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domingo, 13 de março de 2011

Depois da tragédia no Japão, país vai se preocupar ainda menos com a aids,

acredita ativista José Araújo Lima


13/03/2011 - 16h


Os dados mais recentes do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV e Aids) e do governo local indicam que, ao contrário da tendência mundial, a taxa de novas infecções pelo HIV no Japão aumentou quase constantemente até 2009, quando caiu pela primeira vez em cerca de uma década. Para uma população de mais de 127 milhões, o país registra 9.600 casos de HIV e aids, a maioria em homossexuais masculinos. Estimativas da Embaixada Brasileira no país apontam que, entre os cerca 300 mil decasséguis brasileiros, 1.200 podem ser portadores de HIV.

Porém, para Araújo, os dados oficiais do Japão nessa área não são confiáveis. “A subnotificação é grande. Lá não existe uma política nacional de luta contra a aids, apenas ações pontuais", declara.

Dificuldade

Segundo o ativista, o maior problema no acesso ao tratamento para HIV e aids no Japão ocorre com os imigrantes ilegais. “O serviço de saúde é privado e os que vivem ilegalmente não podem ter planos de saúde”, conta. Porém, Araújo diz que poucos brasileiros estão nessa situação. “Para os que vivem de forma legal, os planos são acessíveis”, complementa.

O idioma também não é empecilho, de acordo com Araújo. “Como o Japão é um país globalizado, geralmente há alguém disponível para tradução.”

Campanhas sem informação

O coordenador do Espaço de Prevenção Humanizada critica as campanhas japonesas de prevenção ao vírus. “Geralmente há frases como ‘Pare com a aids’, mas não há mais informações”, diz.

O jornalista brasileiro Roberto Maxwell, que vive no Japão e conta suas experiências em um blog no site da MTV, avalia que, por questões culturais, as campanhas contra a epidemia são raras e muito tímidas. “Aqui, a aids é uma doença de pessoas promíscuas e de estrangeiros. Além disso, o HIV ainda está associado à prática sexual que, na sociedade japonesa, é parte da esfera privada”, escreve em um dos seus posts.


Fábio Serrato



Dica de Entrevista

José Araújo Lima
Tel.: (0XX11) 5842-5403







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