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domingo, 13 de março de 2011

Mulheres se injetam hormônio da gravidez para tentar emagrecer


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ANEMONA HARTOCOLLIS
DO "NEW YORK TIMES"

Todas as manhãs Kay Brown, 35, faz um ritual semelhante ao de um viciado ou diabético: ela se injeta, mas a sua seringa contém hCG, hormônio da gravidez.

Brown não toma hCG (gonadotrofina coriônica humana) para ter filho. Ela acredita que, combinando as injeções com dieta de 500 calorias por dia vai perder gordura nos lugares desejados, sem sentir fome ou cansaço. "Tenho uma amiga que fez antes do casamento. Está linda", diz.

Hormônio da gravidez usado para emagrecer é vendido na internet

Robert Caplin/The New York Times
Paciente injeta hormônio gonadotrofina coriônica para emagrecer, com o médico Lionel Bissoon, em Nova York
Paciente injeta hormônio gonadotrofina coriônica para emagrecer, com o médico Lionel Bissoon, em Nova York

Mulheres como ela vêm lotando clínicas de emagrecimento nos EUA. Pagam mais de US$ 1.000 por mês por uma consulta, um suprimento do hormônio e as seringas para injetá-lo.

Mais de 50 anos depois de um médico começar a promover o hCG como auxiliar na perda de peso, o hormônio está mais popular que nunca, apesar de haver poucas evidências de eficácia.

O tratamento combina injeções diárias com uma dieta quase anoréxica. Mulheres são atraídas por promessas de que perderão meio quilo por dia sem sentir fome. O que talvez seja ainda mais sedutor é que lhes é dito que o hCG vai levar seus corpos a descartar a gordura armazenada nos lugares onde elas menos a desejam: braços, barrigas e coxas.

A forma injetável de hCG, vendida com receita médica, é aprovada como tratamento da infertilidade. Médicos são autorizados a prescrevê-la de forma "não indicada na bula" para perda de peso, segundo a FDA (órgão do governo americano que regula alimentos e medicamentos).

Mas a FDA avisa: não está provado que o produto intensifique a perda de peso, que cause distribuição mais "atraente" da gordura ou "reduza a fome".

Um porta-voz da FDA, Christopher Kelly, disse que o órgão recebeu relato sobre um paciente que segue a dieta do hCG e teve embolia pulmonar. O hormônio causa risco de coágulos, depressão, dor de cabeça e aumento da sensibilidade ou do volume das mamas.

Pieter Cohen, professor da Escola Médica de Harvard e pesquisador de suplementos, disse que, além da questão dos efeitos colaterais, o uso do hCG "manipula pessoas para lhes dar a impressão de que estão recebendo algo eficaz, quando estão recebendo algo que não é melhor que um placebo".

DERIVADO DA URINA
Segundo o médico de Kay Brown, Lionel Bissoon, "médicos de todo o país vêm tendo evidências empíricas de pessoas que perdem peso".

Outro médico de Nova York, Scott lyer, afirma que o hormônio "engana seu corpo, como se você estivesse grávida; ele passa a queimar gordura para que o feto receba calorias suficientes, mas protege o tecido muscular".

Alguns médicos dizem que é plausível que o hCG produza um corpo mais tonificado, porque induz a produção de hormônios masculinos e aumenta a massa muscular.

Médicos que prescrevem o hCG dizem que a experiência está a seu favor, mesmo que as pesquisas não estejam.

Tradução de CLARA ALLAIN



Carrinho de Compras: Presidência compra banheira de hidromassagem
Milton Júnior
Do Contas Abertas

A semana foi de reforma no toilette da Presidência da República. O órgão comprometeu R$ 6,3 mil para a aquisição de diversos acessórios, entre eles cubas de embutir, também conhecidas como pia ou lavatório, tampas e assentos de vasos sanitários, saboneteiras e duchas. O item de maior curiosidade, no entanto, é a banheira com hidromassagem, na cor branca e com acessórios cromados, que custará quase R$ 1,4 mil. O fornecedor dos artigos será a Irmãos Soares, que não precisou passar por licitação para conquistar a preferência da Presidência.

Já o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República preferiu aproveitar a curta semana pós-carnaval para emprenhar (reservar no orçamento) R$ 1,6 mil para a compra de 144 bolsas. O custo de cada uma varia entre R$ 10 e R$ 12, mas todas deverão ser pretas, “acolchoadas internamente em espuma pack 4 mm, com alça de mão e identificador frontal e fechamento em zíper de alta resistência”.

No Senado, os primeiros passos da reforma política começam a surgir. Mas a reforma que realmente deve emplacar na Casa será a de oito apartamentos funcionais. Ao custo total de R$ 550 mil, a empresa Metalum Engenharia irá reformar os apartamentos 402 e 404 do bloco C, 101, 403 e 603 do bloco D e 101, 203 e 301 do bloco G da SQS 309, em Brasília. Para quem não está familiarizado com as siglas da capital, basta saber que se trata de uma quadra nobre destinada exclusivamente a imóveis funcionais de parlamentares.

Enquanto isso, na sala da Justiça... Sabe quanto custou a festa de posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux? Bom, de acordo com nota de empenho emitida na última semana, a organização da cerimônia custou cerca de R$ 67 mil. O tribunal ainda encomendou 1.500 chaves e fechaduras de diversos tipos. O serviço sairá por pouco mais de R$ 12,9 mil. Outros R$ 5 mil cobrirão despesas de “confecção e modelagem de chaves em geral, troca de segredos, reparos em fechaduras, abertura de portas e cofres”. A Corte também contratou uma empresa, por R$ 94,7 mil, para cuidar da manutenção e adaptação de cortinas motorizadas do tipo "rolô". A ordem é a praticidade!

Clique aqui para ver as notas de empenho citadas no texto.



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