Trama/ Personagens:
- Inspirada no romance homônimo de Eça de Queiroz (1845–1900), a minissérie de Maria Adelaide Amaral traz também personagens de outros dois romances do autor português: A Relíquia e A Capital. A minissérie conta com um narrador, o ator Raul Cortez, que conta toda a história em off, como se fosse o próprio Eça de Queiroz.
- O enredo de Os Maias retrata a decadência da aristocracia portuguesa na segunda metade do século XIX, através da história de uma família tradicional. Dividida em duas partes, a minissérie conta os trágicos destinos dos Maias ao longo dos anos.
- A trama tem início em 1788, quando Pedro da Maia (Leonardo Vieira), filho do patriarca Afonso da Maia (Walmor Chagas), apaixona-se por Maria Monforte (Simone Spoladore). Herdeiro de uma das mais nobres famílias portuguesas, Pedro é um rapaz inseguro e frágil, o oposto de seu pai, que sempre foi contra à educação cristã que sua mulher dava ao filho. Desde a morte da mãe, Pedro vivia enclausurado pela melancolia, mas sua vida se transforma inteiramente quando ele conhece a bela e envolvente Maria Monforte. Apesar da evidente felicidade de seu único filho, Afonso reprova o romance, por causa do passado nebuloso do pai de Maria, Manuel Monforte (Stênio Garcia), um negreiro que não pertence à alta sociedade lisboeta. Dom Afonso da Maia é um homem rígido, de idéias firmes, muito íntegro. Quando jovem, aderiu aos ideais do Liberalismo e, antes de mudar-se para Lisboa, viveu na Inglaterra até a morte do pai. É liberal em suas convicções políticas, mas extremamente conservador quanto aos valores familiares e tenta impedir de todas as formas que seu filho se case com aquela mulher. A dura intervenção de Afonso, no entanto, não é capaz de alterar o destino de Pedro e Maria.
- Apaixonado e inteiramente envolvido, Pedro decide romper com o pai para se casar com seu grande amor. Eles têm dois filhos: Maria Eduarda (Ana Carolina Herquet) e Carlos Eduardo (Samir Alves). O casal vive em harmonia até o dia em que um acidente transforma a felicidade familiar. Durante uma caçada, Pedro fere o príncipe italiano Tancredo (Fabio Fulco) e, para se desculpar, leva-o para se recuperar em sua casa. Tancredo aceita e passa a conviver com a família. Do convívio, nasce uma paixão incontrolável entre ele e Maria Monforte. A situação se agrava quando Maria resolve fugir com o príncipe, levando com ela a pequena Maria Eduarda e deixando Carlos Eduardo para ser criado pelo pai. Inconsolável, Pedro resolve voltar para o Ramalhete, como é conhecida a casa de Dom Afonso. O pai o recebe, apesar de toda a mágoa.
- Os dias passam, e Pedro da Maia não se recupera do duro golpe que sofrera. Nem ao pequeno Carlos Eduardo ele consegue se dedicar. Deprimido e solitário, Pedro se suicida com um tiro no peito. Afonso decide, então, criar o neto segundo suas convicções.
O patriarca deixa a mansão da família e se muda para a Quinta de Santa Olávia, outra propriedade dos Maias, onde inicia uma nova vida ao lado de Carlos Eduardo. Com muito amor e dedicação, Afonso cuida do neto seguindo preceitos ingleses, com rigorosa disciplina, exercícios físicos diários, apreço ao conhecimento e sem religião. Muitos reprovam a forma como Dom Afonso educa o pequeno Carlos, especialmente Abade Custódio (José Lewgoy) e Eugênia Silveira (Jandira Martini), que o criticam principalmente pela falta de orientação religiosa.
- Na segunda fase da minissérie, Carlos Eduardo (Fábio Assunção) está com 25 anos e conclui o curso de medicina na Universidade de Coimbra. É um rapaz belo e impetuoso. Forte e viril, é também muito carismático. Da mãe, puxou o jeito intenso e romântico. Do avô, a rigidez de valores, a honra e o caráter. O gênio apaixonado e a integridade moral o tornam um grande homem. Seus grandes amigos são João da Ega (Selton Mello), Vitorino Cruges (Ilya São Paulo), Teodorico Raposo (Matheus Nachtergaele) e Craft (Dan Stulbach).
