JEAN-BA - REUTERS
TISTE VEY - Parlamentares franceses que se reuniram com o Dalai Lama na quarta-feira disseram que o líder espiritual budista teme que a China acelere a transferência de 1 milhão de membros da etnia majoritária han para o Tibete depois dos Jogos Olímpicos.
Não foi possível contatar assessores do Dalai Lama que confirmassem o teor da conversa, relatada à Reuters por quatro deputados pró-Tibete.
"Ele disse haver o risco de que, imediatamente depois dos Jogos, 1 milhão de chineses (da etnia han) se assentem no Tibete para diluir ainda mais a população tibetana", afirmou Jean-Louis Bianco.
Críticos dizem que a China tem uma política de miscigenação, da qual faria parte um acesso ferroviário inaugurado em 2006, com o objetivo de eliminar a peculiar cultura local. Pequim nega, dizendo que tenta conciliar o crescimento econômico com a preservação cultural, e alegando que há proporcionalmente poucos hans radicados no Tibete.
O Dalai Lama passa duas semanas na França, mas o encontro com os parlamentares na quarta-feira foi o único momento político da sua agenda.
"Ele nos deu informações muito preocupantes sobre a situação no Tibete, falando de prisões, tortura, execuções sumárias e reforço da presença militar chinesa por meio de novos quartéis", disse Bianco à Reuters.
Numa entrevista coletiva prévia, o Dalai Lama reiterou seu apoio à Olimpíada em Pequim, e disse que os líderes ocidentais fazem bem em nutrir boas relações com a China --uma alusão às críticas feitas ao presidente Nicolas Sarkozy, que supostamente evitou encontrá-lo para não magoar o regime comunista.
"Não devem isolar a China. Devem trazer a China para a comunidade mundial e criar uma amizade genuína", disse o Dalai Lama, que vive exilado na Índia desde 1959.
A China acusa seguidores do Dalai Lama de terem provocado distúrbios no Tibete e arredores para sabotar a Olimpíada, algo que o líder budista nega, inclusive desestimulando expressamente manifestações durante o evento.
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Não foi possível contatar assessores do Dalai Lama que confirmassem o teor da conversa, relatada à Reuters por quatro deputados pró-Tibete.
"Ele disse haver o risco de que, imediatamente depois dos Jogos, 1 milhão de chineses (da etnia han) se assentem no Tibete para diluir ainda mais a população tibetana", afirmou Jean-Louis Bianco.
Críticos dizem que a China tem uma política de miscigenação, da qual faria parte um acesso ferroviário inaugurado em 2006, com o objetivo de eliminar a peculiar cultura local. Pequim nega, dizendo que tenta conciliar o crescimento econômico com a preservação cultural, e alegando que há proporcionalmente poucos hans radicados no Tibete.
O Dalai Lama passa duas semanas na França, mas o encontro com os parlamentares na quarta-feira foi o único momento político da sua agenda.
"Ele nos deu informações muito preocupantes sobre a situação no Tibete, falando de prisões, tortura, execuções sumárias e reforço da presença militar chinesa por meio de novos quartéis", disse Bianco à Reuters.
Numa entrevista coletiva prévia, o Dalai Lama reiterou seu apoio à Olimpíada em Pequim, e disse que os líderes ocidentais fazem bem em nutrir boas relações com a China --uma alusão às críticas feitas ao presidente Nicolas Sarkozy, que supostamente evitou encontrá-lo para não magoar o regime comunista.
"Não devem isolar a China. Devem trazer a China para a comunidade mundial e criar uma amizade genuína", disse o Dalai Lama, que vive exilado na Índia desde 1959.
A China acusa seguidores do Dalai Lama de terem provocado distúrbios no Tibete e arredores para sabotar a Olimpíada, algo que o líder budista nega, inclusive desestimulando expressamente manifestações durante o evento.
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