EUA, Washington, homem, de 36 a 45 anos, português, inglês, espanhol e francês Leia mais |
Aos poucos vazam trechos da entrevista que David Goldman deu à NBC e que vai ao ar amanhã, no Today, e na sexta dia 8 de janeiro, no Dateline. Neles, o norte-americano diz que o filho estava "sofrendo muito" e que o fato de o reencontro dos dois, adiado por 5 anos, ter acontecido na véspera de Natal o fez acreditar que "tem alguém lá em cima, certamente".
Sobre o desfecho do caso: "É um milagre. Se alguém estivesse em dúvida, [pensando] 'Tem alguém lá em cima'? Havia 364 outros dias para isso acontecer, caso ele fosse mesmo voltar para casa um dia. Mas foi na véspera do Natal. Alguém está lá em cima certamente. É incrível. Alguém, um dos meus amigos me disse, 'Se algum produtor de Hollywood fosse escrever sobre isso, toda essa jornada, e pensasse nesse final, as pessoas diriam: 'Você está brincando? Ninguém vai aceditar nisso'. Eu não acreditaria. E poderia estragar o filme inteiuro se eles fizessem isso. Mas é impressionante. É realmente incrível. É como um selo. Ou um ponto de exclamação."
Sobre o episódio no Consulado dos EUA no Rio: "Espero que ele não tenha pesadelos pelo resto da vida por causa daquele dia. Meu coração ficou partido e tem sido partido várias e várias vezes por conta dessa provação. Nunca vou entendê-los [os familiares brasileiros]. Nunca. Eu não acredito que alguém com uma lógica racional e amor verdadeiro pudesse compreender aquele espetáculo que eles criaram lá. Para quê? Por quê? Por quê? Muito triste. Ele veio por vontade própria. E ele está aqui agora. Com seus primos. Estão se divertindo. Ele é amado, muito amado. Não havia ninguém tentando segurá-lo ou uma massa tentando gritar e criar confusão. Não era isso, o que foi uma boa coisa. Era basicamente um garotinho sendo arrastado pelo meio de um monte de câmeras e jornalistas. Não havia um clima de animosidade, brigas, nada. Então, nesse sentido, foi positivo."
Sobre o reencontro: "Ele estava com muito calor. E me dizia: 'Eu estou com calor', falando comigo como se a gente estivesse conversando faz tempo. Ele nunca disse: 'Eu não quero ir com você, eu não quero ficar com você'. Ele não resistiu nada. Ao mesmo tempo, estava sofrendo muito. O que viveu é incomensurável. E ele dizia: 'Eu preciso de botas, se estiver nevando muito, nós teremos de comprar botas. Eu preciso de um casaco de inverno.' Ele já antecipava o que iria acontecer. Ele vinha imaginando. Estava excitado, tenho certeza. Eu respondia e reagia da melhor maneira que eu podia para mantê-lo calmo e para reassegurar que eu o amo. Eu só queria pegá-lo no colo, como toda vez em que eu o vejo"
Escrito por Sérgio Dávila às 17h00
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