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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Bombeiros seguem buscas: há riscos, mas não temos escolha



08 de abril de 2010


Bombeiros fazem buscas no Morro do Bumba à noite Foto: AP

Bombeiros fazem buscas no Morro do Bumba à noite
Foto: AP


Luís Bulcão Pinheiro
Direto de Niterói

Enquanto o 13° corpo do Morro do Bumba era colocado dentro de um camburão da Defesa Civil, centenas de pessoas se aglomeravam em torno do cordão de isolamento montado pela Polícia Militar. A segunda noite de buscas começa sem muitas esperanças de encontrar sobreviventes e com perigo para as equipes de resgate que não vão interromper o serviço. "É muito difícil encontrar sobreviventes devido ao tipo de deslizamento que tivemos aqui, mas vamos trabalhar da mesma forma que fizemos da noite anterior. É claro que ainda há riscos, mas não temos escolha. Temos que continuar", afirmou o subcomandante dos Bombeiros José Paulo Moreira.

"Foi Deus que nos salvou, quando vi aquilo achei que eu e minha família já tínhamos morrido. Agora a gente não tem mais nada, precisamos de uma casa quando sairmos do abrigo", diz Veronica Cardoso, 20 anos.

A estudante olhava para a montanha de lama. A casa dela não existe mais. Por pouco ela não perdeu seis familiares. O pai, de 55 anos, os dois irmãos, de 8 e 6, duas irmãs, uma de 3 e outra de 6 meses e a madrastra, de 42 anos. Eles estavam na casa no momento em que começou o deslizamentos, ela estava na casa de uma amiga. Ela conta que o pai viu fumaça, ouviu barulho e gritou para que todos saíssem.

O deslizamento de terra no Morro é o mais grave ocorrido na cidade em que 105 corpos foram retirados nos 30 pontos de deslizamento devido às chuvas que castigam o Rio desde segunda-feira. A luz do dia é substituída pelos refletores colocados pelos Bombeiros. Estima-se que 60 casas foram destruídas pela avalanche de lama ocorrida por volta as 19h40 de ontem.

Estragos e mortes
A chuva que castiga o Rio de Janeiro desde segunda-feira deixou pelo menos 180 mortos e 170 feridos, alagou ruas, causou deslizamentos e destruição no Estado. Segundo o Instituto de Geotécnica do Município do Rio (Geo-Rio), desde o início do mês foi registrado índice pluviométrico entre 200 mm e 400 mm (dependendo da localidade). É o maior índice de chuvas na cidade desde que começou a medição, há mais de 40 anos. A média prevista para o mês de abril é de 91mm.










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