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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Designer agredido em livraria faz 22 anos reagindo a estímulos da família

16/04/2010 07h18 - Atualizado em 16/04/2010 07h18


Segundo tia, Henrique aperta e beija a mão da mãe.
Jovem foi agredido com taco dentro do Conjunto Nacional em dezembro.

Juliana Cardilli Do G1, em São Paulo


henriqueHenrique completa 22 anos nesta sexta-feira (16)
(Foto: Arquivo Pessoal)

Há quase quatro meses internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas de São Paulo, o designer Henrique Carvalho Pereira completa nesta sexta-feira (16) 22 anos respondendo cada vez mais aos estímulos da família. Segundo sua tia, a secretária Claudia Carvalho Aguiar, o jovem responde a algumas perguntas dos pais piscando os olhos e já beijou a mão da mãe, sua maior companheira.

“Ele ainda está sedado, não acordou, mas melhorou bastante”, contou Claudia ao G1. O jovem sofreu lesões cerebrais após ser agredido com um taco de beisebol dentro de uma unidade da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, no dia 21 de dezembro. O agressor está preso.


“Quando a mãe chega e conversa com ele, pede beijo, passa a mão na cabeça dele, ele faz bico e beija a mão dela. Ele também teve uma reação como se estivesse sentido cócegas quando ela passou a mão no pé dele. Ele está tendo reações positivas. Ele está com os olhos abertos, mas com a pupila dilatada, portanto ele não enxerga.”

Antes da melhora, o designer passou por alguns momentos difíceis nos últimos dois meses. Um osso do crânio que havia sido colocado em seu abdômen – procedimento normal em casos de lesões na cabeça – infeccionou e precisou ser retirado em uma cirurgia. Além disso, ele ainda apresenta febre em alguns dias, o que fez com que os médicos optassem pela colocação de um dreno externo na cabeça para a retirada de líquidos acumulados.

“Ele estava com a cabeça muito inchada, mas agora está normal. Passou por uma meningite pós-traumática, que, segundo os médicos, é comum nesses casos, mas já sarou”, contou a secretária.

A melhoria da saúde do jovem se deve, em parte, ao maior convívio com a família. A mãe de Henrique, irmã de Claudia, conseguiu uma autorização do Hospital das Clínicas para ficar com o filho de quarta a domingo entre 9h30 e 12h – além do horário de visita, das 16h às 17h. “Eu acredito que tudo isso se deve a esse período maior que a Silvana tem com ele”, disse Claudia sobre a atitude da irmã. “O estímulo está sendo excelente.”

Segundo a secretária, o jovem respondeu piscando duas vezes, o que quer dizer “não”, quando a família perguntou se poderia mexer no computador dele. Depois, questionado se sua cachorra de estimação poderia continuar dormindo em sua cama, piscou apenas uma vez - o que quer dizer “sim”.

Os pequenos avanços impulsionam a positividade da família, sempre esperançosa. Os médicos já diminuíram os remédios dados ao jovem, que agora tem menos espasmos e de menor intensidade. “Quando retirar a medicação, ele pode acordar a qualquer momento.”

A família ainda não sabe como vai comemorar o aniversário – internado na UTI, o jovem inspira cuidados, e não são permitidas manifestações exaltadas ou muitas pessoas ao seu lado. Mas Claudia já planeja seguir com as outras tias de Henrique até o hospital. “Vamos pelo menos ficar no saguão para receber minha irmã quando ela sair”, contou ela, que segue com a esperança de toda a família. “O irmão dele, fala assim: ‘Mãe, ele vai acordar amanhã’.”



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