#PT #LULA Conheça quem são os 10 intocáveis do governo federal desde 2003

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Entra presidente, sai presidente, mudam os ministros e eles continuam no mesmo cargo. Na estrutura do Executivo, há nomes que sobreviveram às reformas do primeiro e segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva e ainda figuram na lista de comandantes de pastas e autarquias do governo da presidente Dilma Rousseff. Na Esplanada dos Ministérios, há pelo menos 10 sobreviventes do primeiro e segundo escalão que acompanharam Lula na primeira gestão e permanecem firmes e fortes no mesmo cargo. Alguns deles se tornaram intocáveis por conseguir aliar perfil técnico à blindagem política necessária aos postos.

Na Esplanada montada por Dilma, 15 ministros e funcionários com status de ministro foram herdados do governo Lula. Mas alguns, além de atravessarem as duas gestões do petista, também conservaram o mesmo cargo na montagem ministerial da presidente. Fernando Haddad foi nomeado ministro da Educação em 2005, encerrou o primeiro mandato de Lula na mesma função, conservou o cargo nos quatro anos seguintes e foi mantido no posto pela nova presidente. Apesar da repercussão negativa da sucessão de erros da pasta na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Haddad integra a lista de intocáveis da herança do ex-presidente Lula, como homem de sua confiança.

Um dos mais firmes da lista é Guido Mantega, titular do Ministério da Fazenda desde 2006. O economista iniciou a gestão Lula como ministro do Planejamento, mas ainda no primeiro mandato do petista foi para a Fazenda e de lá não mais saiu. Nome forte na estrutura do governo, é considerado uma referência de estabilidade para manter a imagem do país junto a investidores estrangeiros.

Outro que já adquiriu usucapião da pasta é o ministro do Esporte, Orlando Silva. À frente da instituição desde 2006, após a saída de Agnelo Queiroz – atual governador do Distrito Federal –, o ministro entrou na cota do PCdoB e já enfrentou crises que atingiram diretamente seu nome, como o escândalo do cartão corporativo, mas permaneceu no cargo.

Na Petrobras, os petistas Sérgio Gabrielli e Guilherme Estrella são também considerados intocáveis na estrutura da estatal. Gabrielli iniciou o governo Lula como diretor de Relações com Investidores na empresa de petróleo e ainda no primeiro mandato já presidia a Petrobras. O petista histórico Guilherme Estrella está no comando da diretoria de Exploração e Produção desde o início do governo Lula.

O presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, é um exemplo da longevidade que a gestão técnica e a bênção de fortes aliados dos presidentes pode proporcionar. Ele assumiu o banco em fevereiro de 2003 e teve o aval de sua permanência à frente da instituição este ano, depois de indicação dos irmãos Cid e Ciro Gomes — governador do Ceará e ex-ministro da Integração Nacional, respectivamente.

Autarquia federal pertencente à estrutura do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já teve três ministros desde que Lula recebeu pela primeira vez a faixa presidencial. O Incra, no entanto, continua com o mesmo presidente, Rolf Hackbart, há mais de oito anos. Entre os sobreviventes de 2003 também está Eduardo Pereira Nunes, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nunes é funcionário de carreira do IBGE desde 1980.


Os intocáveis

Confira quem entrou no primeiro mandato do ex-presidente Lula e permanece no mesmo cargo na gestão de Dilma Rousseff

Guido Mantega
Entrou no governo em 2003, mas é ministro da Fazenda desde 2006

Fernando Haddad
Nomeado ministro da Educação em 2005

Orlando Silva
Assumiu o Ministério do Esporte em 2006

Sérgio Gabrielli
Assumiu a presidência da Petrobras em 2005

Jorge Hage
Comanda a CGU desde 2006

Maria Fernanda Ramos Coelho
Está à frente da CEF desde 2006

Rolf Hackbart
Foi nomeado para o Incra em 2003

Guilherme Estrella
Diretor da Petrobras desde 2003

Eduardo Pereira Nunes
Preside o IBGE desde 2003

Roberto Smith
Preside o Banco do Nordeste desde 2003

Do Estado de Minas

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