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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Após "advertência", policiais federais não descartam fazer greve por tempo indeterminado

CRISTINA MORENO DE CASTRO
SÍLVIA FREIRE
RENATA BAPTISTA
da Agência Folha

Policiais federais de 22 Estados e do Distrito Federal paralisaram suas atividades nesta quarta-feira acompanhados de policiais civis de seis Estados. Segundo a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), cerca de 10 mil policiais federais pararam no país (cerca de 80% do efetivo).

Apenas Goiás, Tocantins, Rio de Janeiro e Roraima não aderiram ao movimento, segundo levantamento feito pela Folha.

Policiais civis se uniram à manifestação em seis Estados --Acre, Alagoas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Sergipe. Na Bahia, os policiais já estão em greve desde segunda-feira (8).

Durante a paralisação da PF, apenas os serviços essenciais foram mantidos, como a custódia de presos, a fiscalização nos aeroportos e o plantão policial.

A emissão de passaporte foi suspensa, com exceção dos casos de emergência. Já os policiais civis dos Estados em que houve protestos só atenderam casos de flagrante.

A principal reivindicação das duas categorias é a não-aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 549/ 2006, que equipara o salário dos delegados ao dos membros do Ministério Público.

Os policiais federais pleiteiam também o fim da terceirização na emissão de passaportes e mudanças na proposta de lei orgânica apresentada pelo Ministério da Justiça.

"A gente quer que a lei orgânica seja a condutora da reestruturação da nossa carreira e da distribuição de poderes dentro da polícia, que hoje são todos concentrados nos delegados", diz Marcos Vinício Wink, presidente da Fenapef.

No Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, São Paulo, Acre, Amazonas e Pernambuco, a PF fez operações-padrão nos aeroportos, intensificando a fiscalização, mesmo de passageiros de vôos domésticos. Segundo Paulo Renato Paes, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul, houve fila de até três horas em Porto Alegre, mas ninguém perdeu o vôo.

Os policiais não descartam a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado depois de a "greve de advertência" conseguir unir as duas polícias. "Estamos amadurecendo a união entre as polícias. No ano que vem, poderemos montar um calendário", afirma Wink.

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