Irã diz ter filmado e fotografado um porta-aviões americano no Golfo Pérsico

Teerã, 29 dez (EFE).- O Irã filmou e tirou fotos nesta quinta-feira de um porta-aviões americano que saía do Golfo Pérsico e entrava no mar de Omã, segundo informou a agência oficial de notícias iraniana, 'Irna'.
O porta-voz das manobras denominadas 'Velayat 90', o almirante Mahmoud Moussavi, disse que um avião de patrulha naval na região onde estão as forças iranianas identificou o porta-aviões, 'tirou fotos e filmou'.
'Este tema mostra que a Marinha conseguiu ter a região sob controle e observar com totalidade qualquer tipo de movimento e ação na área', afirmou o responsável.
Moussavi também explicou que as embarcações estrangeiras entraram no mar de Omã de acordo com as leis internacionais.
Na área onde as forças iranianas estão realizando manobras, as embarcações estrangeiras não entram, mas caso tenham acesso serão advertidas pela Marinha do Irã.
No dia 26 de dezembro, um helicóptero estrangeiro se aproximou do território onde são realizadas as manobras e após uma advertência da Marinha abandonou a área, disse Moussavi.
A Marinha iraniana começou no sábado suas manobras navais 'Velayat 90', que serão prolongadas até 3 de janeiro nas águas do sul do país entre o Estreito de Ormuz e o Oceano Índico.
Nestas manobras, vão empregar armamento de última geração, incluindo diferentes tipos de mísseis ligeiros e pesados, navios de guerra, submarinos de classes distintas, aviões não tripulados e armamento de defesa litorânea terra-mar.
O Irã se encontra no meio de uma polêmica por seu programa nuclear, que parte da comunidade internacional, com os Estados Unidos na frente, acredita que tem uma vertente militar destinada a fabricar bombas atômicas, algo que Teerã nega e afirma que é exclusivamente civil e tem objetivos pacíficos.
Neste contexto, personalidades dos EUA e Israel ameaçaram o Irã com ataques para evitar o desenvolvimento de seu programa nuclear, ao que Teerã contestou que daria uma resposta 'arrasadora'.
Além de eventuais ataques contra o território de Israel e as bases e navios dos EUA na região, o Irã disse que se sofrer uma agressão ou se sentir em perigo iminente, fecharia o Estreito de Ormuz, o que poderia gerar um desabastecimento de petróleo no mundo de consequências imprevisíveis. EFE

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