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El ex futbolista Edmundo, en enero de 2001 en Roma. | Efe
- La policía no consiguió localizarlo en Río; había huido a São Paulo
- Un juez ordenó arrestarlo la noche del martes para cumplir condena
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La huida del 'Animal' duró apenas 24 horas. El ex futbolista brasileño Edmundo, declarado foragido por la Policía Civil de Río de Janeiro tras permanecer ilocalizable a lo largo del miércoles, fue arrestado en la madrugada del jueves en São Paulo para cumplir una condena de prisión por un accidente de tráfico que causó tres víctimas mortales en 1995.
Edmundo, de 40 años, no pudo ser encontrado en ninguna de las cinco direcciones que constan a su nombre en Río. En una de ellas estaba su mujer, quien aseguro que el ex jugador y comentarista de televisión había salido de casa en la mañana del miércoles sin decir adónde.
Una denuncia anónima resolvió el enigma. El ex internacional brasileño e ídolo de las 'torcidas' de Vasco da Gama, Palmeiras y Flamengo se había refugiado en un apartamento de São Paulo, donde los agentes lo detuvieron pasada la medianoche.
El deportista retirado, que no ofreció resistencia, fue trasladado al Instituto Médico Legal antes de ser colocado en una celda en el barrio de Pinheiros, en la zona oeste de la mayor ciudad del país sudamericano. Allí espera la llegada de los policías cariocas que lo llevarán hasta Río.
El arresto de Edmundo fue ordenado la noche del martes por el juez Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, tras rechazar la alegación de la defensa sobre la posible prescripción del proceso por el accidente ocurrido el 2 de diciembre de 1995.
Víctimas
En la madrugada de aquel sábado, el entonces jugador del 'Fla' estrelló su Jeep Grand Cherokee contra un Fiat Uno al salir de una discoteca en la zona sur de Río. Tres personas fallecieron y otras tres resultaron heridas. Según la investigación, Edmundo conducía a gran velocidad.
El ex futbolista fue condenado en marzo de 1999 a cuatro años y seis meses de prisión, una sentencia que fue mantenida en octubre de ese año rechazando el recurso de la defensa. Con todo, sólo llegó a pasar una noche entre rejas.
Recursos
Edmundo intenta desde entonces evadir la cárcel y continúa recurriendo en libertad. Hasta en ocho ocasiones ha tratado de anular su condena infructuosamente, la última hace tres años ante los órganos superiores de Justicia en Brasilia.
Para el abogado Arthur Lavigne, que representa al comentarista de la cadena Band, el proceso prescribió en 2007. "El Ministerio Público reconoció la prescripción en 2010 y tanto la defensa como la acusación concordaron. El juez [Carvalho de Figueiredo], que es nuevo en el juzgado, entendió que no había prescripción. No sé cuáles son sus fundamentos", reclamó el letrado ante los periodistas tras conocer la decisión del magistrado.
El de aquella madrugada de 1995 no es el único incidente sufrido por Edmundo al volante. En 2005, tras salir de una discoteca en el barrio carioca de Leblon, fue arrestado por conducir ebrio y tuvo que pagar una fianza de 3.000 reales, equivalentes entonces a unos 1.260 dólares. Ese mismo año le fue retirado el permiso por acumular 219 puntos de infracciones, más de 10 veces por encima del límite establecido en el Código Brasileño de Tráfico.
Advogado de Edmundo entra com pedido de habeas corpus
O advogado do ex-jogador Edmundo Alves de Souza Neto, Arthur Lavigne, acaba de entrar com pedido de habeas corpus na Sexta Câmara Criminal do Rio de Janeiro. Edmundo foi preso na madrugada desta quinta-feira em São Paulo, por agentes do Setor de Investigações Gerais (SIG) da 3ª Delegacia Seccional Oeste de São Paulo. O ex-jogador prestou depoimento ao delegado Eduardo Castanheira até as 4h30. Três carros da polícia fluminense estão a caminho de São Paulo para buscar o ex-jogador, que disse ao delegado Castanheira estar confiante na Justiça. Três carros da polícia carioca estão a caminho de São Paulo, onde devem chegar por volta das 14h.
