Republicano disse que dará esperanças aos cubanos, mas não ao regime de Fidel.
Pré-candidato democrata se defendeu das acusações de McCain.
O Brasil entrou no tema de campanha nas eleições dos Estados Unidos. O candidato republicano John McCain e o pré-candidato democrata Barack Obama citaram o país em seus últimos discursos, ambos feitos justamente em Miami.
O primeiro a abrir o assunto foi McCain, na última terça-feira (20).
"Acredito que devemos dar esperanças aos cubanos, mas não ao regime castrista", ressaltou McCain, que prometeu mudar a política dos Estados Unidos em relação à América Latina.
"Durante décadas, governos republicanos e democratas trataram a América Latina como um sócio menor e não como vizinhos; como um irmão mais novo, não como iguais", frisou. "Vamos trabalhar para evitar que Venezuela e Bolívia tomem o mesmo caminho do fracasso para o qual Fidel levou Cuba. E vamos ampliar e fortalecer nossos laços com países importantes como Brasil, Peru e Chile", concluiu.
Já na sexta-feira (24) foi a vez de Obama. Primeramente, ele também foi na linha de McCain e comentou sobre Cuba e se defendeu das acusações feitas por McCain.
"John McCain anda pelo país dizendo sobre o quanto eu quero me encontrar com (o presidente cubano) Raúl Castro, como se eu estivesse ansioso por um compromisso social", disse Obama. "Não foi isso que eu disse. John McCain sabe disso."
"Eu estaria disposto a liderar essa diplomacia na hora e lugar da minha escolha, mas só quando tivermos a oportunidade de contribuir com os interesses dos Estados Unidos", disse.
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Obama citou ainda que os Estados Unidos têm muito o que aprender com o Brasil.
“Nós podemos aprender com o brasileiro feito em um país como o Brasil, e ainda fazer das Américas um modelo para o mundo. Podemos ofecerer liderança para servir de comum acordo com a prosperidade e segurança entre as regiões”, disse.
Obama disse ainda que a economia brasileira vem crescendo “muito” e lembrou também do México, citando que o país vizinho tem o segundo homem mais rico do mundo. O pré-candidato democrata comentou ainda o exemplo da China, que nas palavras dele, vem vem construindo “pontes” com o Brasil.
O democrata prometeu suspender as restrições para viagens de reunião familiar e remessas financeiras dos EUA para Cuba.
Salpicando seu discurso com palavras e frases em espanhol, Obama também apresentou outras propostas sobre a América Latina. Defendeu uma parceria energética regional para o desenvolvimento de combustíveis alternativos, e mais esforços diplomáticos nas Américas para a promoção da democracia.
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