Antoine Morel
Em Paris (FRA)
Em Paris (FRA)
Na quadra da consagração, com a camiseta do título de 1997, Gustavo Kuerten quis fazer a despedida das quadras em alto estilo. E teve um rival à altura para isso. Número 19 do mundo, Paul-Henri Mathieu venceu o brasileiro por 3 sets a 0, 6-3, 6-4, 6-2, e deu fim à carreira, em jogos de simples, do melhor tenista nacional da história.
Lotada de brasileiros, uniformizados, com faixas e bandeiras, Guga se esforçou para tentar ganhar o jogo até o segundo set, quando chegou a quebrar o saque do francês. O rival, o melhor de todos que o ex-número um do mundo enfrentou na turnë de despedida, levou a partida com facilidade e abraçou o catarinense no final.
"Roland Garros é minha vida, minha paixão e meu amor. É ótimo estar aqui com minha família e meu técnico. Mas o mais importante é o amor que vocês me deram", disse o brasileiro, em quadra.
Os torneios do circuito profissional acabam para Kuerten, de 31 anos, com 20 títulos e uma marca de 43 semanas na liderança do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). Em Paris, onde ele venceu o primeiro dos três Roland Garros como número 66 do mundo, o brasileiro despontou para a glória inédita de um tenista nacional.
A organização do Aberto da França ainda entregou um troféu a Kuerten, que com o microfone na mão agradeceu em um francês cambaleante o público. "Muito obrigado. Isso é minha vida, minha paixão, meu amor", disse ele, ovacionado pela torcida.
No começo do jogo, na tentativa de surpreender o francês, Guga forçou a esquerda no saque de Mathieu logo no primeiro game. O aparente equilíbrio terminou no game seguinte, no serviço do brasileiro. O rival teve um break-point, que Kuerten defendeu. No quarto game, foram três chances de quebra, e Mathieu foi à frente para vencer o primeiro set por 6-3.
Com cinco aces na primeira parcial, Guga tentava atender o pedido da torcida, que pedia a cada parada do jogo um "vamo, Guga". Foi no game 2 no segundo set que o público delirou com um rali vencedor do brasileiro. "Olê, olê, olê, olê, Guga, Guga", foi o grito entoado fortemente por quase todos na Philippe Chatrier.
Guga ainda levou o jogo ao 4-4 em uma devolução de quebra que ele forçou a esquerda em duas bolas quase na linha. No intervalo para o nono game, o tenista pediu atendimento médico para o quadril - uma rotina para quem esteve acostumado com a dor nos últimos oito anos.
O terceiro set, assim como ocorreu nas despedidas da Costa do Sauípe, de Miami, de Santa Catarina e de Monte Carlo, o brasileiro soltou o braço, desistiu da tática e conseguiu até pressionar o saque do adversário no sexto game. A derrota já estava sacramentada; e Guga ainda brincou com a torcida, que fez uma prolongada "ola" e até próprio Mathieu antes da despedida oficial de jogos de simples.
O catarinense ainda voltará à quadra de Roland Garros para disputar o torneio de duplas. Ao lado do francês Sebástien Grosjean, ele enfrenta os locais Julien Benneteau e Nicolas Mahut. A partida deve ser realizada entre terça e quarta-feira.
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O ADEUS DE GUGA |
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Guga e Mathieu posam para fotos antes da partida na quadra central |
Brasileiro se aquece para o início de seu último jogo de simples |
Quadra estava praticamente lotada para ver o adeus do catarinense |
Ex-número um olha para torcida, que gritou seu nome em todo jogo |
Após três sets, Guga encerra a sua participação e uma carreira notável |
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"Roland Garros é minha vida, minha paixão e meu amor. É ótimo estar aqui com minha família e meu técnico. Mas o mais importante é o amor que vocês me deram", disse o brasileiro, em quadra.
Os torneios do circuito profissional acabam para Kuerten, de 31 anos, com 20 títulos e uma marca de 43 semanas na liderança do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). Em Paris, onde ele venceu o primeiro dos três Roland Garros como número 66 do mundo, o brasileiro despontou para a glória inédita de um tenista nacional.
A organização do Aberto da França ainda entregou um troféu a Kuerten, que com o microfone na mão agradeceu em um francês cambaleante o público. "Muito obrigado. Isso é minha vida, minha paixão, meu amor", disse ele, ovacionado pela torcida.
No começo do jogo, na tentativa de surpreender o francês, Guga forçou a esquerda no saque de Mathieu logo no primeiro game. O aparente equilíbrio terminou no game seguinte, no serviço do brasileiro. O rival teve um break-point, que Kuerten defendeu. No quarto game, foram três chances de quebra, e Mathieu foi à frente para vencer o primeiro set por 6-3.
Com cinco aces na primeira parcial, Guga tentava atender o pedido da torcida, que pedia a cada parada do jogo um "vamo, Guga". Foi no game 2 no segundo set que o público delirou com um rali vencedor do brasileiro. "Olê, olê, olê, olê, Guga, Guga", foi o grito entoado fortemente por quase todos na Philippe Chatrier.
Guga ainda levou o jogo ao 4-4 em uma devolução de quebra que ele forçou a esquerda em duas bolas quase na linha. No intervalo para o nono game, o tenista pediu atendimento médico para o quadril - uma rotina para quem esteve acostumado com a dor nos últimos oito anos.
O terceiro set, assim como ocorreu nas despedidas da Costa do Sauípe, de Miami, de Santa Catarina e de Monte Carlo, o brasileiro soltou o braço, desistiu da tática e conseguiu até pressionar o saque do adversário no sexto game. A derrota já estava sacramentada; e Guga ainda brincou com a torcida, que fez uma prolongada "ola" e até próprio Mathieu antes da despedida oficial de jogos de simples.
O catarinense ainda voltará à quadra de Roland Garros para disputar o torneio de duplas. Ao lado do francês Sebástien Grosjean, ele enfrenta os locais Julien Benneteau e Nicolas Mahut. A partida deve ser realizada entre terça e quarta-feira.
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