PA: líder extrativista é morto após denúncia; MPF pede proteção

24 de outubro de 2011 • 22h40 • atualizado às 23h27

João Chupel Primo, 55 anos, foi morto com um tiro no último sábado, algumas horas depois de denunciar a exploração madeireira ilegal na reserva extrativista Riozinho do Anfrísio e na Floresta Nacional Trairão, no Pará. Por isso, nesta segunda, o Ministério Público Federal (MPF) pediu à Polícia Federal (PF) que garanta proteção para outras testemunhas que denunciaram os crimes no local.
A vítima esteve, junto com outros homens, na sede do MPF em Altamira (PA) na quinta-feira passada e informou detalhes sobre a exploração madeireira ilegal. Para o MPF, o crime tem relação direta com as denúncias feitas. Ele já havia registrado boletins de ocorrência na Polícia Civil de Itaituba (PA) e passado detalhes sobre os madeireiros para a PF em Santarém (PA) e para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela administração das Unidades de Conservação, que estão sendo invadidas por madeireiros.
Chupel era uma liderança do Projeto de Assentamento Areia e havia afirmado que os madeireiros vinham usando o assentamento como porta de entrada para as matas ainda relativamente preservadas que fazem parte do Mosaico de Conservação da Terra do Meio.

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