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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

#ArenaCorinthians2014 PF pode pedir quebra de sigilo de Orlando Silva, afirma ministro


'PF tomará todas as medidas para o esclarecimento do caso', disse Cardozo.
Segundo ele, não há definição sobre se a polícia abrirá novo inquérito.

Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nesta quinta-feira (25), durante sessão no Senado (Foto: Wilson Dias/ABr)O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
(Foto: Wilson Dias/ABr)
O ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta-feira (20) que, se julgar necessário, a Polícia Federal pedirá a quebra dos sigilos bancário e telefônico do ministro do Esporte, Orlando Silva, alvo de denúncias de que estaria envolvido em um esquema de desvio de recursos do ministério. "A Polícia Federal tomará todas as medidas necessárias para o esclarecimento do fato. Se, na análise da situação, for necessária medida dessa natureza, será providenciado o pedido ao Poder Judiciário", afirmou.
Segundo o ministro, serão "investigadas a fundo" as denúncias contra Orlando Silva feitas pelo policial militar João Dias Ferreira. "A Polícia Federal age com o rigor da lei, cumprirá o seu papel e pode ter certeza que a investigação será feita a fundo", disse.


    Novo inquérito
    Cardozo afirmou também que a PF ainda vai definir se abre um novo inquérito para apurar as denúncias contra Silva ou se inclui as informações no inquérito já existente que investiga suspostos desvios no programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. O inquérito em curso tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por causa do suposto envolvimento no esquema do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que tem foro privilegiado.
    "A Polícia Federal coletou as informações em relação a esse denunciante [João Dias] e vai analisar a melhor forma de proceder essa investifgação, seja no inquérito em curso, seja abrindo novo inquérito. A PF é quem dirá o melhor caminho", disse o ministro.
    Denúncias
    Em entrevista à revista "Veja", João Dias disse que o ministro Orlando Silva teria recebido um pacote com notas de R$ 50 e R$ 100 na garagem do ministério.
    O policial foi preso no ano passado na Operação Shaolin, deflagrada pela Polícia Civil do DF para investigar fraudes no programa Segundo Tempo, destinado a promover o esporte em comunidades carentes. As ONGs de João Dias, relacionadas ao kung-fu, são suspeitas de desviar R$ 2 milhões de convênios assinados em 2006 com o Ministério do Esporte.
    Defesa
    Em audiência no Senado nesta quarta, Orlando Silva reiterou que "não houve, não há e não haverá provas" de seu suposto envolvimento. "Desafio que sejam apresentadas provas", disse. Afirmou ainda que a denúncias sobre recebimento de propina é uma tentativa de tirá-lo à força do ministério. "O que se pretende é tirar um ministro de Estado, do governo, no grito", declarou.
    Orlando negou a existência do esquema e disse que, nos casos em que foram detectados irregularidades, o ministério solicitou a devolução da verba. Ele afirmou ainda que o programa Segundo Tempo possui regras, critérios técnicos, acompanhamento e fiscalização de contas.

    20/10/2011 13h09 - Atualizado em 20/10/2011 13h20

    Policial que acusou Orlando Silva dispensou proteção, diz PF

    Ministro da Justiça também afirmou que PM não quis auxílio da polícia.
    João Dias havia dito, após depoimento nesta quarta, que pediu proteção.

    Nathalia Passarinho * Do G1, em Brasília
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    O policial militar João Dias, que denunciou suposto esquema de fraude no Ministério do Esporte (Foto: Reprodução / TV Globo)O policial militar João Dias, que denunciou suposto
    esquema de fraude no Ministério do Esporte, após
    depoimento na noite de quarta (19) (Foto:
    Reprodução / TV Globo)
    A Polícia Federal informou nesta quinta-feira (20) que o policial militar João Dias Ferreira dispensou, durante depoimento na noite de quarta (19), oferta de proteção policial. "Ele não pediu e inclusive dispensou proteção policial", afirmou a assessoria da PF. A informação contradiz declarações feitas por Dias ao deixar a superintendência da corporação após prestar depoimento por mais de sete horas.
    Autor das denúncias de que o ministro do Esporte, Orlando Silva, estaria envolvido em um esquema de desvio de recursos do ministério, Dias disse que o Ministério da Justiça havia concedido a ele proteção policial.
    O ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, também negou que o PM tenha solicitado apoio da PF. “A informação que eu tive é que ele não pediu a proteção policial, que ele dispensou a proteção policial. Se a pessoa dispensa proteção é porque não se sente ameaçado.”
    De acordo com o ministro, se Dias pedir auxílio, ele poderá ser incluído no programa de proteção à testemunha. “A partir do momento que o interessado pedir a proteção, podemos incluí-lo no programa de proteção à testemunha ou deferir outro tipo de proteção”, disse.
    Nesta quinta, João Dias pediu para ser recebido pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, mas não há confirmação do encontro. O G1 tenta contato com a defesa do policial João Dias.
    'Não há crise'O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, disse que as denúncias sobre o suposto envolvimento do ministro Orlando Silva em suposto desvio de verbas não causaram uma crise no governo. “Não teve nenhuma crise, não vamos confundir demissão de ministro com crise no governo”, afirmou.

