Por: Eliane Quinalia - Infomoney
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O Brasil passou do 17º para 14º lugar no ranking que avalia a
disposição das empresas em pagar propinas para conseguir fechar
contratos no exterior. A informação faz parte de um estudo elaborado
pela ONG Transparência Internacional, que revela os países considerados
'campeões' no Índice de Suborno Empresarial.
De acordo com a pesquisa divulgada na quarta-feira (2), as empresas da
Rússia e da China são vistas como mais propensas a pagar subornos no
exterior. Em contrapartida, as companhias holandesas e suíças são vistas
como as mais honestas nesse sentido.
"A corrupção continua a ser uma prática de rotina para muitas empresas,
sendo executada em todo o negócio, não apenas naqueles que envolvem
funcionários públicos. As empresas que não conseguem evitar a corrupção
nas suas cadeias de suprimentos correm o risco de serem processadas
pelas ações dos funcionários e seus parceiros de negócios", disse o
presidente da ONG Transparência Internacional, Huguette Labelle.
Por setor
Dos 19 setores analisados pela pesquisa, figuram entre os mais afetados
pela questão do suborno os segmentos de contratos de obras públicas e o
de petróleo e gás.
“A indústria de extrativos está mais sujeita à corrupção. As empresas
que operam na Nigéria, por exemplo, já foram multadas pelos Estados
Unidos em US$ 3,2 bilhões em 2010 e 2011 pelo suborno de funcionários
públicos”, revela a pesquisa.
Assunto internacional
O suborno estrangeiro é uma questão prioritária para a comunidade
internacional. Há um ano, as vinte principais economias do mundo (G20)
se reuniram para combater o problema por meio de um plano de ação
anti-corrupção. A expectativa é que tal monitoramento resulte em um
relatório e que o mesmo seja aprovado ainda esta semana em Cannes,
informando medidas que possam ajudar no combate de tal prática.
"Em sua reunião em Cannes nesta semana, os governos do G20 deverão
enfrentar o suborno estrangeiro como uma questão de urgência. A nova
legislação será uma oportunidade de proporcionar uma economia mais
aberta, que dará condições para uma recuperação sustentável e assegurará
a estabilidade de crescimento futuro”, informa Labelle.
A pesquisa
Em sua sexta edição, o Bribe Payers Index (Índice de Pagadores de
Suborno, em inglês) avaliou a opinião de três mil executivos de empresas
de países desenvolvidos e em desenvolvimento. O estudo analisou a
disposição das empresas em oferecer suborno ao negociar fora de seu país
de origem.
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