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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Após confusão, Ponte Rio Negro , custo foi de R$ 1,099 bilhão, é liberada para cerca de 30 mil pedestres

 

 

 


Tráfego de veículos, previsto para iniciar às 19h, permanece suspenso até que a multidão comece a deixar a pista da ponte, que ficou completamente tomada pelos pedestres.
[ i ] Policiais não conseguiram conter a multidão e a pista foi liberada Foto: Arlesson Sicsú Policiais não conseguiram conter a multidão e a pista foi liberada
Manaus - Cerca de 30 mil pessoas, segundo dados da Polícia Militar, impediram a liberação do tráfego de veículos na Ponte Rio Negro, inicialmente marcada para as 19h. Houve muita confusão e a pista acabou sendo liberada para os pedestres, e não para os carros, que precisaram aguardar a dispersão das pessoas para poder ter acesso à pista.
Antes das 19h, horário previsto para a queima de fogos e liberação da passagem de carros, um engarrafamento já começava a se formar ainda na Avenida Brasil, na Compensa. Isso tudo porque, na tentativa de ter acesso à via, pedestres e motoristas acabaram obstruindo a passagem.
Revoltados com a não liberação da passagem, a população acabou  destruindo a primeira barreira formada antes do início da ponte. Assim que o show pirotécnico acabou e a entrada da ponte não foi liberada, policiais da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) usaram spray de pimenta para tentar afastar os curiosos e colocar ordem no local.
"Nós não esperávamos tanta gente", afirmou o vice-govenador José Melo, assim que chegou ao local para a queima de fogos. A princípio, Melo ainda cogitou a hipótese de liberar uma via para veículos e outra para os pedestres.  No entanto, assustado com a quantidade de pessoas que estava na local, o vice-governador preferiu não arriscar e decidiu que apenas os pedestres deveriam ter acesso à via.
Após uma hora e trinta da liberação da ponte para os pedestres, o vice-governador afirmou que por volta das 22h ele esperava poder liberar a passagem para os veículos. "Vamos tentar colocar os pedestres de maneira ordenada de uma lado da pista e liberar o outro para os veículos". De acordo com ele, os carros que esperavam pelo trajeto em Iranduba já estavam vindo, por volta das 20h30, em comboio junto com a Polícia Militar, a uma velocidade de 20 km/h.
Até às 21h, a movimentação de pedestres em cima da ponte continuava intensa. Muitas pessoas caminharam até  a metade e voltaram, outras decidiram parar  na via. Apesar do tumulto ter sido controlado, a quantidade de curiosos a caminho do local ainda era muita.
Motivo de festa
Durante a travessia, o clima era de festa. O valor da obra, tão questionado anteriormente, parecia ter sido esquecido. Muitas pessoas que atravessavam a ponte alegavam ter trabalhado na construção da mesma e por isso estavam ali.
Emocionada, a servente de pedreiro, Lucinere Nery de Albuquerque, que disse ter trabalhado na pintura das grades durante 3 meses,  filmava a travessia de milhares de pessoas. "Eu trabalhei aqui com a minha irmã e foi tudo muito bom. Só saí porque o contrato com empresa acabou", afirmou Lucinere, que até a metade da ponte seguia firme na caminhada e pretendia chegar ao outro lado e voltar.
Era comum, também, encontrar pais que levaram os filhos para realizar o primeiro 'passeio' na ponte.

 

 

 

 

 

 

