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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ex-comandante do Dnit, Pagot constrói casa de R$ 2,5 mi no MT


Ex-comandante do Dnit, órgão que está no epicentro da crise nos Ministério dos Transportes, ergue imóvel de três andares em Cuiabá

20 de julho de 2011 | 23h 00

Fausto Macedo, de O Estado de S.Paulo

A multiplicação de escândalos que envolvem sua gestão no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não inibem planos pessoais de Luiz Antonio Pagot para um futuro muito confortável. Em Cuiabá (MT), onde reside, ele constrói uma mansão de três andares.

Andre Dusek/AE
Andre Dusek/AE
Pagot com documentos que teria tirado do Dnit

São 614 metros quadrados de área distribuídos em três pavimentos, com três suítes, salas de estar e de jantar e áreas de lazer, afora espaçoso jardim.

O valor do casarão, depois de pronto, criou polêmica na cidade. Pelas contas do próprio Pagot, o imóvel vai valer R$ 700 mil. Corretores imobiliários, no entanto, estimam em R$ 2,5 milhões, aproximadamente, o preço da moradia, porque localizada em um bairro que deverá receber amplos investimentos e projetos de melhorias para breve.

A região, atualmente, é cercada de ruas de chão batido. Mas, em poucos anos, a prefeitura deverá abrir uma avenida por ali, prolongamento da Avenida das Torres. Uma universidade planeja instalar seu prédio nas cercanias do retiro de Pagot.

O endereço do novo lar do diretor do Dnit é na Rua 13, Quadra 18, lotes 9 e 10 do Parque Residencial Dom Bosco. O imóvel ocupa dois terrenos que ele afirma ter adquirido em 2003 ao preço de R$ 3,5 mil cada um.

A celeuma sobre a mansão de Pagot ganhou força depois que o site MidiaNews e o site do jornalista Marcos Antonio Moreira, o Villa, divulgaram detalhes do empreendimento.

O pavimento superior deverá ter 267 metros quadrados. Os inferiores terão, respectivamente, 186 e 158 metros quadrados. O MidiaNews destaca que o jardim da residência, segundo o projeto arquitetônico assinado por Nancy Rabello de Mello, terá 340 metros quadrados de extensão.

A Prefeitura de Cuiabá liberou em junho de 2010 o alvará de construção, número 5511.

Declarados. "Os dois terrenos bem como os gastos relativos às despesas da construção estão declarados no imposto de renda de dr. Pagot", informou João Gabriel Pagot, sobrinho e advogado do chefe do Dnit. "Em nenhum momento ele (Pagot) escondeu a construção das autoridades. Não há nada oculto."

João Gabriel rechaça suspeitas de que Pagot teria obtido informações confidenciais sobre projetos da prefeitura que poderão valorizar o bairro. "Dr. Pagot adquiriu os dois terrenos em 30 de dezembro de 2003, portanto muito antes de antes de assumir a direção do Dnit. A versão de que ele se valeu de dados privilegiados não corresponde. Como ele ia ter uma bola de cristal para saber que vai passar avenida?"

O advogado argumenta que "o valor do imóvel é calculado pelo metro quadrado". "Em 2009, quando iniciou a obra, o metro quadrado era mais barato. O saco de cimento era mais barato, a mão de obra também. Hoje o metro pode estar em R$ 1.500, não sei. Se vai ter melhorias no bairro ele (Pagot) não tem culpa."

Ele afastou a informação de que a obra estaria sendo tocada por empreiteira já contratada pelo Dnit. "A construção está sob responsabilidade de uma equipe, uma empresa."

Na quarta-feira, 20, por volta de 16 horas, Pagot chegou ao Hotel Meliá Tryp Convention, em Brasília. Do carro que ocupava retirou caixas de papelão e arquivos supostamente de seu gabinete no Dnit.



Sobre a mansão, o próprio Pagot, em nota, sustenta que "o terreno localiza-se em um bairro afastado dos grandes investimentos urbanos, em uma rua íngreme, sem asfalto, sem meio-fio, bem como sem iluminação pública". "Desde 14 de abril de 2009, de forma lenta e gradual, após contratação de empresa de arquitetura e projetos, constrói um imóvel residencial de 614 metros quadrados, tendo 340 metros quadrados de área permeável, respeitando os ditames da legislação municipal", diz o texto. "Jamais um imóvel deste porte, na periferia de Cuiabá, poderia custar R$ 2,5 milhões."

Ele informa que até agora gastou R$ 222 mil com o projeto e a empreitada da obra. "Já os gastos com materiais de construção atingem a monta de R$ 250 mil. Todos os gastos estão formalizados por instrumentos contratuais e recibos de pagamentos."


Funcionários do Dnit no RS vão expor sucateamento do órgão

Terceirização de serviços na autarquia foi criticada durante assembleia por facilitar indicação de[br]apadrinhados políticos

21 de julho de 2011 | 0h 00

Elder Ogliari / PORTO ALEGRE - O Estado de S.Paulo

Funcionários do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Rio Grande do Sul decidiram, durante assembleia realizada ontem, promover uma série de manifestações públicas para expor o sucateamento e as terceirizações da autarquia.

"Uma comissão de mobilização vai definir iniciativas como exposição de faixas e atos públicos nos próximos dias", relata Luís Ribeiro, representante do Sindicato dos Servidores Federais entre os servidores do Dnit gaúcho. "Também podemos discutir a possibilidade de uma greve nacional no dia 1.º de agosto", completa, destacando que o problema não é específico do Estado, mas nacional.

Segundo avaliação dos servidores, a terceirização facilita o apadrinhamento político e deveria ser substituída pelos concursos públicos. Ribeiro lembra que, quando criado, em 2002, o Dnit previa ter 4,8 mil servidores concursados. Hoje o número fica próximo de 2,7 mil.

No Rio Grande do Sul a autarquia tem 130 servidores para a superintendência e oito unidades locais. Ribeiro diz que há regiões com apenas dois funcionários para controlar quatro balanças que controlam o peso de caminhões. "Em casos assim, a terceirização não resolve, porque somente agentes de trânsito concursados podem aplicar multas por excesso de peso", destaca, apontando uma das causas de deterioração das rodovias.


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