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sábado, 24 de maio de 2008

Túnel virtual conecta e vira atração nas ruas de Londres e NY

Mathew Price
De Nova York para a BBC News

Reprodução/BBC

Imagem de Londres vista de Nova York

Imagem de Londres vista de Nova York

Um túnel virtual, conectando Nova York e Londres e possibilitando a comunicação visual entre pedestres dos dois lados, virou uma atração nas ruas das duas cidades.

A instalação - o Teletroscope - foi criada pelo artista britânico Paul St George e inaugurada na quinta-feira.

Segundo ele, o "túnel" passa por dentro da terra (uma distância de 5.585 km) e, com o uso de espelhos, traz imagens de uma cidade para a outra.

Na realidade, o efeito é conseguido por meio de câmeras conectadas como uso de fibras óticas.

Ficção científica
A construção parace saída da imaginação do escritor de ficção científica H.G Wells.

Uma das pontas do Teletroscope "emerge" perto da Tower Bridge, no centro de Londres. A outra, perto da Brooklyn Bridge, em Nova York.

As pontas se parecem com um gigante telescópio que saiu de dentro da terra.

Ao lado das construções de madeira e lata estão relógios de sol, alavancas e termômetros.

Quando alguém olha pelo "túnel", vê gente do outro lado do Atlântico. Ao acenar, as pessoas do outro lado acenam de volta.

A comunicação verbal é feita por mensagens escritas em uma lousa.

É como uma webcam gigante, uma transmissão ao vivo entre as duas grandes cidades.

Mas os organizadores dizem que a internet não está sendo usada, e não há conexão de áudio.

"É uma obra de arte e também uma forma de curiosidade em um espaço público", diz Peter Coleman, produtor do projeto em Nova York.

"As pessoas não conseguem acreditar que existe gente do outro lado olhando para elas. É por isso que as pessoas ficam tão impressionadas. É uma coisa que atrai as pessoas", afirma.

Diálogo
A reportagem da BBC experimentou o engenho.

"Qual é o seu nome", escrevi, de Nova York.

Um estranho, do outro lado do Oceano, de pé em frente à Tower Bridge e rodeado de curiosos, pegou sua caneta e respondeu.

"Mik".

"De onde você é?", perguntei.

"Bangladesh."

"O que você está achando?"

"Ótimo", foi a resposta.

A "entrevista" não é exatamente o que se chamaria de excelente jornalismo.

Mas, em um mundo em que nos comunicamos por e-mail ou sms, sem nem pensar como isso acontece, a conversa através do túnel é fascinante e meio viciante.

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