- Seu fiel e inseparável companheiro é João da Ega, com quem Carlos desenvolve um grande elo afetivo, uma amizade sincera e duradoura. O amigo Teodorico é responsável pelo tom de humor da trama. Ele é sobrinho de Patrocínio das Neves (Mirian Muniz), a Titi. Carola e muito severa, Titi louva a Deus sobre tudo e todas as coisas, sente total repulsa ao sexo e mantém-se imaculada. Criou Teodorico Raposo como se fosse seu filho e nem desconfia que o sobrinho é o maior dos libertinos, amante de um bom fado, conhecido como o “Rapozão das espanholas”. Outro personagem jovem da história é Eusebiozinho (Felipe Martins), filho de Eugênia Silveira, um rapaz fraco, sem caráter. Extremamente fiel a Deus, mas capaz de trair um amigo íntimo. Através desse núcleo de personagens, a minissérie discute valores como educação, família e casamento, religião e política, além de mostrar como cada um desses jovens portugueses encara a vida, as mulheres e o futuro.
- Na segunda fase da história, Dom Afonso da Maia está com 75 anos. Continua a ser o grande alicerce da família Maia, um homem respeitado e adorado por todos. Seus valores permanecem rígidos, mas, com o tempo, torna-se um homem mais calmo e generoso. A relação com Carlos Eduardo é de extrema amizade e confiança. Dom Afonso conquista também a simpatia dos amigos do neto, que adoram se reunir em sua casa para ouvir as histórias daquele homem culto, com quem eles podem conversar sobre literatura, política e mulheres sem repressão.
- Com a formatura, Carlos retorna a Lisboa, e Dom Afonso decide voltar a morar no Ramalhete. Para isso, planeja uma reforma na mansão e conta com a ajuda de Vilaça (Ewerton de Castro), o administrador da família Maia, um homem íntegro e muito fiel a Dom Afonso.
- Maria Eduarda (Ana Paula Arósio) é mais uma personagem chave para o desenrolar da segunda fase da narrativa. Ela chega a Lisboa acompanhada do marido, Castro Gomes (Paulo Betti), um comerciante brasileiro, e da filha, Rosa (Isabelle Drummond). Bonita e inteligente, é uma mulher sensível e sensata, dotada de muito caráter. Tem um passado nebuloso, que vai se revelando ao longo da história. Ao conhecer Maria Eduarda, Carlos fica completamente apaixonado. O sentimento é recíproco, mas ela faz tudo para evitar a aproximação. Carlos, por sua vez, não consegue parar de pensar naquela mulher, que ele considera seu grande amor, cercando-a de todas as formas. Um dia, Castro Gomes parte para o Brasil a negócios. A pequena Rosa adoece, e Maria Eduarda é obrigada a permanecer em Lisboa para cuidar da filha. Com o afastamento de Castro Gomes, Carlos se sente livre para declarar todo seu amor e o faz. Apesar de muito resistir, o desejo é incontrolável, e Maria Eduarda acaba cedendo àquela envolvente paixão.
- Dom Afonso percebe o comportamento distante do neto e, aos poucos, descobre que Carlos está apaixonado por Maria Eduarda, uma mulher casada. Temendo que o neto tenha o mesmo destino do pai, Dom Afonso reprova o envolvimento do neto, pois compara Maria Eduarda à Maria Monforte, a mulher que desgraçou a vida de seu filho, Pedro. Dom Afonso é muito amigo de Maria da Cunha (Eva Wilma), uma mulher bonita, bem-humorada, generosa e muito irreverente. Apesar de não ter tido uma conduta exemplar ao longo da vida, não há quem fale de sua honra, todos a querem bem. É muito leal a Afonso, de quem se torna confidente. Maria da Cunha acaba compartilhando toda a angústia do amigo, por quem ela, na realidade, é apaixonada.
- Outro personagem importante na história é o poeta romântico Tomás de Alencar (Osmar Prado). Tomás fora muito amigo de Pedro da Maia e tem um carinho paternal por Carlos Eduardo. No passado, encantou-se por Maria Monforte, mas abdicou de seu amor pela jovem ao perceber que o amigo, Pedro, estava apaixonado por ela. Extremamente sensível, Tomás de Alencar emociona-se muito quando reencontra Carlos em Lisboa. Tomás aproxima-se também de João da Ega, com quem descobre ter grandes afinidades. Amantes da literatura, os dois vivem discutindo sobre romances, estilos literários e grandes poetas.
