Itamaraty admite realização de eleição antes de restituição
Denise Chrispim Marin e Tânia Monteiro, BRASÍLIA
"Em vez de golpista em férias, esperamos que Micheletti torne-se um golpista aposentado", resumiu, com ironia, Renato de Ávila Viana, chefe da Divisão do México e América Central do Itamaraty. O governo brasileiro já absorveu como fato consumado que as eleições de domingo ocorrerão sem o retorno de Zelaya à presidência. Mas não reconhecerá como legítimo o vencedor da votação se o poder não for restituído a Zelaya - para o Itamaraty, esse é o ponto-chave do Acordo San José-Tegucigalpa. A questão está fechada e não há possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltar atrás, mesmo sob pressão ou tentativa de persuasão dos EUA, que interpreta o acordo com mais flexibilidade.
Na segunda-feira, na OEA, o secretário-assistente de Estado para o Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, reiterou a posição da Casa Branca de que as eleições de domingo são necessárias, embora não suficientes, para levar Honduras à normalidade democrática. Para o governo americano, é imprescindível a formação de um governo de unidade nacional, com ou sem a presença de Zelaya.
DESGASTE
O desgaste que essa diferença de interpretações do acordo traz à credibilidade da OEA e, especialmente, à nova relação entre os EUA e a América Latina não é considerado pequeno pelo governo brasileiro. O Itamaraty acredita que há a possibilidade de Canadá, Panamá, Colômbia e Peru acompanharem a visão dos EUA. Brasil, Argentina e as repúblicas bolivarianas - como Venezuela e Bolívia - estão fechados na outra corrente.
Lula acumula: -Aposentadoria por invalidez,aposentadoria de Aposentadoria por invalidez, Pensão Vitalícia de "perseguido político" isenta de IR, salário de presidente de honra do PT, salário de Presidente da República. Você sabia??? Sphere: Related Content