Ferramenta também promete identificar registro individual em meio a amostras sobrepostas.
Segredo está nos compostos químicos retidos nas pontas dos dedos.
Os criminosos do futuro vão ter que se preocupar bem mais com suas impressões digitais: uma nova tecnologia promete não apenas revelar a identidade de uma pessoa a partir do registro, mas também se ela consumiu drogas ou lidou com explosivos. E mais: será possível reconhecer uma digital individual em uma área com várias outras sobrepostas –- um enorme desafio para a ciência forense atual.
O segredo está na química. A equipe de R. Graham Cooks, da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, desenvolveu uma ferramenta capaz de ler a “assinatura química" da pessoa.
Em seu trabalho publicado na revista “Science” desta semana, Cooks explica que além das linhas que identificam uma pessoa, a impressão digital também reúne uma gama de compostos químicos, que vão desde coisas naturais da pele humana, como restos de superfícies tocadas.
E como esses compostos naturais são únicos em uma pessoa, é possível separar de quem são uma série de impressões sobrepostas. “Procurando compostos que sabemos que estão presentes em uma certa digital, podemos separá-la das demais e obter uma imagem clara como cristal. Ela então pode ser usada para reconhecimento de um indivíduo,” disse, em nota, o autor principal do estudo, Demian Ifa.
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