em visita a Manaus

Dilma Rousseff durante a cerimônia de inauguração da ponte sobre o Rio Negro, em Manaus Dilma Rousseff durante a cerimônia de inauguração da ponte sobre o Rio Negro, em Manaus (Roberto Stuckert Filho/PR)
A instabilidade do ministro Orlando Silva à frente do Esporte foi ignorada durante a rápida visita da presidente Dilma Rousseff a Manaus, para inaugurar a Ponte Rio Negro e anunciar a prorrogação da Zona Franca de Manaus por mais 50 anos. Para o deputado estadual Sinésio Campos (PT), o assunto não foi tocado por "estar resolvido" para a presidente. "Ele (o ministro) vai ficar e aqui hoje é dia de festa", disse.
Na inauguração, a presidente passou por uma saia justa que acabou condensando seu discurso em oito minutos. Quando foi cumprimentar os prefeitos, ouviu vaias das cerca de 100 mil pessoas presentes, segundo a polícia militar, agitadas num calor de 40 graus e segurando cartazes com xingamentos ao prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PDB), ausente no evento. No sábado, às vésperas do aniversário de 342 anos da cidade, comemorado hoje, o prefeito aumentou a passagem de ônibus.
Dilma não entendeu as vaias e fez um gesto para pararem de vaiar, quando ouviu uma explicação rápida do senador Eduardo Braga (PMDB) sobre as razões do estresse. "Ai meu Deus do céu, I know (eu sei)", falou ao microfone. "Gente, agora dá um tempinho, né? Eu estou muito feliz de estar aqui inaugurando esse monumento à altura do aniversário da cidade, prorrogando a Zona Franca de Manaus que preserva o meio ambiente e dá emprego e renda", desconversou. Antes de Dilma, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva contou ao microfone que pediu à presidente para estar presente ao evento.
Protesto - Atrás do palco, um balão gigante do Greenpeace contrastava com o negro do rio. O balão tinha a frase "Senado, desliga essa motosserra" - tentativa da ONG de chamar a atenção das autoridades presentes ao debate sobre a discussão das mudanças na legislação ambiental no Congresso.
A Ponte Rio Negro, com 3,5 quilômetros de extensão, custou R$ 1,099 bilhão, mais que o dobro que o previsto. Foi construída em três anos e meio e é a maior ponte estaiada do País (com 400 metros de trecho suspenso por cabos) e a segunda maior do mundo, atrás da ponte sobre o rio Orinoco, na Venezuela. O trajeto que um carro deve fazer em minutos era feito em 2 horas em balsas.
(Com Agência Estado)
Cocar (indígena), adorno de cabeça usado pelas tribos indígenas da América



Juiz segue STJ e interdita provas da Satiagraha

O Estado de S. Paulo - 24/10/2011


A Justiça não autorizou a Polícia Federal a ouvir o empresário Lúcio Bolonha Funaro sobre provas consideradas ilícitas porque foram colhidas no curso da Operação Satiagraha. A decisão, do juiz Douglas Camarinha Gonzales, da 6.ª Vara Criminal Federal em São Paulo, reconhece expressamente pela primeira vez a extensão dos efeitos de julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, em junho, ordenou o trancamento da Satiagraha.
O Inquérito 37/11, no qual a PF investiga Funaro por sonegação, é um desdobramento daquela polêmica operação, deflagrada em 2008.
A PF intimou Funaro, mas sua defesa pediu habeas corpus para barrar o inquérito e impedir que o empresário fosse questionado sobre fatos apurados a partir de ação controlada e interceptações telefônicas e telemáticas realizadas durante a Satiagraha.
Antes que a operação fosse declarada ilegal pelo STJ, a PF instaurou vários procedimentos distintos para investigar outros personagens citados. Um desses inquéritos mira Funaro. "Não resta dúvida de que as provas ilícitas originárias da Satiagraha envenenam todas as demais obtidas a partir delas, devendo estas provas ser desconsideradas", assinalou a advogada criminalista Beatriz Catta Preta, que defende o empresário.
"Por isso pedi em habeas corpus que fosse declarada a ilegalidade absoluta da prova que embasa o inquérito 37/11."
O juiz da 6.ª Vara Federal acolheu parcialmente o pedido e barrou o caso em relação à sonegação. Ele permite que Funaro seja ouvido, "desde que a indagação não se baseie diretamente das provas cuja ilicitude foi reconhecida". Camarinha pediu à PF que exclua dos autos os resultados de medidas cautelares (escutas e vigilância) e "declarações sobre os fatos relacionados às provas obtidas com base em tais procedimentos". / F.M.






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