    Segundo ele, não há crise pois o governo não perdeu votações importantes no Congresso e a presidente Dilma Rousseff está bem avaliada. Vaccarezza disse ainda que as denúncias envolvendo Orlando Silva não vão prejudicar a organização da Copa do Mundo.
    Denúncias
    João Dias Ferreira é o pivô das denúncias contra Orlando Silva, publicadas em reportagem da revista "Veja" do último fim de semana. Em entrevista, ele disse que o ministro teria recebido um pacote com notas de R$ 50 e R$ 100 na garagem do ministério.
    O policial foi preso no ano passado na Operação Shaolin, deflagrada pela Polícia Civil do DF para investigar fraudes no programa Segundo Tempo, destinado a promover o esporte em comunidades carentes. As ONGs de João Dias, relacionadas ao kung-fu, são suspeitas de desviar R$ 2 milhões de convênios assinados em 2006 com o Ministério do Esporte.
    * Colaborou Débora Santos


    O que os oposicionistas entendem por mentira e verdade?

    (*) Ucho Haddad –
    Tido como país emergente, o Brasil é uma nação cujo cotidiano político é de fazer inveja ao chamado Terceiro Mundo. Afinal, ações republicanas, não importam se da situação ou da oposição, são mercadoria em absoluta extinção. Quando liderava as fileiras da oposição, o Partido dos Trabalhadores fazia exatamente o que seus atuais adversários têm feito de maneira infantil e irresponsável. Pegam carona na primeira nesga de escândalo que aparece no cenário político, como se esse tipo de situação pudesse solucionar as recorrentes mazelas de um país com dimensões continentais.
    A diferença entre um período e outro está na capacidade de mobilização da esquerda verde-loura, que por ocasião do diminuto escândalo envolvendo o então presidente Fernando Collor de Mello, por exemplo, mobilizou o País e colocou nas ruas os agora silenciosos “caras-pintadas”.
    Como sempre digo e escrevo, mas não canso de repetir, exigir coerência no mundo político é a mais árdua e insana tarefa que um incauto bem intencionado pode enfrentar ao longo da vida. Entre o candidato que abocanha votos nas urnas e o político no exercício do mandato há uma extensa e abissal diferença. Até porque, política é um negócio rico e próspero, conforme provam os custos das campanhas eleitorais.
    Como se fosse pouco o diuturno vilipêndio à cidadania, os políticos simplesmente ignoram a capacidade de raciocínio da massa pensante do País. De costas para aqueles que os elegeram, os políticos flanam na tese boquirrota que garante que a pedra que estilhaça a vidraça do vizinho não serve para quebrar a própria janela. Em outras palavras, vale o dito popular do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
    Em 2005, quando eclodiu o escândalo que ficou nacionalmente conhecido como “Mensalão do PT”, algo que os petistas até hoje negam de pés juntos, os partidos de oposição tiveram nas mãos a oportunidade de interromper o período que passaria para a História como o mais corrupto de todos os tempos no universo político brasileiro. À época, José Eduardo Cavalcanti de Mendonça, também conhecido por Duda Mendonça, o marqueteiro palaciano que levou o PT ao poder central, disse a quem quisesse ouvir que recebera em conta bancária no exterior parte dos honorários da campanha de Luiz Inácio da Silva, engodo que foi vendido à opinião pública como salvador da pátria.
    Caminhando com chinelos rasteiros e mambembes, mas com a eterna sensação que o salto alto da soberba proporciona, a oposição preferiu descartar a chance derradeira de salvar o País, colocando em cena a teoria ficcionista da governabilidade. Apostaram no sangramento político de Lula da Silva, ao mesmo tempo em que esqueceram que Fernando Henrique Cardoso se reelegeu por ter a máquina federal ao seu dispor. E Lula, que de inventivo nada tem, copiou a estratégia do antecessor e também bisou no Palácio do Planalto.
    De lá para cá, muitos foram os escândalos que emolduraram a passagem do PT pelo Planalto Central, sem que a oposição, que ora jaz por conta de sua visão míope, tivesse feito algo positivo para mudar o status quo. Como qualquer ditadura moderna, que troca a truculência física pelo compartilhamento criminoso, o Brasil é hoje uma capitania hereditária comandada por ladrões que gozam de impunidade enquanto dispensam apoio genuflexo e obediente aos donos do poder.
    O mais novo escândalo de corrupção do governo de Dilma Rousseff, que envolve o comunista Orlando Silva Jr., ministro do Esporte, transformou-se, como era de se esperar, na tábua de salvação dos agonizantes adversários do Palácio do Planalto. Reunida oficiosamente com o delator do esquema de desvio de recursos do “Programa Segundo Tempo”, a oposição transformou o policial João Dias Ferreira em uma espécie de “pop star” de ocasião. Em discursos manchados pela tinta do papel carbono, muitos oposicionistas repetem a mesma teoria. É antidemocrático desqualificar um denunciante, nesse caso o policial militar do Distrito Federal.
    Mesmo diante das denúncias ainda não comprovadas de João Dias Ferreira, que parece querer chamar para si holofotes e microfones, concordo, com ressalvas, que é temeroso desqualificar uma testemunha que se apresenta como mosqueteiro tupiniquim. À oposição não importa o fato de João Dias Ferreira ter concordado em pagar propina em valor menor do que o cobrado, nem mesmo a mansão milionária que o policial tem nos arredores de Brasília, tampouco os carros de luxo que o delator esconde na garagem do seu doce lar. O que importa aos oposicionistas é que João Dias Ferreira pode ser uma espécie de Dartagnan moderno contra o projeto totalitarista que emana das coxias palacianas.
    Pois bem, Dias Ferreira denunciou aos bolhões e continua prometendo um golpe fatal para os próximos dias, mas até agora não trouxe a lume as provas que alega ter. E deve tê-las, mesmo, pois ninguém seria insano ao ponto de fazer tais denúncias sem as devidas e necessárias provas. No caso do policial-delator prevalece a máxima chula do Direito brasileiro, uma espécie de axioma da Botocúndia, que garante que em caso de acusação as provas cabem ao acusado, não ao acusador.
    Esse comportamento anti-republicano da oposição não causa espécie, pois em tempos de guerra qualquer buraco é uma trincheira. Contundo, é preciso que a oposição se esforce ao máximo para manter, se não a coerência, a isonomia no tratamento das denúncias que pululam pelo Brasil afora. Em São Paulo, terra dos bravos bandeirantes, onde os adversários do Palácio do Planalto são a situação, quem denuncia sem provas é tratado como foragido de hospício.
    Deputado estadual pelo PTB, Roque Barbiere jura, com todas as letras e a ajuda de todos os santos, que muitos parlamentares comercializam emendas ao orçamento estadual. Engana-se quem pensa que Barbiere inventou a roda ou descobriu a pólvora. A venda de emendas parlamentares é prática comum no mundo político. Se não acontece de forma pontual, certamente acontece na entrada ou na saída. E para que não pairem dúvidas sobre o tema vou às explicações. O financiador da campanha de um determinado político pode ter sua compensação em uma emenda futura. O que configura mercantilismo antecipado, pois alguém investe antes para auferir lucros posteriormente.
    Em outro vértice do truque, a emenda pode ser negociada horas antes de ser apresentada. Trata-se de crime pontual, feito às pressas e sobre um balcão sempre enodoado pela lama da corrupção. Em ponta distinta, não afoita, a emenda pode se transformar em uma espécie de cornucópia retardada. Se aprovada, a emenda sofre modificações na sua efetivação. Na execução de uma obra prevista em determinada emenda, a qualidade do serviço é escandalosamente minimizada para atender aos interesses financeiros dos bandidos envolvidos na fraude. Temos, então, uma tramóia postergada.
    Crimes políticos à parte, a mim não cabe outra incumbência que não a de perguntar à oposição se o que é verdade em Brasília passa por mentira em São Paulo. E aproveito a oportunidade para questionar esses oráculos do Criador por qual razão o policial-delator João Dias Ferreira é tratado como são, enquanto o deputado Roque Barbiere é considerado louco.
    Sempre lembrando que cá não estou a defender um ou outro, mas, sim, para, mantendo a coerência, cobrar isonomia em ambos os casos. Até porque, chumbo trocado não dói.


