Marcelo Sato, casado com a filha mais velha de Lula, aparece em investigação da Polícia Federal conversando com empresário acusado de formação de quadrilha, estelionato e corrupção
Por Gustavo Ribeiro. Comento em seguida.
Não são raros os casos de chefes de estado que, vez por outra, se encontram na constrangedora situação de administrar fanfarronadas de parentes, amigos ou pessoas próximas. O presidente Lula não escapa dessa maldição. Ele já passou por essa situação algumas vezes, uma delas quando seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, foi pilhado pedindo dinheiro (”dois pau”) a um empresário do ramo de jogos. Agora, um genro do presidente aparece como protagonista de atos ilegais em uma investigação da Polícia Federal. O genro é Marcelo Sato, casado com Lurian, filha mais velha de Lula. Sato foi flagrado pelos policiais negociando o recebimento de 10.000 reais de um empresário ligado a uma quadrilha investigada por lavagem de dinheiro, operações cambiais clandestinas, ocultação de bens e tráfico de influência. Equivaleria a um certificado de boa conduta se tudo o que esses parentes e meios-parentes de Lula tivessem obtido de benefícios próprios em sete anos de governo fossem os “dois pau” para Vavá e os 10.000 reais para Sato, que deveria repassá-los a Lurian, conforme as gravações da PF. Mas a questão não pode ser colocada em termos de valores absolutos. É grave o caso de Marcelo Sato, oficialmente empregado como assessor parlamentar.
O marido da filha do presidente prestava serviços a uma quadrilha, ora acompanhando processos em órgãos federais, ora usando sua condição de “genro” para agendar reuniões dos suspeitos com autoridades do governo. Aqui
Comento
Na reportagem, VEJA traz transcrições de diálogos gravados pela PF entre Marcelo Sato e o empresário que está preso. Num deles, ambos estão em Brasília, e Sato promete uma reunião com o sogro para breve.
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