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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Vereadores criticam projeto que cria aposentadoria para ex-governador

(19.10.09)

Extraído de: Camara Municipal de Feira de Santana - 19 de Outubro de 2009

Vereadores de diversas bancadas se manifestam, na Câmara de Feira de Santana, contra um projeto em tramitação na Assembléia Legislativa, de autoria do deputado Marcelo Nilo, que propõe a aposentadoria de governadores que tenham cumprido pelo menos dois anos de mandato.




?Assim como não votei com a estabilidade de funcionários municipais que exerçam mandato de vereador, a partir do quinto ano de mandato, não aprovo aposentadoria para governador após dois anos de exercício do cargo?, disse o vereador Ângelo Almeida. Ele afirmou que não acredita que a matéria venha a ser aprovada pela Assembléia.

O vereador Marialvo Barreto, também integrante do Partido dos Trabalhadores, declarou que a legenda decidiu posicionar-se contra o projeto. ?Nenhum deputado do PT vai votar pela aprovação desta proposta?, assegurou.

O vereador José Sebastião afirmou que se sente envergonhado com o projeto. ?Além da aposentadoria, o projeto prevê gastos com carros e seguranças, entre outros privilégios para os ex-governadores. É um absurdo. Não podemos nos curvar diante desse projeto?, afirma o vereador. Ele lembrou que os trabalhadores têm que cumprir 35 anos de serviço e contribuição ao INSS.

O líder da bancada governista municipal, Justiniano França, disse que vários deputados vinculados ao governador Jaques Wagner assinaram o projeto. ?Talvez o objetivo seja garantir uma renda para o governador, que já sabe que na conseguirá a reeleição?, provoca.

Fazendo um contraponto ao que disse o vereador Ângelo Almeida, que comparou a aposentadoria de governador com a estabilidade salarial de servidor municipal que exerça por cinco anos mandato de vereador, Justiniano analisou que as duas coisas não são iguais.

O vereador Roque Pereira avaliou que, de fato, existem diferenças entre as propostas e lembrou que o ex-governador Waldir Pires aposentou-se com apenas dois anos de mandato. ?O ato oficial foi publicado no Diário Oficial com o nome de W. Pires. Ele envergonhou-se e nem permitiu seu nome completo?.

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