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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Jurucê: Reunião de família vira tragédia em chácara no interior de SP

Sábado, 05 de Novembro de 2011 - 14h16 ( Atualizado em 05/11/2011 - 21h41 )

Tentativa de roubo acaba com 2 mortos e 5 feridos em Jurucê

25 pessoas participavam de confraternização em chácara; vítimas tentaram desarmar suposto assaltante, ao pensar que arma era de brinquedo

Jucimara de Pauda

Uma tentativa de assalto em uma chácara terminou com dois mortos e cinco feridos, em Jurucê, distrito de Jardinópolis, na madrugada deste sábado (5). Vinte e cinco pessoas de uma mesma família estavam reunidas para uma confraternização quando foram atacadas por três homens.
Segundo a Polícia Militar, primeiramente, só um dos homens entrou armado no local e anunciou o assalto. Os frequentadores da chácara pensaram que ele estivesse com uma arma de brinquedo e tentaram tirá-la da mão do rapaz, que reagiu atirando.
Ouvindo os tiros, os outros dois homens, que chegaram com o comparsa e esperavam do lado de fora, entraram armados. Eles abriram fogo contra as pessoas que estavam na festa, incluindo crianças. Os assaltantes estavam com um revólver calibre 38 e duas espingardas calibres 12 e 22.
"Vi um rapaz pulando o muro e escutei os gritos e uma das crianças falando que estavam matando todo mundo", disse Andreia Rissas, caseira da chácara.
O primeiro a ser baleado foi José Milton de Oliveira, 52, que morreu no local. Outras seis pessoas foram alvejadas pelos tiros. Deusdedito José de Oliveira, 67, morreu neste sábado, no Hospital das Clínicas, depois de passar por cirurgia.
Até o fechamento desta edição, outras quatro vítimas continuavam internadas em hospitais de Ribeirão Preto. Uma delas, em estado grave.
Na manhã deste sábado, nas paredes e no telhado da área de serviço da chácara, era possível ver as marcas dos tiros.
O chão e as cadeiras onde as vítimas estavam sentadas ainda estavam sujos de sangue. A reportagem chegou ao local quado funcionários faziam a limpeza, assustados com a violência.
"Eles estavam com armas pesadas e atiraram em todo mundo. Graças a Deus, as crianças não ficaram feridas", disse Amarildo Rissas, caseiro.
A mulher dele, Andreia, contou que, depois de atirarem, os bandidos disseram que iriam embora porque a munição havia acabado.
"Eles chutaram quem estava caído e ferido", afirmou a caseira.
Após o tiroteio, a proprietária da chácara, que não teve o nome revelado, saiu para pedir ajuda aos policiais. "Encontramos com um policial, que chamou outros e a ambulância. Estávamos nervosos e não sabíamos nem sequer ensinar como chegar no local", contou a mulher.


Domingo, 06 de Novembro de 2011 - 15h18 ( Atualizado em 06/11/2011 - 22h01 )

Polícia suspeita que bando participou de outros roubos a sítios

O delegado de Jardinópolis, Alexandre Daur Filho, diz que essa é uma das hipóteses para crime em chácara de Jurucê, em que dois morreram

Jucimara de Pauda

A Polícia Civil de Jardinópolis já tem pistas para desvendar quem foram os três homens que entraram na chácara Recreio de Jequitibá, em Jurucê, e abriram fogo contra 25 pessoas de uma mesma família, durante uma festa de confraternização, na madrugada deste sábado (5). Duas pessoas morreram e cinco ficaram feridas.
A reportagem apurou que a polícia trabalha com algumas hipóteses. Uma delas é que os homens façam parte de uma quadrilha responsável por outros roubos e furtos em sítios da região. O último roubo ocorreu há 15 dias, e existem semelhanças físicas entre os criminosos nas duas ações, segundo testemunhas.
"Lembro que eles [os atiradores] deviam ter uns 20 anos e estavam bem vestidos", disse Dalva Alves de Oliveira, 54 anos, irmã do agricultor Milton José de Oliveira e do mecânico Deusdedito José de Oliveira, que foram mortos. Milton morreu no local e Deusdedito, quando passava por cirurgia.
A reportagem conversou com Dalva por telefone, neste domingo (6), quando ela já estava em Novo Horizonte (MG) a espera do corpo dos irmãos assassinados.
Os policiais também receberam a informação de que o local do crime já foi alugado para festas eletrônicas e que, há algumas semanas, o proprietário se recusou a ceder a propriedade para a realização de novos eventos. Isso porque houve furtos nas festas anteriores.
"Ficamos sábado o dia todo na rua, falando com testemunhas e em busca de suspeitos. Quando tivermos algo concreto iremos divulgar", disse o delegado Alexandre Daur Filho.
Terror
Enquanto os policiais civis investigam, continua o clima de terror na zona rural de Jurucê, distrito de Jardinópolis. Andreia Rissas, caseira da chácara, disse que não consegue dormir desde a tragédia.
"Aqui é uma chácara simples e que não tem nada de valor. Não entendo o que eles queriam roubar porque as pessoas que estavam aqui são trabalhadores. Quem fez esta barbaridade não tem Deus no coração", disse ela.
Andreia contou que o marido está com a pressão alta e que o filho pequeno não dormiu direito preocupado com o estado de saúde do dono da chácara. O empresário continua internado em um hospital de Ribeirão Preto.
"Ele fica toda hora perguntando se ele está bem, porque todo mundo gosta muito do meu patrão, que é um homem muito bom", disse ela.