Arthur Lavigne alega que o crime de Edmundo prescreveu, mas o juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro, rejeitou tese da defesa do ex-atleta, e determinou o cumprimento da pena. No entendimento do magistrado o crime só prescreveria se Edmundo não fosse capturado até 5 de outubro, data em que se completam 12 anos da prisão de Edmundo, considerada, até então, a última movimentação do processo na Justiça.
Advogado: 'não faço ideia de como Edmundo será levado ao Rio'
16 de junho de 2011 • 10h19 • atualizado às 11h53
Edmundo é levado para cela da 3ª Delegacia Seccional de São Paulo, em Pinheiros
Foto: Léo Pinheiro/Terra
O advogado Arthur Lavigne, que defende o ex-jogador e atual comentarista esportivo Edmundo Alves de Souza Neto, 40 anos, afirmou nesta quinta-feira que ainda não sabe como o "Animal" chegará ao Rio de Janeiro. Edmundo está em São Paulo após ser preso durante a madrugada. "Não faço ideia de como o Edmundo será transferido para o Rio", disse Arthur Lavigne.
De acordo com o delegado Eduardo Castanheira, da 3ª Delegacia Seccional de São Paulo, onde o ex-jogador está preso, Edmundo deve ser transferido ao Rio de Janeiro ainda hoje. Segundo Castanheira, policiais civis já deixaram o Rio em viaturas e devem chegar à capital paulista por volta das 15h desta quinta-feira.
Edmundo, que estava foragido após ter um mandado de prisão expedido no Rio de Janeiro, foi encontrado e preso em um flat na rua Amauri, zona oeste de São Paulo, após uma denúncia anônima.
Ainda durante a madrugada, o jogador prestou depoimento ao delegado Eduardo Castanheira, que terminou por volta de 4h30, e realizou exames de corpo de delito. Ele será mantido em uma carceragem da delegacia de Pinheiros até a chegada de policiais civis da Polinter, que têm a missão de conduzir o jogador de volta para o Rio de Janeiro.
P>Três mortes na Lagoa
Na madrugada do dia 2 de dezembro de 1995, quando saía de uma boate na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro, o então jogador do Flamengo chocou seu Jeep Grand Cherokee com um Fiat Uno. No acidente, morreram Joana Maria Martins Couto, Carlos Frederico Britis Tinoco e Alessandra Cristini Pericier Perrota, que estavam no outro automóvel. Outras três pessoas ficaram feridas - Roberta Rodrigues de Barros Campos, Débora Ferreira da Silva e Natascha Marinho Ketzer. O laudo da perícia apontou que o jogador estava em alta velocidade.
Em março de 1999, Edmundo foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto. O ex-jogador chegou a passar uma noite na cadeia em função dos homicídios culposos de três pessoas e lesões corporais - também culposas - nas outras três vítimas.
A defesa de Edmundo recorreu, mas a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça manteve a decisão no dia 5 de outubro de 1999. Em 2008, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou a oitava tentativa do ex-jogador de anular a condenação e manteve a pena.
Na última terça-feira, o juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro, determinou a expedição de mandado de prisão contra Edmundo. Segundo o advogado Arthur Lavigne, que representa Edmundo, o processo está prescrito desde 2007. "Em 2010, o Ministério Público reconheceu a prescrição e tanto a defesa quanto a acusação concordaram. O juiz, que é novo na Vara, entendeu que não havia prescrição. Não sei qual é a fundamentação dele. (...) Estamos todos surpresos, é uma decisão sem cabimento", disse Lavigne. Entretanto, para o juiz, ainda não ocorreu o lapso temporal exigido pela lei para prescrever a condenação, que no caso do ex-jogador é de 12 anos.
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