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terça-feira, 5 de abril de 2011

Médicos farão dia de protesto contra planos de saúde

(Parece que é o que eles fazem bem, pedir aumento, entrar em greve, protestar, mas trabalhar que é bom ... se for funcionario publico então parece taximetro correndo enqunto o taxi está parado ))


Fonte: O POVO Online/OPOVO/Fortaleza


No Dia Mundial da Saúde, próxima quinta-feira, 7, os médicos que atendem planos de saúde farão um dia de paralisação. O protesto é contra o baixo valor repassado pelas consultas e procedimentos

05.04.2011| 01:30

Representantes do sindicato e dos planos se reuniram no Procon (Foto: IANA SOARES ) Representantes do sindicato e dos planos se reuniram no Procon (Foto: IANA SOARES )

Sem atendimentos a consultas, procedimentos e cirurgias eletivas. Durante um dia, justamente o Mundial da Saúde, na próxima quinta-feira, 7, os médicos que realizam atendimentos pelos planos e seguros de saúde não devem oferecer seus serviços. A paralisação nacional dos profissionais da saúde abrange todo o País e deve congregar mais de 160 mil profissionais das mais diversas especialidades.

Mesmo com a paralisação, os profissionais que realizam atendimentos de urgência e emergência trabalharão normalmente. O Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec) não possui os dados locais, mas a estimativa é de que, a cada 100 consultas em consultórios particulares, 80 sejam feitas pelos planos e seguros de saúde.


“O valor pago nas consultas, por exemplo, estão muito aquém das necessidades do médico”, elenca o presidente do Simec, José Maria Pontes. Segundo indica, algumas empresas pagam entre R$ 25 e R$ 35 por consulta. “O médico tem de pagar secretária, ar condicionado, aluguel de sala. Precisa, então, atender a muita gente para dar conta dos gastos”, pontua.


Pontes delimita que o Coeficiente Brasileiro de Hierarquização de Procedimento Médico (CBHPM) não vem sendo respeitado. Criado pelo Conselho Federal de Medicina, o coeficiente é uma tabela de procedimentos médicos e seus custos, e é atualizado a cada nova descoberta científica aplicada no Brasil. Na sua quinta versão, o CBHPM não tem seus valores respeitados.


Procon

Na manhã de ontem, uma reunião na Secretaria Municipal de Defesa do Consumidor (Procon Fortaleza) com representantes dos planos de saúde, do Simec, da Agência Nacional de Saúde e do titular do Procon, João Ricardo Vieira, tentou encontrar alternativas para que os usuários não sejam prejudicados. No encontro, foi definido que, caso algum paciente não seja atendido, que a consulta ou procedimento deva ser remarcado para até cinco dias úteis da data da recusa. Um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) foi assinado pelos planos Unimed, Hapvida e Camed para garantir os procedimentos.

Ainda de acordo com o TAC, pacientes que precisam de consultas inadiáveis também devem ser atendidos. Assim, devem pagar pelo procedimento, marcada previamente para o dia 7. Nesse caso, os planos e seguros de saúde deverão reembolsá-los, mediante a recibos.


A Camed tem cerca de 20 mil usuários do plano no Ceará. Credenciados para o atendimento, o número de médicos chega a dois mil. O diretor de Promoção e Assistência à Saúde, Luciano Nunes, acredita que apenas 20% dos clínicos devam atender à paralisação. “Como nós pagamos R$ 50 pela consulta, em média, muitos dos nossos médicos não devem aderir”, acredita.


Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA
Os planos e seguradoras de saúde repassam aos médicos, em média, um terço do valor que normalmente cobram em consultas particulares. O valor é considerado abaixo do ideal para a manutenção dos serviços.

NÚMEROS

129%
DE INCREMENTO financeiro, em sete anos, foi o que os planos tiveram (de R$ 28 bi para R$ 64,2 bilhões).l

44%
DE AUMENTO
No valor da consulta ocorreu no mesmo período, nos 7 anos.






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