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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

"O MST já recebeu 160 milhões do Governo. Isso é a metade da verba que o Exército vai receber em 2010."


Comentário da Semana de Gelio Fregapani
Assuntos: Crise Militar, Meio Ambiente, Ambientalistas e MST

Me dá meu boné

Inicialmente expresso meu entusiasmo com a atitude dos nossos comandantes das Forças, e por que não reconhecer, do ministro da Defesa, que começa a merecer apoio para vôos mais altos.

Nas tradicionais famílias de militares, como a da minha saudosa mãe, contava-se muitas histórias, certamente reais, mas que viram folclore familiares. Uma dessas, de pedir o boné, se refere a Floriano Peixoto. Contava-se que, quando Benjamim Constant conseguiu reunir uma tropa rebelada no Campo de Santana, o ministro visconde de Ouro Preto teria convocado ao gen. Floriano para que os enfrentasse (Floriano era o Secretário do Exército, que equivaleria mais ou menos ao atual Ch do Estado Maior). Floriano respondeu que não derramaria sangue de brasileiros, pediu seu boné e pegou o bonde para casa.

Essa velha história, como muitas outras, me deixou marcas negativas, principalmente porque o Floriano acabou vice-presidente passando a imagem de que já estivesse combinado, e não hesitou muito em derramar sangue brasileiro na revolta de 93. Passei a não gostar dessa de pedir o boné .

Já vi outros chefes, quando descontentes, pedirem transferência para a reserva. Muitas vezes pensei que se fosse eu, ou alguns dos que sigo como exemplo (gen Ruy e ten. cel Escóssia) em muitas circunstâncias teria virado a mesa em lugar de me retirar protestando como um choramingas.

‘ O fato é que desta vez encaro de forma diferente o pedido de demissão do Jobin e dos comandantes das Forças; acredito que não foi exatamente um pedido “do boné”, mas apenas um aviso que isto ultrapassava o limite do engulível. Que a partir desse ponto as forças não mais se acovardariam.

Ninguém imagina que em uma guerra inexistam erros de procedimento; claro que também os houve de nossa parte, como no episódio do cap. Sergio Macaco, mas do outro lado houve muito mais, sendo o mais hediondo o assassinato a sangue frio de uma menina, ordenado pelo próprio Prestes. A anistia foi e é o pilar básico da pacificação. Sem ela retorna a guerra.

É impossível a um Exército com brio aceitar passivamente ser submetido a humilhação, mas há outros motivos para a reação militar. Um é a consciência de que o Alto Comissariado da ONU é que está operando à sorrelfa, na destruição da paz social e dos interesses nacionais brasileiros, através de um dos seus braços mais longos, aquele supostamente dedicado aos “direitos humanos”, e tem insistido, nos últimos oito anos, que “o Brasil derrube todas as leis que protejam “torturadores”, com a finalidade real de quebrar a capacidade de resistência militar do nosso País, tal como já conseguiram na Argentina.

Algo mais está acontecendo. Até a imprensa decidiu ventilar o caso, e não somente a ligada a oposição. Depois que este documento maluco veio à tona, cada setor está descobrindo que também será afetado e não só os militares como todos pensavam no inicio, quando estes reagiram contra seu teor. Parece que o País está se tocando do sério perigo que está correndo. O “Me dá meu boné!” – desta vez, estou convicto, não é uma retirada, mas um aviso: se querem briga vão ter. Aí é que terá mesmo uma crise militar, e apoiada por amplos setores civis.

Mesmo o mais revanchista dos vermelhos tem consciência de que não conseguiria circunscrever a “busca da verdade” aos militares. Lula diz que não conhecia o teor. É claro que o governo reformulará, mesmo porque é crível que o presidente não tenha lido. Até mesmo um presidente erudito não teria tempo de ler tudo e ouviria resumos. O que talvez aconteça é a Dilma ter que explicar porque não comentou as implicações na hora que levou para assinar. Constatada a deslealdade, isto poderá até inabilitar sua candidatura. O fato é que a anistia é irrevogável, não por força da lei, mas por “estado de necessidade”.

Quanto mais perigoso um grupo combatente, mais facilmente obtém anistia de seus crimes. Vamos começar pelo terrorismo. Se o governo do Reino Unido estivesse proibido de fazer concessões, não teria obtido o fim das atividades militares do IRA. Se a Espanha não puder fazer ofertas políticas ao ETA nunca haverá paz ali.

Ao inventar que torturas e terrorismo não são anistiáveis, retira-se um instrumento para promover a pacificação política. Se alguém considera o terror um instrumento legítimo para buscar outra ordem constitucional, não deixará de praticá-lo porque a Constituição proíbe a anistia.

Por que dois inconseqüentes puxaram esse assunto agora? Não foi por razões práticas. É simplesmente irreal. Creio que estavam testando a coesão dos militares. Quebraram a cara. Para o Lula mostraram que são perigosamente aloprados. Para o país, são reles criadores de casos.

Talvez tenham detonado a candidatura da Dilma. Como ninguém quer a volta do grupo FHC, deve aparecer alguém mais palatável .

Ambientalistas

Como prevíamos, todos os candidatos pretendem se apresentar como ambientalistas de carteirinha. Na briga para causar boa impressão ao eleitorado, políticos elegeram o meio ambiente. A evidência do tema na mídia inspirou candidatos, que - mesmo sem intimidade com o assunto - resolveram aderir ao verde. O problema dos marqueteiros políticos é que a farsa do aquecimento global foi desmascarada pela onda de frio, arrastando o distorcido ambientalismo político para o fundo do poço.

Apesar da comprovação da farsa do IPCC, da desmoralização do aquecimento global, das nevascas e do aumento do frio, da comprovação que o CO² quase não influi no clima , sempre aparece um bobalhão querendo travar o progresso. O Minc e a Marina continuam querendo dar nosso dinheiro para a inócua redução de CO² no resto do mundo e a transformar nossas áreas agrícolas em inútil vegetação nativa. Quanto as tragédias em Angra e as causadas pelas inundações, da parte deles nenhum gesto de simpatia e muito menos de ajuda. Daqui a pouco aparecerão para botar a culpa no duvidoso aquecimento global.

A parte falsa da crise

Não acredite, sem analisar, em tudo que é escrito. Como se não bastasse a tensão da crise real, há uma falsa em torno da compra dos caças. A FAB, ao dizer qual acha melhor para o combate, tem consciência dos vetos norte-americanos ao uso soberano de sua tecnologia, mesmo que parcial em uma aeronave

Verbas

O MST já recebeu 160 milhões do Governo. Isso é a metade da verba que o Exército vai receber em 2010. Sem mais nenhum comentário.

Que Deus guarde a todos vocês




Sulamérica Trânsito












LAST






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