FRANK JACK DANIEL E ANDREW CAWTHORNE - REUTERS
CARACAS - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aproveitou na quarta-feira uma visita do colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, para qualificar Israel como agente sanguinário dos Estados Unidos.
Chávez e Ahmadinejad, na última etapa de sua viagem pela América do Sul, trocaram abraços, apertos de mão e elogios revolucionários.
O venezuelano aludiu a uma declaração feita neste mês pelo presidente de Israel, Shimon Peres, durante a sua própria visita à América do Sul --para Peres, os dias de Chávez e Ahmadinejad no poder estão contados.
"Sabemos a que se presa o Estado de Israel --um braço homicida do império ianque", disse Chávez a jornalistas. "O que o presidente de Israel disse, levamos como uma ameaça."
Chávez rompeu relações com Israel neste ano, e foi elogiado pelo mundo islâmico depois de qualificar como genocida a ação militar de dezembro e janeiro do Estado judeu na Faixa de Gaza.
Refletindo a retórica chavista, os muros de Caracas frequentemente aparecem com slogans antissemitas. Além disso, o governo de Chávez mantém uma estreita relação com Ahmadinejad, que costuma questionar a ocorrência do Holocausto nazista.
Chávez também apoia o direito do Irã de ter um programa nuclear, e Teerã ajuda a Venezuela a mapear suas reservas de urânio. Ambos os países pertencem à Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
Durante a visita de Ahmadinejad, os dois governantes assinaram diversos acordos empresariais e industriais, relacionados a 129 projetos conjuntos que, segundo Chávez, vão da montagem de bicicletas e a fabricação de autopeças até o processamento de leite e construção de casas.
Antes de chegar à Venezuela, Ahmadinejad havia passado por Brasil e Bolívia, dois países onde ouviu palavras de apoio ao programa nuclear que Teerã diz ter fins pacíficos --algo de que potências ocidentais duvidam.
"O que os imperialistas dizem? Que Ahmadinejad está aqui porque estamos fazendo a bomba atômica aqui também", disse Chávez. "Eles é que têm bombas atômicas, e lembrem-se de que os imperialistas ianques despejaram bombas sobre Hiroshima e Nagasaki", disse numa referência ao ataque com bombas nucleares realizado pelos EUA nessas cidades japonesas no final da Segunda Guerra Mundial.
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Chávez e Ahmadinejad, na última etapa de sua viagem pela América do Sul, trocaram abraços, apertos de mão e elogios revolucionários.
O venezuelano aludiu a uma declaração feita neste mês pelo presidente de Israel, Shimon Peres, durante a sua própria visita à América do Sul --para Peres, os dias de Chávez e Ahmadinejad no poder estão contados.
"Sabemos a que se presa o Estado de Israel --um braço homicida do império ianque", disse Chávez a jornalistas. "O que o presidente de Israel disse, levamos como uma ameaça."
Chávez rompeu relações com Israel neste ano, e foi elogiado pelo mundo islâmico depois de qualificar como genocida a ação militar de dezembro e janeiro do Estado judeu na Faixa de Gaza.
Refletindo a retórica chavista, os muros de Caracas frequentemente aparecem com slogans antissemitas. Além disso, o governo de Chávez mantém uma estreita relação com Ahmadinejad, que costuma questionar a ocorrência do Holocausto nazista.
Chávez também apoia o direito do Irã de ter um programa nuclear, e Teerã ajuda a Venezuela a mapear suas reservas de urânio. Ambos os países pertencem à Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
Durante a visita de Ahmadinejad, os dois governantes assinaram diversos acordos empresariais e industriais, relacionados a 129 projetos conjuntos que, segundo Chávez, vão da montagem de bicicletas e a fabricação de autopeças até o processamento de leite e construção de casas.
Antes de chegar à Venezuela, Ahmadinejad havia passado por Brasil e Bolívia, dois países onde ouviu palavras de apoio ao programa nuclear que Teerã diz ter fins pacíficos --algo de que potências ocidentais duvidam.
"O que os imperialistas dizem? Que Ahmadinejad está aqui porque estamos fazendo a bomba atômica aqui também", disse Chávez. "Eles é que têm bombas atômicas, e lembrem-se de que os imperialistas ianques despejaram bombas sobre Hiroshima e Nagasaki", disse numa referência ao ataque com bombas nucleares realizado pelos EUA nessas cidades japonesas no final da Segunda Guerra Mundial.