Presidente americano diz que tropas russas devem respeitar integridade territorial georgiana e deixar o país
Agências internacionais
Bush afirmou que a Rússia deve manter a sua palavra e agir para encerrar a crise com a Geórgia e que Washington enviará aviões e navios americanos ao país com suprimentos humanitários. Ele ressaltou que a soberania territorial da Geórgia deve ser respeitada e pediu para que as vias de comunicação permaneçam abertas, para o transporte da ajuda.
O presidente americano afirmou ainda que a visita de Rice pretende demonstrar o apoio de Washington ao governo de Tbilisi. "Os Estados Unidos estão com o governo da Geórgia eleito democraticamente". Bush disse também que o secretário da Defesa, Robert Gates, liderará os esforços americanos para fornecer ajuda humanitária e medicamentos para a Geórgia. Aviões dos EUA estão a caminho para entregar a ajuda e navios da Marinha vão partir em breve transportando suprimentos, disse.
Mais cedo, o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, afirmou à CNN que os EUA foram "brandos demais" com a Rússia quando Moscou começou a ofensiva militar na província separatista da Ossétia do Sul. "Francamente, algumas das primeiras declarações de Washington foram vistas pelos russos quase como um sinal verde para seguir com o conflito, porque eram brandas demais. Os russos não entendem esse tipo de linguagem suave".
A União Européia (UE) afirmou nesta quarta que está preparada para se comprometer "no terreno" a fim de conseguir uma solução "pacífica e estável para os conflitos na Geórgia", segundo uma minuta de conclusões da reunião de ministros de Exteriores do bloco realizada em Bruxelas. O ministro de Relações Exteriores francês, Bernard Kouchner, cujo país preside neste semestre a UE, disse ao final da reunião que os Estados-membros estão dispostos a enviar observadores à zona para garantir o respeito ao cessar-fogo.
"Muitos Estados-membros propuseram esse tipo de intervenção no terreno", disse Kouchner, que afirmou que não se trata de enviar forças militares nem de pacificação, mas de desempenhar tarefas de "vigilância, controle e mediação". Os ministros deram seu apoio ao acordo de paz que a Presidência francesa da UE pactuou ontem com as autoridades russas e georgianas, e felicitaram a Paris pelo sucesso das gestões.
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