Sete pessoas são baleadas em tentativa de assalto em chácara

Vítimas estavam no distrito de Jurucê para acompanhar enterro de parente

05/11/2011 - 09:00
EPTV


Um homem de 52 anos morreu e outras seis pessoas foram baleadas durante um assalto em uma chácara, no distrito de Jurucê, em Jardinópolis, na madrugada deste sábado (5). Segundo a Polícia Civil, 25 pessoas estavam hospedadas no local quando, por volta de meia-noite, um suspeito armado entrou e anunciou o assalto.
Segunda morte é confirmada na tarde deste sábado (5)
A família é de Salinas (MG) e estava na cidade para acompanhar o enterro de um parente, na quarta-feira (2).
De acordo com os caseiros da chácara, dois familiares acharam que se tratava de uma brincadeira e tentaram tirar a arma do criminoso, mas foram surpreendidas por outros dois assaltantes que dispararam contra as pessoas e fugiram sem levar nada.
Milton José de Oliveira morreu na hora. As outras vítimas foram encaminhadas para hospitais de Ribeirão Preto. Dois homens, de 65 e 67 anos, passaram por cirurgia e têm estado de saúde estável. As outras pessoas quatro tiveram ferimentos leves e estão em observação.

Ainda segundo a polícia, os assaltantes estavam com um revólver calibre 38 e duas espingardas calibres 12 e 22. Até o momento, os bandidos não foram encontrados.



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ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
Era apenas uma confraternização entre familiares numa chácara de Jurucê, distrito de Jardinópolis (329 km de SP), mas os vários tiros de armamento pesado, incluindo uma espingarda calibre 12, transformaram o evento numa tragédia.


Por volta da 0h30 de sábado (5), três homens abriram fogo contra cerca de 25 pessoas de uma família que estavam hospedadas na propriedade, comprada por uma das vítimas há quatro meses.
A ação dos criminosos deixou um saldo, pelo menos até domingo (6), de duas mortes e cinco feridos. Além das marcas de tiros e do sangue a ser limpo pela caseira Andreia Rissas, 31, a tragédia deixou nela e no marido, Marildo Rissas, medo e a pergunta: qual o motivo de tanta violência?
"Estão dizendo que anunciaram assalto, mas não anunciaram nada. Começaram a atirar e só pararam quando as balas acabaram", afirmou Andreia, que no domingo, ainda apavorada, disse ter estranhado o fato de nada ter sido levado pelos bandidos.
"Não tem nada de valor na chácara, mas tinha um carro com som de uns R$ 10 mil aqui e um monte de celulares espalhados na mesa. Um rapaz falou: só vamos embora porque a munição acabou."
Segundo ela, os criminosos começaram a atirar após uma das vítimas chamar a invasão de "brincadeira".
Antes de fugir, disse Andreia, um dos invasores ainda chutou o corpo de Milton Oliveira, 52, o primeiro a morrer, ainda no local. Também morreu Deusdedito José de Oliveira, 67, enquanto passava por cirurgia no HC.
O marido de Andreia também estava no local, mas ontem à tarde não tinha condições de conversar. "Ele foi sedado. Ficou muito nervoso."
De policiais, a funcionária da chácara disse ter ouvido a hipótese de possível acerto de contas com os donos do local. "Nisso a gente também não acredita porque são pessoas boas e pacíficas", disse.
Em três anos na região, Andreia disse que foi a primeira vez que viu esse tipo de "coisa ruim", mas foi suficiente para ela não querer mais ficar em Jardinópolis por causa da tragédia de sábado.
"Tenho de pensar no meu filho pequeno. Ainda não sabemos para onde vamos, mas não quero mais morar aqui."
A Folha não conseguiu falar ontem com os Oliveiras.
A maioria dos familiares que estavam na chácara é de Salinas, região norte de Minas Gerais.
Eles estavam em Jardinópolis porque, na última quarta-feira (2), feriado de Finados, enterraram um parente na região. Na madrugada de sábado, quando tudo aconteceu, faziam uma confraternização antes de voltar para Minas.
SEM PISTAS
A assessoria da Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que, até ontem à tarde, nenhuma prisão relacionada ao crime tinha sido feita e não ainda havia novas pistas sobre o caso.
Sem uma linha de investigação definida até ontem, todas as hipóteses serão consideradas, disse a assessoria.


LAST







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