24/10/2011 21:28
Monstro, o líder de quadrilha responsável por 80% de roubos a bancos, em São Paulo, está foragido
O Monstro está à solta. Rolídio Brasil Fontanele de Souza
Gama é o ladrão de banco mais procurado pelo Deic (Departamento de
Investigações Sobre o Crime Organizado). Considerado violento e
perigoso, ele é o único líder da maior quadrilha de ladrões de banco de
São Paulo que ainda está nas ruas.
A polícia tem informações de que o criminoso possa estar escondido em um país vizinho. O bando do Monstro é responsável por cerca de 80% dos assaltos mais valiosos em 2010 e 2011, com invasões rápidas e violentas em agências de São Paulo e da região metropolitana, segundo o Deic.
Como característica principal, o grupo alicia funcionários e vigilantes dos estabelecimentos-alvo em praticamente todas as ações. Apenas um banco enviou relatório completo à polícia desde 2007. As imagens do circuito interno mostram que a quadrilha do Monstro atacou suas agências 46 vezes. Somente entre março de 2010 e agosto de 2011, o bando roubou R$ 5 milhões em 11 investidas (veja quais foram os ataques na tabela da página 3).
Nos últimos dois anos, as investidas do bando passaram a ser mais rápidas, em horários precisos, com informações de valores e possibilidades de acesso às agências. “Nós já temos certeza de 50 ataques. Pelos informes que estamos recebendo dos bancos, essa quadrilha praticou muito mais de cem”, disse o delegado Roberto Cerri Maio, titular da 5 Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos do Deic.
O cérebro do grupo criminoso era Reginaldo Cláudio da Silva, o Rejão. Ele foi preso no início de agosto durante investigação do Deic ao assalto a uma agência em São Miguel Paulista, Zona Leste.
A polícia passou a monitorar seus contatos e obteve frutos em 14 de outubro. “Nós sabíamos que essa quadrilha agiria naquele dia em determinada região. Nós só precisávamos descobrir qual seria o banco”, disse o delegado.
A polícia fechou o cerco na esquina da Avenida Tiradentes com a Rua Guaporé, no Bom Retiro, e prendeu em assalto ao Santander Willian Bruno Barbosa da Silva, o Di Menor, Clayton Paulo dos Santos, o Kéu, Thiago de Cassia, o Periguinho, Alessandro Galvão, o Kiki, e o vigilante Alex Barreto da Silva.
De acordo com investigações da Polícia Civil, Rejão era o responsável pela coordenação do bando em ação. “Você vê nitidamente ele dando ordens calmamente, enquanto Monstro e o Di Menor exerciam a pressão e as ameaças mais graves contra os funcionários”, observou o delegado Roberto Cerri Maio.
Em assalto a uma agência em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, as câmeras de circuito interno de segurança mostram Monstro justificando seu apelido. Ele espalha terror entre funcionários e enfia o cano da arma na boca de um funcionário para que o cofre fosse aberto rapidamente. Di Menor, apesar de ter menos de 1,70 m e ser franzino, carrega fúria em suas investidas.
“Durante um assalto em São Paulo, eles descobriram que havia um policial militar à paisana na agência. O Di Menor mandou o PM ajoelhar e ia executá-lo. O Rejão chegou junto, ordenou que o parceiro se afastasse e impediu o assassinato”, disse um investigador que acompanha os passos da quadrilha.
Na liderança do bando figuravam também Anderson de Cássia, o Perigo, preso em fevereiro, e Cléber Aparecido Antônio, o Clebinho, também capturado. “O restante é “mão de obra” tercerizada. Já identificamos quase 30 ladrões que fazem esse tipo de função”, disse o delegado Maio.
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A polícia tem informações de que o criminoso possa estar escondido em um país vizinho. O bando do Monstro é responsável por cerca de 80% dos assaltos mais valiosos em 2010 e 2011, com invasões rápidas e violentas em agências de São Paulo e da região metropolitana, segundo o Deic.
Como característica principal, o grupo alicia funcionários e vigilantes dos estabelecimentos-alvo em praticamente todas as ações. Apenas um banco enviou relatório completo à polícia desde 2007. As imagens do circuito interno mostram que a quadrilha do Monstro atacou suas agências 46 vezes. Somente entre março de 2010 e agosto de 2011, o bando roubou R$ 5 milhões em 11 investidas (veja quais foram os ataques na tabela da página 3).
Nos últimos dois anos, as investidas do bando passaram a ser mais rápidas, em horários precisos, com informações de valores e possibilidades de acesso às agências. “Nós já temos certeza de 50 ataques. Pelos informes que estamos recebendo dos bancos, essa quadrilha praticou muito mais de cem”, disse o delegado Roberto Cerri Maio, titular da 5 Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos do Deic.
O cérebro do grupo criminoso era Reginaldo Cláudio da Silva, o Rejão. Ele foi preso no início de agosto durante investigação do Deic ao assalto a uma agência em São Miguel Paulista, Zona Leste.
A polícia passou a monitorar seus contatos e obteve frutos em 14 de outubro. “Nós sabíamos que essa quadrilha agiria naquele dia em determinada região. Nós só precisávamos descobrir qual seria o banco”, disse o delegado.
A polícia fechou o cerco na esquina da Avenida Tiradentes com a Rua Guaporé, no Bom Retiro, e prendeu em assalto ao Santander Willian Bruno Barbosa da Silva, o Di Menor, Clayton Paulo dos Santos, o Kéu, Thiago de Cassia, o Periguinho, Alessandro Galvão, o Kiki, e o vigilante Alex Barreto da Silva.
De acordo com investigações da Polícia Civil, Rejão era o responsável pela coordenação do bando em ação. “Você vê nitidamente ele dando ordens calmamente, enquanto Monstro e o Di Menor exerciam a pressão e as ameaças mais graves contra os funcionários”, observou o delegado Roberto Cerri Maio.
Em assalto a uma agência em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, as câmeras de circuito interno de segurança mostram Monstro justificando seu apelido. Ele espalha terror entre funcionários e enfia o cano da arma na boca de um funcionário para que o cofre fosse aberto rapidamente. Di Menor, apesar de ter menos de 1,70 m e ser franzino, carrega fúria em suas investidas.
“Durante um assalto em São Paulo, eles descobriram que havia um policial militar à paisana na agência. O Di Menor mandou o PM ajoelhar e ia executá-lo. O Rejão chegou junto, ordenou que o parceiro se afastasse e impediu o assassinato”, disse um investigador que acompanha os passos da quadrilha.
Na liderança do bando figuravam também Anderson de Cássia, o Perigo, preso em fevereiro, e Cléber Aparecido Antônio, o Clebinho, também capturado. “O restante é “mão de obra” tercerizada. Já identificamos quase 30 ladrões que fazem esse tipo de função”, disse o delegado Maio.
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