Ela atuava há cerca de 35 anos e partipou de 30 peças, quatro filmes e dez novelas da Rede Globo
Roberta Pennafort, de O Estado de S. Paulo
A atriz, conhecida pelo bom humor, sempre teve um discurso otimista com relação à doença. Os amigos se manifestaram ontem lembrando de sua irreverência. "Ela sempre tinha aquela gargalhada", disse Zeca Pagodinho. Pelo Twitter, o ator Luigi Barricelli comentou sua atitude positiva: "Um dia triste que eterniza uma atriz, amiga e uma mulher de fibra, que levou bravamente o seu glorioso ato de viver até o fim."
"Perdemos a Mara Manzan. A alegria em pessoa, o amor à vida em pessoa!", escreveu a novelista Glória Perez também no Twitter. Foi por meio das novelas de Glória que Mara se tornou conhecida em todo o País. Em O Clone (2001), o bordão de seu personagem, Dona Odete, caiu na boca dos telespectadores: "Cada mergulho é um flash".
Mara, em cena da novela Duas Caras, da Rede Globo. Foto: Divulgação
Ela participou de Caminho das Índias mesmo durante o ciclo da quimioterapia. Era Ashima, do núcleo indiano no Rio. O tratamento a obrigou a deixar as gravações por algumas semanas, mas a vontade de trabalhar falou mais alto.
Com quatro meses de tratamento, Mara estava tão confiante que se sentia curada. Até voltou a fazer ginástica: "Posso dizer que Deus me curou mesmo. Sou testemunha de um milagre. Ainda faço a quimioterapia a cada 21 dias, mas a medicina ortomolecular me deu uma levantada", chegou a declarar. O nascimento de sua terceira neta também a havia deixado animada.
No último texto que escreveu em seu blog na internet, no dia 5 de outubro, disse: "Estou novamente num momento muito feliz da minha vida. Graças a Deus, estou me sentindo cada dia melhor, cheia de vontade de trabalhar. Hoje eu li uma frase do querido Neguinho da Beija-Flor (que também teve câncer) que vale pra todos nós: ‘Só de a gente ter direito à vida é o suficiente pra viver sorrindo’. Hoje, eu posso dizer que valorizo muito mais a vida. Quero morrer bem velhinha, se possível ver meus netos grandes. Quem sabe ser uma bisa bem animada, sempre trabalhando e trazendo alegria no coração pros meus queridos fãs, que estiveram todo o tempo do meu lado, me dando força e me ajudando sempre a confiar."
Mara já tinha enfrentado um câncer no útero. Ela fumava desde a adolescência, mas creditava a doença não só ao cigarro, mas também à atividade circense – ela cuspia fogo e, para isso, precisava colocar querosene na boca.
Foi uma fase hippie em sua vida. Ela chegou a morar com os músicos dos Mutantes, num sítio na Serra da Cantareira, nos anos 70. Era uma espécie de comunidade alternativa. Mara trabalhou como animadora no carnaval do Ceará.
A atriz era paulistana e começou a carreira bem jovem, no Teatro Oficina. Na época, era estudante e ficou encantada ao assistir a uma peça do grupo. Passou a ajudar nos bastidores até estrear como atriz, em substituição a uma das integrantes do Oficina, que se machucara (Mara costumava lembrar que, naquela noite, fora tirada da bilheteria para o palco).
Já profissional, participou de mais de 30 montagens teatrais, quatro filmes e dez novelas da TV Globo. Piadista, tinha muitos amigos entre os colegas. Para eles, sua marca maior sempre foi a alegria contagiante.
Trânsito em SP pela Rádio SulAmérica
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