- Distante de Castro Gomes, Carlos e Maria Eduarda passam a viver dias de paixão e felicidade plena, sentindo-se capazes de enfrentar tudo e todos para ficarem juntos. Mas a felicidade é atrapalhada quando ficam sabendo dos rumores que começam a correr Lisboa sobre o romance dos dois. Interessado em destruir a reputação de Carlos Eduardo, Dâmaso Salcede (Otávio Muller), um francês que fora rejeitado por Maria Eduarda, decide escrever uma carta anônima a Castro Gomes contando que sua mulher o trai. A situação se complica quando Carlos Gomes volta a Lisboa e rompe com Maria Eduarda, humilhando-a. Extremamente racional, Castro Gomes revela que nunca foi casado com Maria Eduarda e que não é pai de sua filha. Amigo da mãe de Maria Eduarda, Castro Gomes, encantado com a beleza da jovem, acolheu-a quando a viu passando necessidades em Paris. Ele se propôs a ajudar a jovem e, ainda, pagar o tratamento de sua mãe, doente, se ela fosse viver com ele. Sem alternativas, Maria Eduarda aceitou a proposta do brasileiro.
- As tramas da narrativa vão se cruzando e se fechando até que a mãe de Maria Eduarda, à beira da morte, decide procurar a filha em Lisboa para revelar toda a verdade sobre seu passado. Ao chegar na casa de Maria Eduarda, ela encontra Carlos. Em seguida, vai ao Ramalhete, onde novamente vê o rapaz, que se apresenta como Carlos da Maia. A mãe de Maria Eduarda é Maria Monforte. Ao constatar que seu filho é o grande amor de sua filha, Maria Monforte se desespera, em uma comovente cena, quase um trecho de ópera.
- Dom Afonso, ciente da tragédia, exige que o neto vá à casa de Maria Eduarda contar-lhe toda a verdade. Ao chegar lá, Carlos não tem coragem de revelar a trágica descoberta, e os dois acabam se amando, numa das cenas mais fortes da minissérie. Dom Afonso, com maus pressentimentos e preocupado com a demora do neto, decide ir atrás dele. Ao ver que Carlos está trancado no quarto de Maria Eduarda, Dom Afonso sofre. Quando Carlos chega ao Ramalhete, troca apenas um olhar com o avô, confirmando a tragédia que assolava a família Maia. O golpe é duro, e Afonso não suporta. Ele desfalece e morre. Quando Carlos percebe, agarra-se ao corpo do avô, em desespero, pedindo desculpas. Enquanto sofre, abraçado ao avô morto, o narrador diz: “O seu desespero era que o avô assim tivesse partido para sempre. Sem que entre eles houvesse um adeus, uma doce palavra trocada. Nada, apenas aquele olhar angustiado quando ele passara para a morte”.
- Depois da morte do avô, Carlos revela à Maria Eduarda que os dois são irmãos e informa que ela terá todos os bens a que tem direito. Desesperada, Maria Eduarda cai em prantos. Ela decide visitar o túmulo de Dom Afonso antes de embarcar para Paris com a filha. A pedido de Carlos, João da Ega vai até a residência da mulher para lhe dar algum dinheiro e diz que Carlos irá à estação para se despedir dela. Maria Eduarda se prepara para embarcar e fica à espera de Carlos.
- Inicialmente, o telespectador entende que ele não apareceu na estação. Há uma passagem de tempo de dez anos. Carlos e o inseparável amigo João da Ega visitam o Ramalhete, abandonado. Depois, seguem caminhando pelas ruas de Lisboa e conversam sobre a cidade, o rumo que suas vidas tomaram e o destino de seus companheiros. “Falhamos a vida”, Carlos diz a Ega, “Éramos tão brilhantes, tão promissores”, prossegue. Ega pergunta sobre Maria Eduarda, e Carlos conta sobre a última vez que a viu, na estação de trem. Há um flashback, e o telespectador fica sabendo, então, que ele esteve lá para se despedir dela. Voltamos ao presente, à seqüência em que Carlos e Ega conversam sobre suas vidas, caminhando pelas ruas de Lisboa, apressados para pegar o próximo ônibus.
- Outros personagens de destaque na trama são Raquel Cohen (Maria Luisa Mendonça), casada com Jacob Cohen (Cécil Thiré), por quem João da Ega também é apaixonado; e o conde (Otávio Augusto) e a condessa de Gouvarinho (Eliane Giardini), apaixonada por Carlos da Maia.
