O corpo de Priscila será enterrado às 13h no cemitério municipal de Plataforma
09.03.2011 | Atualizado em 09.03.2011 - 12:39
Redação CORREIO
A jovem Priscila Santos da Silva, 27 anos, morreu ontem, após ter sido apedrejada na cabeça, de madrugada, no bairro da Mata Escura. Ela foi socorrida ao Hospital Geral do Estado (HGE), em Brotas, onde morreu. Segundo informações de familiares que entraram em contato com a redação do Correio24horas, a moça foi assassinada pelo próprio marido, identificado como César Augusto.
Segundo o Departamento de Polícia Técnica (DPT), além do traumatismo craniano, Priscila apresentava lesões nas pernas e tórax e fratura no braço esquerdo. O corpo de Priscila foi enterrado às 13h no cemitério municipal de Plataforma.
*Atualizado às 13h20
Inquérito conclui que Larissa se matou |
Estudante teria apanhado dos pais, após a descoberta que tinha namorado; a morte teria sido por ingestão de veneno |
Lilian Grasiela |
Cafelândia – A Polícia Civil de Cafelândia (83 quilômetros de Bauru) concluiu o inquérito instaurado para apurar a morte, em novembro do ano passado, da estudante Larissa Rafaela Kondo de Lima, 15 anos. Segundo o delegado Adílson Carlos Vicentini Batanero, provas testemunhais e documentais reunidas durante as investigações, inclusive bilhetes encontrados na casa da adolescente, apontam que ela morreu após ingerir um raticida conhecido como “Mão branca”. Na ocasião, como a garota apanhou dos pais por estar namorando escondido, também foi aventada a hipótese dela ter morrido em razão da surra. A conclusão do delegado, que descartou a morte por espancamento, se baseia no exame necroscópico do Instituto Médico Legal (IML) de Bauru, que apontou um edema pulmonar como a causa da morte, e em depoimentos prestados pelos pais da estudante, colegas suas de escola, enfermeiras e médica que estavam de plantão na ocasião em que ela foi levada pelo pai ao Hospital de Cafelândia e, até mesmo, o garoto com quem a jovem estava namorando em uma praça momentos antes das agressões. Conforme noticiado pelo Jornal da Cidade no final do ano passado, o exame toxicológico a cargo do Núcleo de Toxicologia Forense da Polícia Científica – que poderia comprovar, de fato, a presença do raticida “Mão branca” no organismo de Larissa - não pôde ser feito porque, segundo Batanero, o material colhido do corpo da adolescente foi insuficiente para a realização do exame complementar. A suspeita de envenenamento surgiu quando o advogado da família da vítima entregou à Polícia Civil um frasco do veneno alegando que ele havia sido localizado do lado de fora da casa. Apesar da ausência de provas documentais comprovando o envenenamento, o delegado diz não ter dúvidas de que a garota se matou. “Tudo leva a essa conclusão porque se ela tivesse levado um chute na cabeça, teria uma marca pelo menos, um hematoma, um sangramento ou algum edema. E não tinha nada”, conta. “Eu ouvi todas as enfermeiras, a médica que atendeu ela no Hospital de Cafelândia, e todas relatam que ela não tinha nenhum sinal de espancamento. Só tinha marcas no braço, que eram das cintadas que a mãe deu e ela tentou se defender. A caixa craniana estava intacta”. Batanero ressalta ainda que bilhetes encontrados na residência da estudante ajudam a sustentar a tese de suicídio. “Ela escreveu os bilhetes se despedindo da mãe e pedindo perdão. Depois ela se arrepende e diz que é tarde. Ela tomou (o veneno) por impulso e depois se arrependeu quando começou a doer o estômago dela”, explica. “Quando ingerido, a absorção desse veneno é muito rápida para o organismo porque ele entra na corrente sanguínea, é absorvido pelo estômago e dificilmente é detectado. De quando ela chegou ao hospital, até a hora em que morreu, ela só convulsionou e não reagiu à medicação”. Segundo o delegado, o inquérito policial será remetido ao Ministério Público (MP) ainda hoje. A promotora responsável pelo caso, Vivien Félix Bueno de Góis, pode arquivar o processo ou oferecer denúncia contra os pais, ou apenas um deles, se entender que houve algum crime. “Pode ser que a promotora entenda que houve maus tratos por parte do pai e da mãe que causaram abalo psicológica na filha levando ela a praticar o suicídio”, diz. Outra possibilidade, segundo o delegado, é a concessão do chamado perdão judicial, por parte do juiz, a eventuais responsáveis pela morte de Larissa, o que extinguiria qualquer tipo de punição. Esse dispositivo é permitido em alguns casos e leva em conta o sofrimento dos pais com a perda da filha. O advogado de José Carlos de Lima, pai de Larissa, Luiz Poli Neto, informou ontem à tarde que não teve acesso ao relatório do inquérito.“Ele (José Carlos) foi indiciado por lesão corporal culposa seguida de morte. Se ficou comprovado que foi suicídio, que culpa ele tem? Não tem nada. Vai ser absolvido sumariamente”. Contudo, o advogado não descarta que o MP possa ter um entendimento diferente a respeito do caso e afirma que vai recorrer de qualquer condenação envolvendo seu cliente. “O fato do delegado ter relatado que não houve a lesão corporal seguida de morte, e sim o suicídio, não significa que a promotora vai aceitar essa decisão”, finalizou. |
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