 hora.

Familiares da vítima relataram que, antes de ir ao Hospital Barra D´Or, ela teria ido ao Hospital da Barra, antiga Clínica São Bernardo, no mesmo bairro. Lá, no entanto, uma médica teria dado alta à universitária. Fernanda cursava Pedagogia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O enterro ocorreu na tarde de domingo (3) no Cemitério do Caju, na zona portuária do Rio.

Foto: Reprodução Ampliar

Familiares colocaram uma nota de falecimento no perfil da jovem no Orkut

"Houve falha", diz padrasto

O padrasto de Fernanda, o oftamologista Marco Areal, afirmou ao iG acreditar que houve falha do Hospital da Barra.

"Fernanda não estava bem e recebeu alta. O Hospital da Barra deu apenas uma receita médica para ela. Minha enteada chegou em estado de choque ao Barra D´Or, com o pulso fraco e hipotermia. Não sei qual foi o motivo deles não terem internado ela. Esses hospitais costumam priorizar os casos cirúrgicos em vez dos clínicos", disse ele, se referindo ao Hospital da Barra.

Marco afirmou que Fernanda começou a passar mal na última terça-feira (29). Chegou a procurar um posto de saúde e, no dia seguinte, fez um exame de sorologia em um hospital da Tijuca, na zona norte, que não indicou dengue.

"Após a negativa do exame, o hospital recomendou repouso e ingestão de muito líquido mas no sábado ela piorou", afirmou.

O padastro da jovem disse que a família está muito abalada e que vai aguardar alguns dias para decidir que providência tomar contra o Hospital da Barra.

"Foi um episódio trágico. Estamos à mercê de um mosquito", afirmou. ( E DA INCOMPOETENCIA GENERALIZADA)

Hospital da Barra se defende

Em nota, o Hospital da Barra informou que Fernanda foi atendida por volta das 9h do último sábado (2) e submetida a exames laboratoriais e físicos que apontaram que seus sinais vitais (pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura axilar e saturação de oxigênio) e nível de plaquetas e leucócitos estavam normais.

Segundo o hospital, diante de um quadro geral que não apontava sintoma grave de dengue, mas uma leve desidratação, a jovem foi colocada em repouso, medicada e hidratada. Em função de ter apresentado melhora dos sintomas apresentados, ela foi liberada por volta das 12h e orientada a retornar para atendimento médico, caso houvesse mudança do quadro.

A direção da unidade informou lamentar a morte de Fernanda mas esclarece que a paciente não voltou a procurar o hospital.

Balanço

Segundo balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro na última quarta-feira (30), 23 pessoas já morreram de dengue no Estado este ano. Até o momento, foram notificados 31.412 casos da doença. A capital fluminense computa sete óbitos, nenhum ainda por dengue hemorrágica.







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