    Em jogo de cartas marcadas, FIFA confirma a abertura da Copa de 2014 para a cidade de São Paulo

    Era esperado– Secretário-executivo da FIFA, Jérôme Valcke acaba de anunciar as cidades brasileiras que sediarão o jogo de abertura e a final da Copa do Mundo de 2014. Ao lado de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, Valcke informou que o jogo de abertura será na cidade de São Paulo, confirmando as expectativas, mas contrariando a lógica. A final da Copa será mesmo no Rio de Janeiro, como anunciado anteriormente, no Estádio Mário Filho, o popular Maracanã.
    O executivo da FIFA revelou também que as semifinais serão disputadas em São Paulo e em Belo Horizonte, enquanto a disputa pelo terceiro lugar acontecerá em Brasília, cidade que reúne totais condições para sediar a abertura da competição, mas que por questões políticas perdeu a disputa para a capital paulista.
    Perguntado por qual razão as cidades São Paulo e Rio de Janeiro foram escolhidas para receber, respectivamente, os jogos de abertura e encerramento da Copa, Ricardo Teixeira destacou o potencial econômico de ambas e questões logísticas e de transportes de ambas as metrópoles. Quem bem conhece o Rio e São Paulo sabe que as palavras do presidente da CBF se esvaem como éter no ar, pois as capitais paulista e fluminense são reféns de um trânsito caótico e pecam pela falta de transporte público minimamente eficiente.










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