- 28 de dezembro de 2011 |
- 23h21 |
Categoria: Estradas
CAIO DO VALLEJOSÉ PATRÍCIO
Trechos sem sinal de celular e falta de telefones de emergência – ou com funcionamento precário – são comuns nas estradas que levam ao litoral paulista. O Jornal da Tarde percorreu 400 km de rodovias que levam às praias do Estado e constatou esses e outros problemas, como sinalização confusa e pedestres e ciclistas caminhando pelo acostamento.
A viagem foi feita pouco antes do período de festas, no dia 15. A reportagem constatou que a comunicação com equipes de emergência é difícil em diversos pontos. Além da ausência de sinal de celular – foram identificados pontos “cegos” nas rodovias dos Tamoios, Imigrantes, Anchieta, Rio-Santos e Carvalho Pinto –, faltavam cabines de telefone de SOS em um trecho de quase 30 km da Carvalho Pinto.
No sistema Anchieta-Imigrantes, a reportagem testou cinco desses telefones e, em nenhum, conseguiu falar com equipes da concessionária durante 5 minutos de espera. Em todos eles houve sinal de chamada, mas sem resposta.
“Vai que o carro quebra. Em um lugar sem sinal e telefone de emergência você está perdido”, afirma a contadora Ana Abreu, de 46 anos, que passa pela Imigrantes.
A Ecovias informou que esses equipamentos são monitorados diariamente e, assim que detectados os problemas, “são deslocadas equipes de reparo”. A concessionária também informou que o contato “emite imediatamente um sinal de alerta para a equipe do Centro de Controle de Operações” e que o contato de voz “pode não ocorrer de imediato”.
A Ecopistas, que administra a Ayrton Senna e a Carvalho Pinto, informou que até junho de 2012 “deve instalar cerca de 140 equipamentos” ao longo da rodovia”.
Em diversos trechos do litoral, o perigo são pedestres e ciclistas. Ao logo da SP-55, que muda de nome e de administrador, é comum encontrá-los circulando pelos acostamentos. A situação é pior na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, na altura de Mongaguá. “Apesar das novas grades de proteção e das passarelas, muita gente ainda prefere se arriscar atravessando a pista”, diz o ajudante geral Renato Oliveira, de 22 anos.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou que estão previstas mais cinco passarelas entre Mongaguá e Itanhaém. O edital para as obras deve ser publicado no mês que vem.
Já na Rodovia dos Tamoios, motoristas que usam a via devem redobrar a atenção, pois em determinados pontos a faixa de rolagem da direita é mais estreita. Nessa estrada e na Rio-Santos, há placas cobertas por árvores e mato, dificultando a visualização.
Ontem, a descida pela Imigrantes chegou a demorar cinco horas durante boa parte da manhã e da tarde. Por volta das 18h, a Ecovias registrava 16 km de lentidão na rodovia. A previsão é de mais congestionamento hoje e amanhã. Na Tamoios, as filas chegaram a 21 km no sentido litoral por volta das 15h. Também houve lentidão na Rio-Santos, na Mogi-Bertioga e na Oswaldo Cruz.
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