[Valid Atom 1.0]

domingo, 27 de dezembro de 2009

Moradores protestam em área alagada da zona leste de SP

Cansados de conviver com alagamentos a cada nova chuva, os moradores do Jardim Romano, na região do Jardim Pantanal (zona leste de São Paulo), protestaram neste domingo. Cerca de cem manifestantes atearam fogo em móveis estragados pelos últimos temporais, em pneus e em entulhos na rua Manoel Félix de Lima, uma das mais afetadas.

O protesto começou por volta das 11h e durou quase três horas. A Polícia Militar chegou ao local por volta das 12h, causando confusão.

Ao tentarem impedir que a aposentada Tereza da Silva Pereira, 69, jogasse almofadas no fogo, os policiais desagradaram ao filho dela, o motorista Luciano Rodrigo Pereira, 31. Ele acabou sendo algemado e detido por desacatar os policiais.

Almeida Rocha/Folha Imagem
Moradores do Jardim Romano protestam por causa dos alagamentos constantes na região, que ficou 14 dias alagada
Moradores do Jardim Romano protestam por causa dos alagamentos constantes na região, que ficou 14 dias alagada

A mulher de Pereira, a doméstica Joseli Cerqueira dos Santos, 32, tentou impedir a saída do veículo policial, e quatro PMs tiveram de retirá-la à força. Os moradores, então, disseram que se a polícia levasse Pereira teria de levar todos.

Para dispersar o tumulto, a PM lançou gás de pimenta na direção dos manifestantes e chegou a chutar alguns moradores. O vigilante Douglas Aquino, 34, foi um dos atingidos pelos chutes. "Nós somos trabalhadores, não somos bandidos. Ele [Pereira] é um cara trabalhador, não estava fazendo nada."

"Estamos fazendo o protesto por causa dessa água podre. Tenho dois filhos. Se um deles morre, o que eles fazem? Jogaram [gás de] pimenta no meu olho, quase quebraram meu dedo e levaram meu marido", desabafou Joseli.

O conflito se dispersou por volta das 12h30, quando alguns oficiais da Defesa Civil do Estado chegaram. Os bombeiros foram acionados para apagar três focos de incêndio.

O primeiro alagamento no bairro ocorreu após a chuva de 8 de dezembro e a região ficou 14 dias debaixo d'água. Na véspera e no Natal voltou a chover e a água invadiu o quintal das casas.

A prefeitura e o Estado começaram a demolir casas em ocupações irregulares no local, onde pretendem construir um parque na tentativa diminuir as enchentes na região








LAST






Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters