Escolha a opção correcta: |
1 - O título - Os Maias - liga-se à história trágica que serve de pretexto para o desenvolvimento da comédia de costumes que o subtítulo |
A) Episódios da Vida Romântica - sugere. |
B) Episódios da Vida - sugere. |
C) Episódios da Vida de Carlos da Maia - sugere. |
2 - Na obra temos a história de uma família lisboeta, representante da alta burguesia (num conjunto de três gerações sucessivas). A primeira geração é representada por |
A) Pedro da Maia/ Maria Monforte. |
B) Afonso da Maia/ Maria Eduarda Runa |
C) Carlos da Maia/ Maria Eduarda da Maia |
3 - O início do romance situa-nos em 1875, no Outono. Estamos, por isso, na 3.ª geração, na história de Carlos. Apercebemo-nos, no entanto, que será necessário recuar no tempo para encontrar explicações para alguns factos do presente. Assim, surgem |
A) as analepses |
B) as prolepses |
C) as reduções temporais |
4 - A pergunta de Carlos "Onde nasceste tu, por fim?" provoca uma nova analepse sobre factos que, apesar de integrados, em termos temporais, na anterior, tinham sido "esquecidos" e que só agora são explicados. Assim, num misto de discurso indirecto livre e de discurso directo, ficamos a conhecer os pormenores do passado de Maria Eduarda, contados |
A) por Vilaça |
B) por Ega |
C) pela própria personagem |
5 - O período compreendido entre 1820 e 1875 foi sujeito a anisocronias (o tempo narrativo é menor do que o tempo da história), conseguidas através do recurso a resumos e a elipses. Estas constituem a omissão de alguns factos ou mesmo de alguns períodos da história. Exemplo: |
A) "Seu pai morreu de súbito, ele teve de regressar a Lisboa. Foi então que conheceu D. Maria Eduarda Runa, filha do conde de Runa, uma linda morena, mimosa e um pouco adoentada. Ao fim do luto casou com ela. Teve um filho, desejou outros; e começou logo, com belas ideias de patriarca moço, a fazer obras no palacete de Benfica, a plantar em redor arvoredos, preparando tectos e sombras à descendência amada que Ihe encantaria a velhice." [...] |
B) "Outros anos tranquilos passaram sobre Santa Olávia. Depois uma manhã de Julho, em Coimbra…" [...] |
C) "Sintra, de repente, pareceu-lhe intoleravelmente deserta e triste…" [...] |
6 - A época da Regeneração e a alta sociedade lisboeta aparecem-nos retratadas ao longo desta obra por meio de cenários onde se movem determinadas personagens que foram esvaziadas de traços individualizantes para melhor representarem os bons e os maus hábitos, as qualidades e os defeitos, as mentalidades retrógradas ou progressistas de certo grupo social, profissional ou cultural. Destes ambientes devemos destacar (pelo pormenor da descrição, pela ironia fina ou sátira directa, pela cor epocal transmitida): |
A) O jantar no Hotel Central: contacto de Carlos com a sociedade de elite, a crítica literária e a literatura, a situação financeira do país e a mentalidade limitada e retrógrada. |
B) As corridas de cavalos: a educação das mulheres em duas concepções opostas e a superficialidade das opiniões de Sousa Neto, o representante da administração pública |
C) O jantar em casa do Conde de Gouvarinho:o desejo de imitar o que se faz no estrangeiro e o provincianismo do acontecimento |
7 - A época da Regeneração e a alta sociedade lisboeta aparecem-nos retratadas ao longo desta obra por meio de cenários onde se movem determinadas personagens que foram esvaziadas de traços individualizantes para melhor representarem os bons e os maus hábitos, as qualidades e os defeitos, as mentalidades retrógradas ou progressistas de certo grupo social, profissional ou cultural. Destes ambientes devemos destacar (pelo pormenor da descrição, pela ironia fina ou sátira directa, pela cor epocal transmitida): |
A) O jantar em casa do Conde de Gouvarinho: a superficialidade dos temas de conversa, a insensibilidade artística, a ignorância dos dirigentes, a oratória oca dos políticos e os excessos do Ultra-Romantismo. |
B) O episódio na redacção do jornal "A TARDE": a parcialidade do jornalismo da época. |
C) O sarau literário do Teatro da Trindade: a educação das mulheres em duas concepções opostas e a superficialidade das opiniões de Sousa Neto, o representante da administração pública. |
8 - 8. Quando Carlos regressa ao Ramalhete, após o incesto consciente, mostra-nos "o avô em mangas de camisa, lívido, mudo, grande, espectral". Na mesma altura, no Ramalhete, |
