Ministro afirma que não se sente desprestigiado nem ameaçou renúncia, e que Dilma não pôs Pimentel para tratar de caças
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou ontem qualquer mal-estar com a presidente Dilma Rousseff. Na semana passada, circulou a informação de que o ministro cogitava deixar o cargo por sentir-se desprestigiado. Indagado sobre o relacionamento com Dilma, ele disse que é "ótimo".
Jobim também negou que a suposta ameaça de renúncia tenha sido um recado ao Palácio do Planalto. "Não sei de onde eles tiraram isso. Não mandei recado nenhum. Eu não mando recado. Se eu estivesse desprestigiado, já não estaria aqui", afirmou. Sobre a versão de que a presidente tenha pedido ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para tratar da compra de caças para a Força Aérea Brasileira, Jobim culpou a imprensa.
"O Pimentel disse que não foi escolhido. Quem também falou isso foi a imprensa. O Pimentel não falou nada. Eu perguntei ao Pimentel e ele disse que não", afirmou Jobim, explicando que soube do assunto pela mídia. Disse ainda que "não tem fundamento nenhum" a informação de que Dilma já tenha escolhido a norte-americana Boeing para a compra dos caças para a FAB.
"Isso é coisa de lobista. É a Boeing que está dizendo por interesses óbvios. Isso é a imprensa que inventou", acusou. Jobim informou que vai despachar hoje com a presidente, para tratar da compra dos caças e de outros assuntos da Defesa.
Ele confirmou que terá encontro bilateral em Londres, na próxima semana, mas disse que não vai tratar da compra de navios. "Não vou discutir isso porque as ofertas são feitas à própria Marinha. Só vou examinar isso depois que tudo estiver pronto", disse. O ministro afirmou que a britânica BAE é uma das candidatas, assim como as demais companhias. E a compra, a ser realizada no próximo ano, "está vinculada à disposição que possa ter o país para transferir tecnologia".Sphere: Related Content
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