SOFIA FERNANDES
da Folha Online, em Brasília
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) comunica hoje ao partido sua intenção de candidatar-se ao governo de São Paulo na eleição de 2010. A decisão veio após reunião do senador com centenas de filiados, realizada no sábado, em São Paulo.
Como há pelo menos seis pré-candidatos do PT ao governo estadual, Suplicy recomenda a realização de prévias no partido, precedida de debates.
"Acho adequado, produtivo e saudável que se realize prévia, levando em conta o estatuto do partido", disse o senador.
Além de Suplicy, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, os deputados federais Antonio Palocci e Arlindo Chinaglia, o prefeito de Osasco, Emídio de Sousa, e o ministro Fernando Haddad (Educação) são cotados pelo PT para a candidatura ao Palácio dos Bandeirantes.
Apesar de defender a candidatura própria do PT, ele afirma que apoiará o deputado federal Ciro Gomes (PSB - CE), um dos nomes cogitados pelo governo Lula para o governo do Estado, caso o partido decida não lançar candidato.
"Já transmiti ao Edinho [Edinho Silva, presidente do diretório estadual PT-SP] que me disponho a apoiar qualquer um dos seis candidatos nossos ou, eventualmente, se o partido avaliar que é importante para fortalecer a campanha da ministra Dilma, a candidatura do Ciro Gomes", afirmou.
Segundo o petista, não haverá mal estar em disputar a candidatura do partido com sua ex-mulher, Marta Suplicy. "Não vou colocar meus filhos para ficar torcendo pelo pai ou pela mãe", disse.
Caso não seja escolhido como candidato, afirmou também que se sentirá muito bem continuando seu mandato de senador, que vai até 2014.
Suplicy disse que centenas de pessoas mostraram disposição em assinar a indicação de sua candidatura e ainda ajudar voluntariamente na coleta de assinaturas.
De acordo com o estatuto do partido, é necessário que 1% dos filiados do PT aprove uma pré-candidatura para que ela vingue. O partido conta hoje com 297 mil filiados, sendo necessárias então 2.970 assinaturas.
Segundo o senador, serão válidas as assinaturas enviadas por e-mail dos filiados. Um filiado pode, inclusive, apoiar mais de uma candidatura.
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