Para meteorologistas, mar agitado foi conseqüência de um ciclone extratropical em alto mar na Argentina
Pedro Dantas, de O Estado de S. Paulo
Fábio Motta/AE
A praia, uma enseada de águas normalmente tranqüilas, teve neste domingo dois casos de salvamento nos quais foi usado um helicóptero para resgatar as vítimas. Um banhista que andava de jet-ski ficou à deriva e também foi resgatado. Na orla da Zona Sul do Rio, poucos banhistas se arriscaram a entrar no mar. Na Praia do Leblon, as ondas, que chegavam a 2 metros, quebravam com força nas pedras, num espetáculo que reuniu curiosos no mirante.
De acordo com meteorologistas, o mar agitado foi conseqüência de um ciclone extratropical em alto mar na Argentina. "Os ventos fortes provocaram ondas que avançaram sobre o oceano e chegaram ao litoral sudeste. A tendência amanhã é de redução", disse André Madeira, meteorologista do Climatempo.Segundo ele, a partir de quarta-feira, na véspera do feriado prolongado de 1º de Maio, o mar voltará a subir a por causa de uma frente fria, que também provocará chuvas.
Ele explica que a agitação do mar no Rio é normal entre maio e setembro, mas a antecipação do fenômeno não chega a causar espanto. Na semana passada, a agitação do mar causou ressaca na orla do Rio e invadiu a Baía de Guanabara, entre o Rio e Niterói.
O mar revolto causou a interrupção do tráfego de catamarãs entre Charitas (Niterói) e a Praça XV (Rio) depois que um acidente deixou pelo menos 17 feridos. A embarcação, com 237 passageiros a bordo, teve uma porta da proa arrancada pela rebentação transversal, que atingiu pessoas que estavam nas primeiras fileiras.
As vítimas, entre elas duas mulheres grávidas tiveram ferimentos leves e foram atendidas em ambulâncias. A Capitania dos Portos suspendeu a travessia na quinta-feira, dia do acidente e também no dia seguinte, quando as condições do mar permaneciam ruins.
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