Produção:
- Realizou-se uma minuciosa pesquisa para auxiliar o trabalho da produção. Figurinos, arte, cenografia, fotografia, maquiagem, entre outros aspectos, foram explorados com o objetivo de reproduzir com máxima fidelidade a estética e o comportamento da época.
- Alguns meses antes do início das gravações, o elenco e a equipe participaram de palestras feitas por especialistas na obra de Eça de Queiroz, realizadas no Projac. Os palestrantes foram Beatriz Berrini, doutora em Letras pela Universidade de São Paulo, considerada a maior especialista em Eça de Queiroz no Brasil; Campos Matos, consagrado arquiteto português, estudioso e autor de livros sobre a obra do escritor; Nicolau Servcenko, historiador especializado no século XIX; Isabel Pires de Lima, portuguesa, membro do projeto Eça de Queiroz e conselheira de redação da Revista Queiroziana; e Carlos Reis, português, diretor da Biblioteca Nacional de Lisboa.
- As cenas de interior foram gravadas no estúdio da Renato Aragão Produções, em Vargem Grande, no Rio de Janeiro. Outros locais da cidade também foram utilizados como locação para a minissérie, como o Teatro Municipal, o Palácio do Catete e o Museu do Açude, todos com caracterização de época.
- Os figurinos foram inteiramente confeccionados na oficina de costura da TV Globo. Alguns adereços e peças foram comprados em Londres, na Espanha e em Portugal, como os lenços de seda e os robes orientais usados por João de Ega. Todas as indumentárias seguiram as descrições detalhadas de Eça de Queiroz na apresentação de seus personagens. O autor dava detalhes de objetos, cores, tecidos, movimentos, sombrinhas e outros adereços. As roupas das atrizes contavam com crinolina (armação), blusa de baixo, calçola, botina, espartilho, vestido, luvas, bolsinha, leque e adereços de cabelo. Para os homens, sobrecasaca, capote, cartola, luvas, bengala, botas, calça, gravata e colete.
- A maquiagem também merece destaque. Cabelos volumosos, barbas, bigodes e cavanhaques marcavam a caracterização masculina. Entre as mulheres, várias atrizes tingiram os cabelos, como Ana Paula Arósio, que aparece loira, e usaram lentes de contato. Assim como Ana Paula Arósio, o ator Fábio Assunção também usou lentes de contato castanhas. A equipe de maquiagem contou com o trabalho da maquiadora inglesa Joan Hills, que trabalhou no filme Um Amor de Swann, de Volker Schlondorff.
- Para dar mais realismo às cenas ambientadas em Portugal, a minissérie foi gravada durante seis semanas em várias regiões do país, sendo a primeira produção da TV Globo a passar tanto tempo fora do Brasil. Foram a Portugal 26 integrantes de um elenco de mais de 50 atores, além de 95 pessoas da equipe de produção. Cerca de 50 portugueses trabalharam na minissérie, que também contou com a participação de três atores estrangeiros no elenco: os ingleses Philip Croskin (mister Brown) e Ruth Brennan (miss Sarah) e o italiano Fabio Fulco (Tancredo). Foram utilizados 16 carros, que davam suporte às equipes, incluindo três ônibus para o figurino, que também serviram como camarim.
- Em Portugal, a equipe gravou no Vale do Douro, ao norte do país, onde foram feitas as seqüências da colheita de milho e uva mostradas na história. Na estação de trem de Vargelas, foi gravado o embarque de trem de Carlos da Maia para Coimbra, quando o personagem ingressa na faculdade de Medicina. A cena do enterro de Pedro Maia foi realizada na vila de Monção, quase na fronteira com a Espanha. A cidade de Sintra também serviu de cenário para várias gravações.
- A tradicional casa dos Maias, conhecida como o Ramalhete, teve como fachada um antigo casarão abandonado em Lisboa, de 1788, de propriedade particular.
- Para ajudar na composição de seus personagens de época, os atores tiveram a assessoria de Nelly Laporte, que os instruía sobre postura e gestual, e de Glorinha Beuttenmüller, para a dicção.
- Para viver o poeta Tomás de Alencar, o ator Osmar Prado conta que emagreceu dez quilos, colocou megahair, deixou a barba e as unhas crescerem. Tudo para passar a imagem de um verdadeiro poeta romântico: um homem descompromissado com aparência, interessado somente na essência dos seres humanos.
