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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Kassab e Alckmin ; Fila para exame demora até 2 anos na rede de saúde paulistana


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DE SÃO PAULO

Hoje na Folha Uma auditoria do TCM (Tribunal de Contas do Município) apontou que há pacientes que esperaram até dois anos para conseguir marcar exames de imagem, como ultrassonografias, mamografias ou ressonâncias magnéticas rede municipal de São Paulo.

A informação é da reportagem de Talita Bedinelli publicada hoje na Folha. A reportagem completa está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.

De acordo com o texto, a auditoria foi usada pelo órgão para compor o relatório anual de fiscalização das contas da prefeitura, que apontou que a administração Gilberto Kassab (PSD) é mal gerenciada, conforme mostrou a Folha no dia 14.

Um dos problemas, diz o TCM, é o sistema que organiza consultas e exames, que permite, por exemplo, que um mesmo paciente tenha seu agendamento realizado duas vezes. Outro problema foi a falta de médicos especialistas --de 35 unidades de saúde visitadas, 39% tinham escalas médicas incompletas.


Apu Gomes/Folhapress
Fila para exames de imagem no hospital do Campo Limpo, zona sul; espera por agendamento leva até 2 anos
Fila para exames de imagem no hospital do Campo Limpo, zona sul; espera por agendamento leva até 2 anos

OUTRO LADO

Para a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, o problema da não realização de exames e da longa fila de espera acontece pelo grande número de faltas de pacientes aos exames marcados.

De acordo com o órgão, a zona sul, onde só 58% das mamografias programadas foram realizadas no último ano, é a região da cidade com o maior índice de absenteísmo (não aparecimento nas consultas), segundo o órgão.

O próprio TCM confirma que a taxa de não comparecimento é grande: cerca de 20%. Mas diz que isso acontece porque o próprio sistema de marcação de consultas da prefeitura permite que um mesmo paciente marque duas vezes o mesmo exame.

A secretaria disse que vem desenvolvendo ferramentas de informática para tornar mais ágil o processo de marcação de consultas e exames.

O problema da falta de médicos, diz a secretaria, é nacional. Mas houve aumento de 58% no número dos profissionais entre 2004 e 2010.



Kassab assina isenção fiscal para Itaquerão, e Andres chora

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THIAGO BRAGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O prefeito Gilberto Kassab assinou nesta quarta-feira a lei que pode conceder incentivos fiscais de até R$ 420 milhões para o Corinthians construir o seu novo estádio na zona leste de São Paulo, orçado em R$ 820 milhões. No momento em que recebeu o documento oficialmente sancionado, o presidente do clube paulista, Andres Sanchez, chorou.

Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
O presidente do Corinthians, Andres Sanchez, se emociona em cerimônia
O presidente do Corinthians, Andres Sanchez, na cerimônia

Como já havia declarado, Kassab vetou o artigo proposto pela Câmara Municipal de só liberar o benefício mediante a confirmação da abertura da Copa do Mundo de 2014 na capital paulista. Brasília, Belo Horizonte e Salvador também concorrem.

"Foi vetado porque seria impossível para o empreendedor e para o desenvolvimento da zona leste contar com uma obra dessa importância se esse artigo fosse mantido", justificou Kassab.

O prefeito de São Paulo também falou sobre a entrada de recursos na zona leste. "As isenções justificam o investimento na região, independentemente do jogo inaugural. Mas, com a abertura, a receita gerada será de R$ 1,5 bilhão porque serão semanas com a presença de turistas, imprensa, Congresso da Fifa. Sem ela, a receita ficará entre R$ 700 e 800 milhões", declarou o prefeito.


Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
Obras nesta quarta-feira no terreno em Itaquera; clique na foto e veja galeria de julho
Obras nesta quarta-feira no terreno em Itaquera; clique na foto e veja galeria de julho

Porém, quando questionado sobre quanto desse montante seria revertido especificamente para a zona leste, Kassab disse que "o orçamento não é da zona leste. É da cidade de São Paulo."

Para exemplificar, ele citou a F-1 no autódromo de Interlagos. "Todo ano, são investidos R$ 30 milhões para o evento, mas o lucro é de R$ 100 milhões."

O governador do Estado, Geraldo Alckmin ratificou a fala de Kassab e garantiu que as obras de infraestruturas estarão prontas a tempo do Mundial.

"Todas as obras do governo do Estado são do sistema viário. São R$ 470 milhões que serão investidos. As principais obras são na Radial Leste, melhorando a acessibilidade, o acesso à na avenida Jacu-Pêssego e viadutos e passarelas sobre estradas de ferro. Além de obras na Linha 11-Coral (Luz-Guaianazes), da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e na linha 3-vermelha, do Metrô. Esse vai ser um legado importante para a zona leste, que tem uma população de quase 4 milhões de pessoas", concluiu o governador.


Rivaldo Gomes - 16.jul.2011/Folhapress
Obras no terreno do futuro estádio corintiano; clique na imagem e veja outras fotos
Obras no terreno do futuro estádio corintiano; clique na imagem e veja outras fotos

Um dos principais entraves para a realização da obra, a retirada dos dutos da Petrobras que passam debaixo do terreno, levou Andres à irritação. Ele garantiu que já está incluído no preço total de R$ 820 milhões da arena a retirada dos dutos. Técnicos da construtora Odebrecht, porém, alegam que isso ainda não entrou na conta.

"É um terreno que está concedido ao Corinthians. É um terreno público. Quando passa um duto embaixo, tem que pagar. Na [avenida] Paulista também passa. [A questão é] aqui é o único estádio do país que tem dinheiro privado. O Corinthians arca com os R$ 400 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que qualquer cidadão pode pegar empréstimo no BNDES", disparou.

Ao falar do contrato entre clube e construtora, ele foi irônico.

"Vocês estão preocupados com contrato. Está tudo adiantado. O contrato são detalhes jurídicos que vai [sic] se resolver nos próximos dias. [Não falo data] porque se eu falar uma data e errar um dia, vocês [jornalistas] falam que eu sou mentiroso.

Também presente, o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., afirmou que enviou nesta terça-feira (19) um documento para o presidente do COL (Comitê Organizador Local do Mundial), Ricardo Teixeira, decidir o palco da abertura da maneira mais rápida possível, antes de outubro (novo prazo), para não atrapalhar o planejamento do país.

"O estádio de São Paulo é um assunto resolvido. Vamos virar a página. Vamos olhar para frente, para a execução das obras. Torcer para que elas andem o mais rápido possível", acrescentou.


Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress

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