Lembro como se fosse hoje: o ano era 1997 e, no auge dos meus 17 anos, estava no sofá, em uma manhã de domingo, assistindo a um ilustre desconhecido conquistar um dos maiores feitos para o esporte no Brasil. O até então desconhecido atendia pelo nome de Gustavo Kuerten, um jovem tenista de Santa Catarina que conquistou, naquele ano, seu primeiro título no glamuroso torneio de Roland Garros. Começava ali uma das mais belas histórias do esporte nacional.
De lá para cá, foram diversos campeonatos, dezenas de títulos e a posição de número um do mundo no ranking da ATP, no ano 2000. A "Gugamania" alastrou-se por todo o país, fazendo com que as pessoas parassem em frente à TV para assistir suas partidas como se fossem um jogo de futebol.
Muito do sucesso de Gustavo Kuerten é creditado à sua personalidade cativante. Humilde, Guga poderia ser classificado como um "melhor amigo" ou um cara "boa praça". Graças a esse jeito, além das conquistas nas quadras, o tenista também viabilizou projetos sociais, como a Fundação Gustavo Kuerten para crianças carentes.
"Não é que eu não queira realmente jogar mais, eu peço desculpa, mas é que realmente eu não consigo mais". Com esta frase, aos 31 anos, Guga anunciou sua aposentadoria, no início deste ano. E amanhã, quando retornar à quadra de Roland Garros, onde tudo começou, o mundo dirá adeus a um dos maiores exemplos do esporte nacional de todos os tempos.
Aos brasileiros, só resta agradecer por toda a contribuição deste catarinense com alma de herói. Valeu, Guga!
domingo, 25 de maio de 2008
O adeus do herói
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