A) "o alto repuxo cantava". |
B) a Natureza manifesta o seu pesar: "Rosas de Inverno esfolhavam-se num vaso do Japão". |
C) "a luz sobre o veludo espalhava um tom de sangue". |
9 - Afonso da Maia |
A) “Era em tudo um fraco; e esse abatimento contínuo de todo o seu ser resolvia-se a espaços em crises de melancolia negra, que o traziam dias e dias mudo, murcho, amarelo, com as olheiras fundas e já velho. O seu único sentimento vivo, intenso, até aí, fora a paixão pela mãe.” |
B) "Era decerto um formoso e magnífico moço, alto, bem feito, de ombros largos, com uma testa de mármore sob os anéis dos cabelos pretos, e os olhos dos Maias, aqueles irresistíveis olhos do pai, de um negro líquido, ternos como os dele e mais graves. Trazia a barba toda, muito fina, castanho-escura, rente na face, aguçada no queixo - o que Ihe dava, com o bonito bigode arqueado aos cantos da boca, uma fisionomia de belo cavaleiro da Renascença." |
C) “era um pouco baixo, maciço, de ombros quadrados e fortes: e com a sua face larga de nariz aquilino, a pele corada, quase vermelha, o cabelo branco todo cortado à escovinha, e a barba de neve aguda e longa - lembrava, como dizia Carlos, um varão esforçado das idades heróicas, um D. Duarte de Meneses ou um Afonso de Albuquerque. E isto fazia sorrir o velho, recordar ao neto, gracejando, quanto as aparências iludem!” |
10 - A sociedade lisboeta (costumes, vícios, virtudes…) é representada por personagens que tipificam um grupo, uma profissão, um vício… Alencar |
A) é identificado claramente com o Ultra-Romantismo, na aparência, no modo de vestir… |
B) na parte final da obra, assume papel importante na intriga: toma conhecimento da verdadeira identidade de Maria Eduarda e a sua presença passa a marcar os principais acontecimentos daí em diante. |
C) é a projecção de Eça de Queirós |
11 - A sociedade lisboeta (costumes, vícios, virtudes…) é representada por personagens que tipificam um grupo, uma profissão, um vício… João da Ega |
A) considerava que as senhoras podiam ler a literatura romântica sem terem necessidade de corar de vergonha; por outro lado, considerava que dentro da cabeça dos realistas só existia "excremento, vómito, pus, matéria verde". |
B) é o defensor das ideias do Realismo, pensador, literato, excêntrico, cínico, inteligente, audacioso, demagogo, dândi e ateu… |
C) apresentava "voz arrastada, cavernosa, ateatrada". |
12 - A sociedade lisboeta (costumes, vícios, virtudes…) é representada por personagens que tipificam um grupo, uma profissão, um vício… Sousa Neto |
A) "lamentava que os seus muitos deveres não Ihe permitissem percorrer a Europa. Em pequeno fora esse o seu ideal; mas agora com tantas preocupações políticas [...]". |
B) é "um diabo adoidado, maestro, pianista, com uma pontinha de génio". |
C) "tem viajado por todo o Universo, colecciona obras de arte, bateu-se como voluntário na Abissínia e em Marrocos, enfim, vive, vive na grande, na forte, na heróica acepção da palavra." |
13 - A sociedade lisboeta (costumes, vícios, virtudes…) é representada por personagens que tipificam um grupo, uma profissão, um vício… Cruges |
A) é "filho de um clergyman da igreja inglesa do Porto". |
B) é "um diabo adoidado, maestro, pianista, com uma pontinha de génio". |
C) "considerava Lisboa chinfrim e só estava bem em Paris - sobretudo por causa do género fêmea de que em Lisboa se passava fomes: ainda que nesse ponto a Providência não o tratava mal.". |
14 - A sociedade lisboeta (costumes, vícios, virtudes…) é representada por personagens que tipificam um grupo, uma profissão, um vício… Dâmaso Salcede |
A) é um snob, servil, pouco inteligente e cobarde, congrega em si os vícios da sociedade ("de charuto na boca (...) percorria o Figaro"). |
B) é o inglês rico, culto e boémio ("dá largas ao seu temperamento byroniano"). |
C) "além de muito maçador e muito pequinhento, não tinha nada de cavalheiro." |
15 - A sociedade lisboeta (costumes, vícios, virtudes…) é representada por personagens que tipificam um grupo, uma profissão, um vício… Palma "Cavalão" |
A) é redactor da "Corneta do Diabo" e jornalista corrupto ("O artigo fora-lhe, simplesmente, encomendado e pago. No terreno do dinheiro vence sempre quem tem mais dinheiro."). |