Curiosidades:
- A série foi produzida em parceria com a emissora portuguesa SIC (Sociedade Independente de Comunicação) e estreou simultaneamente em Portugal e no Brasil.
- Os Maias marcou a volta do diretor Luiz Fernando Carvalho à TV Globo, após três anos afastado da televisão para se dedicar ao filme Lavoura Arcaica (2001).
- Em 2004, a Globo Vídeos lançou Os Maias em DVD. O DVD contou com edição de Luiz Fernando Carvalho, que fez alterações no formato da série, cortando as partes da narrativa que se referem aos romances A Relíquia e A Capital. São 940 minutos distribuídos em quatro discos. Os extras trazem depoimentos de alguns atores do elenco, como Ana Paula Arósio, Fábio Assunção, Walmor Chagas e Selton Mello, além de comentários da autora Maria Adelaide Amaral sobre a adaptação do romance para a televisão. Outro destaque do DVD são as notas sobre a obra literária, através de Beatriz Berrine, professora titular de literaturas portuguesa e brasileira da PUC - São Paulo. A versão exclusiva teve a primeira tiragem esgotada no Dia das Mães.
- Fábio Assunção conta que, por causa de um atraso nas gravações em Portugal, ele decidiu fazer uma viagem pela Europa. Em Paris, quando visitava o museu do Louvre, viu uma pintura em que aparecia o personagem criado por Eça de Queiroz, Carlos Eduardo da Maia. Entre muitos homens retratados pela obra, Carlos Eduardo era o mais cabeludo deles e com o olhar mais lúcido, segundo Fábio Assunção. O ator conseguiu uma reprodução da imagem e levou-a a Luiz Fernando Carvalho, propondo que aquela fosse a caracterização do personagem. O diretor concordou e, assim, foi decidido o visual que Carlos Eduardo da Maia teria.
- Eva Wilma conta que se sentiu lisonjeada com o convite de Luiz Fernando Carvalho para integrar o elenco de Os Maias. Segundo a atriz, o diretor ofereceu a ela três personagens da história, para que ela própria escolhesse a que mais lhe interessasse. Ele queria contar com sua participação, independente do papel. Eva Wilma escolheu viver a irreverente e apaixonada Maria da Cunha.
- Os Maias recebeu os prêmios de melhor cenografia, fotografia e direção de arte do II Festival Latino-Americano de Cine Vídeo de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Trilha sonora:
- A trilha sonora de Os Maias teve produção de André Sperling. Entre as canções, contou com a gravação especial de uma peça sinfônica inédita, feita pelo maestro John Neschling, que regeu uma orquestra de 90 integrantes.
- A música tema de abertura era a forte e marcante O Pastor, do grupo português Madredeus. A canção marcava também as seqüências impactantes da história. Além da música de abertura, o conjunto foi responsável por outras três faixas da trilha: As Ilhas dos Açores, Haja o que Houver e Matinal.
[Fontes: Depoimentos concedidos ao Memória Globo por: Ana Paula Arósio (05/06/2006), Eva Wilma (11/05/2001), Fábio Assunção (04/04/2006), José Lewgoy (18/04/2001), Maria Adelaide Amaral (09/02/2006), Marília Pêra (11/04/2001), Osmar Prado (14/06/2002), Raul Cortez (19/06/2002) e Stênio Garcia (19/06/2002); Boletim de programação da Rede Globo, 30/10/2000; 28/12/2000, 09/01/2001; APOLINÁRIO, Sônia. “Os Maias marca volta de Carvalho” In: O Estado de S.Paulo, 09/07/2000; “Começam as gravações da nova minissérie em Portugal” In: O Globo, 29/10/2000; MARTHE, Marcelo. “Luxo fora de série” In: Veja, 10/01/2001; MEMÓRIA GLOBO. Dicionário da TV Globo, v.1: programas de dramaturgia & entretenimento. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2003; “Os Maias em DVD: tal como deveria ter sido” In: O Estado de S.Paulo, 01/05/2004; "Os Maias quer dar a Eça ares de cinema” In: Folha de S.Paulo, 09/01/2001; RUBIN, Nani. “Não há minissérie como Eça” In: O Globo, 31/10/2000; “www.teledramaturgia.com.br, acessado em 11/2006; http://viaglobal/cedoc (intranet), acessado em 11/2006]