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quinta-feira, 10 de março de 2011

''Forbes'' Lista ganhou 12 novos nomes, entre eles o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual

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Brasil tem 30 bilionários no ranking da ''Forbes''


10 de março de 2011 | 0h 00
Naiana Oscar - O Estado de S.Paulo

O mundo e o Brasil nunca tiveram tantos bilionários. O ranking da revista "Forbes" foi divulgado ontem com o número recorde de 1.210 nomes - 273 a mais que no ano passado. A lista de brasileiros saltou de 18 para 30, com recém-chegados como o banqueiro André Esteves, do BTG Pacutal, o dono da Amil, Edson de Godoy Bueno, e as famílias Villela e Moreira Salles, do Itaú Unibanco.

Somadas, as fortunas dos brasileiros mais ricos chegam a US$ 131,3 bilhões, ou R$ 216 bilhões - é mais que o PIB de toda a região Norte (R$ 154 bilhões) ou quase o da região Nordeste (R$ 279 bilhões). O maior bilionário do País continua sendo Eike Batista, com um patrimônio de US$ 30 bilhões - US$ 3 bilhões a mais do que tinha no último ranking.

Embora tenha aumentado sua fortuna, Eike se manteve na oitava posição da lista. Os três homens mais ricos do mundo também seguem os mesmos: o mexicano Carlos Slim, com uma fortuna de US$ 74 bilhões, e os americanos Bill Gates e Warren Buffett, com patrimônios de US$ 56 e US$ 50 bilhões.

Os países que compõem o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) foram os destaques dessa última edição do levantamento feito pela revista Forbes: mais da metade dos novos bilionários veio desse grupo. A China praticamente dobrou o número de super ricos, para 115. A Rússia tem hoje 101 bilionários, enquanto a Índia tem 55. O presidente executivo da revista, Steve Forbes, disse que a "moeda forte" e a maior "transparência" na divulgação dos dados ajudam a explicar o salto do Brasil no ranking dos bilionários.

Além dos Brics, o Facebook foi outro fenômeno do ranking deste ano. O CEO Mark Zuckerberg aumentou sua fortuna em 238% para US $ 13,5 bilhões no ano passado. A empresa também colocou outros seis bilionários na lista, entre eles o cofundador da rede social Eduardo Saverin. Ele é brasileiro, mas como naturalizou-se americano não foi contabilizado entre os 30 bilionários do País. Do Facebook veio também o nome mais jovem do ranking, Dustin Moskovitz, de 26 anos. Ele é oito dias mais novo que seu ex-colega de faculdade Zuckerberg.

País perde R$ 7,4 bi por ano com água

Faltam investimentos em manutenção, fiscalização e atualização de redes de abastecimento para impedir vazamentos, ‘gatos’ e erros de medição

07 de março de 2011 | 18h 54
Edna Simão, de O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - País perde cerca de R$ 7,4 bilhões por ano por falta de investimentos em manutenção, fiscalização e atualização de redes antigas de abastecimento de água para impedir vazamentos, ligações clandestinas – conhecidas como "gatos" – e erros de medição. Esse cálculo foi feito pelo consultor especialista em uso eficiente da água e energia, Airton Gomes, com exclusividade para o ‘Estado’.

Para chegar a esse valor, foram utilizados dados de 4.561 municípios constantes no documento mais recente – 2008 – do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e considera a produção das cidades, tempo médio de abastecimento diário de 20 horas por dia, consumo autorizado não faturado, estimativa de perdas reais (vazamentos) e aparentes (fraudes nos hidrômetros e ramais clandestinos).

Segundo cálculos do especialista, do total de R$ 7,4 bilhões, R$ 4,4 bilhões são recuperáveis com medidas de gestão e investimentos. Ele classifica o número como"avassalador" porque o País necessita de investimentos de cerca de R$ 10 bilhões ao ano para garantir a universalização dos serviços de água e esgoto até 2015. "As empresas brasileiras estão perdendo dinheiro", ressaltou, acrescentando que há um limite para recuperação das perdas. Há um momento em que o custo para redução da perda é maior do que o resultado.

Obras novas

O cenário é reflexo da cultura brasileira de investir na construção de obras novas, o que foi estimulado na primeira etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e ignorar os sistemas já em funcionamento. Uma inauguração traz mais retorno político e pode ter um custo menor do que direcionar recursos para programas de ganhos de eficiência em sistemas antigos. Além disso, existem situações em que o nível de endividamento das empresas é tão alto que viabiliza a tomada de empréstimos e, consequentemente, investimentos.

Empresas como Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) e Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) têm o chamado Índice de Perdas de Faturamento (que considera tudo o que foi disponibilizado para distribuição e não foi faturado) acima de 70%, segundo dados do SNIS de 2008. O ideal seria, segundo o secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Leodegar Tiscoski, que esse número não fosse superior a 20%. A média nacional está próxima dos 40% de tudo o que é produzido.

Depois de anos de esquecimento, o secretário explicou que a primeira etapa do PAC focou investimentos em obras, mas que o governo está preocupado também com a sustentabilidade do sistema no longo prazo. O ajuste será feito no PAC 2 com a criação de uma linha de crédito específica para financiar programas de diminuição das perdas e desperdícios.

Airton Gomes acrescentou ainda que, no fim da década de 60, o país contava com 500 sistemas de abastecimento de água – agora, possui 5,5 mil. Porém, o País não se preparou para isso. "Passamos décadas construindo sistemas. É preciso mudar a cultura de obras. Em tempos de PAC, só se pensou nisso", destacou Gomes. Na avaliação dele, houve um desmonte da cadeia produtiva e agora, mesmo com a existência de recursos para investir, as companhias de saneamento básico estaduais e municipais não conseguem executar.

"Tem um caminhão de dinheiro, mas o setor demora de 4 a 5 anos para se reestruturar. Não tem quem faça projetos. Ou seja, não é uma questão apenas de dinheiro, pois não há quadro técnico", frisou.

O presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos, disse que o elevado índice de perda de faturamento das empresas também está relacionado à má qualidade dos produtos utilizados para a construção das redes de abastecimento.





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