B) é conde, ministro da Finlândia e diplomata ("complicou esta simples transacção com tantas finuras diplomáticas, tantos documentos, tantas coisas com o selo real da Finlândia…"). |
C) é judeu banqueiro, director do Banco Nacional e homem influente ("o respeitado director do Banco Nacional, o marido da divina Raquel, o dono dessa hospitaleira casa da Rua do Ferregial onde se jantava tão bem."). |
16 - Carlos recebeu uma educação |
A) cosmopolita |
B) inglesa. |
C) portuguesa. |
17 - Carlos e Ega chegam ao Teatro da Trindade, onde Rufino faz um discurso cheio de retórica. Rufino é |
A) “um bacharel transmontano, muito trigueiro, de pêra», com um «vozeirão túmido, garganteado, citadino, de vogais arrastadas em canto”. |
B) “um bacharel sulista, muito trigueiro, de pêra», com um «vozeirão túmido, garganteado, citadino, de vogais arrastadas em canto”. |
C) “um bacharel transmontano, muito trigueiro, de pêra», com um «vozeirão túmido, garganteado, provinciano, de vogais arrastadas em canto”. |
18 - "Ega sentara-se também no parapeito, ambos se esqueceram num silêncio. Em baixo o jardim, bem areado, limpo e frio na sua nudez de Inverno, tinha a melancolia de um retiro esquecido, que já ninguém ama: uma ferrugem verde, de humidade, cobria os grossos membros da Vénus Citereia; o cipreste e o cedro envelheciam juntos como dois amigos num ermo; e mais lento corria o prantozinho da cascata, esfiado, saudosamente, gota a gota, na bacia de mármore. Depois ao fundo, encaixilhada como uma tela marinha nas cantarias dos dois altos prédios, a curta paisagem do Ramalhete, um pedaço de Tejo e monte, tomava naquele fim de tarde um tom mais pensativo e triste: na tira de rio um paquete fechado, preparado para a vaga, ia descendo, desaparecendo logo, como já devorado pelo mar incerto; no alto da colina o moinho parara transido na larga friagem do ar; e nas janelas das casas, à beira da água, um raio de sol morria, lentamente sumido, esvaído na primeira cinza do crepúsculo, como um resto de esperança numa face que se anuvia.” […] Eça de Queirós - Os Maias Este excerto |
A) situa-se no fim da obra (último capítulo), quando Carlos regressa da América, dez anos depois da morte do avô. |
B) situa-se no fim da obra (último capítulo), quando Carlos regressa da Europa, dez anos depois da morte do avô. |
C) situa-se no fim da obra (último capítulo), quando Carlos regressa da Europa, onze anos depois da morte do avô. |
19 - O Realismo |
A) baseia-se numa doutrina filosófica (já formulada na Idade Média) que procura representar o mundo exterior de uma forma fidedigna, sem interferência de reflexões intelectuais nem preconceitos, e voltada para a análise das condições políticas, económicas e sociais. |
B) procura ver a realidade de forma objectiva e surge como reacção ao idealismo clássico, ou melhor, como afirma Gaëtan Picon, «sucede ao Classicismo como a análise à síntese, a exploração minuciosa à intuição global». |
C) é um movimento artístico e cultural que surge no século XVIII, durante o neoclassicismo, e dura até meados do século XIX. Desde cedo se revela como um novo modo de vida e maneira de sentir e de pensar. |
20 - O Naturalismo |
A) apresenta-se estimulado pela incessante busca do absoluto e do belo, pela escuta e vivência em contacto com as «vozes da Natureza» selvagem e grandiosa, pela concepção da «paixão sagrada» e sem limites, pela idealização do povo sublime em revolta contra os poderosos e opressores. O Naturalismo cria assim uma concepção idealista da vida e da estética, numa atitude de constante desprezo e rebeldia face às normas estabelecidas. |
B) aparece como reacção do espírito nacional à tentativa de hegemonia do poder napoleónico. Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal despertam para os seus valores nacionais e procuram a total liberdade: política, religiosa, cultural e literária. |
C) é um concepção filosófica que considera a Natureza como única realidade existente, recusando explicações que transcendam as ciências naturais. |
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domingo, 27 de abril de 2008
Netprof - Testes - Interdisciplinas
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EÇA DE QUEIROZ,
José Maria Eça de Queiroz,
OS MAIAS
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