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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

''Teria sido mais fácil não prender Duda''


Desabafo é do delegado que deteve marqueteiro do PT

De Fausto Macedo:

Cinco anos depois de comandar a Operação Rudis, que culminou com a prisão em flagrante do publicitário Duda Mendonça em uma rinha de galo no Rio, o delegado da Polícia Federal Antonio Cardoso Rayol persegue outro alvo, a própria aposentadoria, mas não consegue. O motivo são processos administrativos disciplinares abertos contra ele porque, segundo diz, "atreveu-se a prender o marqueteiro que é amigo do presidente da República".

"Eu acho que me aborreci mais do que ele (Duda)", declara Rayol, 32 anos de carreira. "Teria sido mais fácil para mim não prendê-lo. Depois de tantos anos é como se eu tivesse sido condenado." Para ele, os delegados que assumem investigações "contra influentes não têm segurança jurídica porque dependem de advogados amigos ou da assessoria do sindicato de classe".

Marqueteiro do presidente Lula e do PT, Duda foi detido no sítio Privê, Recreio dos Bandeirantes, palco da briga de galo, em outubro de 2004 - nove dias antes do segundo turno das eleições municipais daquele ano. Ele fazia a campanha à reeleição de Marta Suplicy (PT) à Prefeitura de São Paulo. Um comando da PF, dirigido por Rayol, invadiu a arena com 200 apostadores. Capturado, Duda disse: "O Brasil sabe que o meu hobby é esse."

"A operação provocou uma pressão política odiosa", protesta Rayol. "Foram instaurados processos administrativos disciplinares para apurar irregularidades. Mas não houve abuso. Fizemos um trabalho rotineiro, com o Ministério Público."

Na época, a PF era dirigida pelo delegado Paulo Lacerda. Rayol era titular da Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente da PF do Rio. Ele enquadrou Duda por crime ambiental, apologia ao crime e quadrilha. "O juiz recebeu a denúncia da promotoria, mas ele (Duda) recorreu. Até hoje ele conseguiu nem ser julgado em primeiro grau com sucessivos recursos. Foi preso em flagrante, provas incontestáveis. Melhor coisa para ele é não ser julgado. Provavelmente, jamais será punido. Vai cair na prescrição." Assinante do jornal leia mais em: ''Teria sido mais fácil não prender Duda''


PF prende Duda Mendonça em "briga de galo" no Rio

Publicidade
JANAINA LAGE
CLARICE SPITZ

da Folha Online, no Rio e em SP

O publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha do PT em São Paulo, foi preso em flagrante na noite desta quinta-feira durante uma operação da Polícia Federal de repressão às rinhas de galo num sítio entre Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro.

De acordo com a Polícia Federal, mais de 200 pessoas estavam no local, entre elas o vereador reeleito no Rio pelo PT, Jorge Babu. Eles devem ser encaminhados à sede da Superintendência da PF na praça Mauá (região central).


Jorge Araújo/Folha Imagem
O publicitário Duda Mendonça
Foram encontrados R$ 8.000 em dinheiro e vários cheques em branco. O ingresso para participar, nesta noite, custava R$ 50. O volume médio de apostas por luta é de R$ 50 mil. Hoje, dois carros Gol serviriam de prêmio.

No casarão, havia três arenas, duas pequenas e uma grande, além de viveiros. A polícia também recolheu placares e cerca de cem animais, alguns machucados.

Segundo o delegado da Polícia Federal responsável pelo caso, Antonio Carlos Rayol, da Delemaph (Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico), Duda Mendonça declarou ser sócio do local.

O delegado disse que a operação foi motivada por denúncias de órgãos de defesa dos animais.

Crime Ambiental

A prática é considerada crime ambiental e se enquadra no artigo 32 da legislação ambiental, que prevê pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. A pena pode ser aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

O artigo condena "o ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos".

De acordo com o delegado-substituto e chefe do setor de Inteligência da Polícia Federal, Lorenzo Pompilio da Hora, 45, Duda Mendonça poderá responder também por formação de quadrilha, conforme prevê o Código Penal.

Outro lado

Aos jornalistas, Duda Mendonça declarou não ter vergonha de nada, disse se tratar de um hobby antigo e que não estava fazendo nada de errado.

"O Brasil todo sabe que eu gosto de rinha de galo e sabe que esse é o meu hobby", disse.


Duda Mendonça é detido em briga de galos no Rio

21 de outubro de 2004 • 23h16 • atualizado às 23h16


O publicitário Duda Mendonça é detido por agentes da PF Foto: Terra
O publicitário Duda Mendonça é detido por agentes da PF
22 de outubro de 2004
Foto: Terra



O publicitário Duda Mendonça foi detido na noite desta quinta durante uma operação da Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal para reprimir rinhas de galo em um clube de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Além do publicitário, foram detidos o vereador Jorge Babu (PT) e cerca de 200 pessoas. Duda e Babu foram levados à superintendência da Polícia Federal na Praça Mauá.

Famoso por suas campanhas de marketing político, Duda Mendonça, trabalhou com Paulo Maluf e participou da campanha que levou Lula ao Palácio do Planalto. Atualmente, o publicitário comanda a campanha da prefeita Marta Suplicy à reeleição em São Paulo.

"O Brasil inteiro sabe que esse é meu hobby. Não estou fazendo nada de errado e ponto final. Nada a declarar", afirmou o publicitário, que chegou a telefonar para o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e para o secretário nacional de Segurança Pública, delegado Luiz Fernando Corrêa, pedindo ajuda.

Se for comprovado que Mendonça e Babu eram sócios do clube, eles poderão ser enquadrados por formação de quadrilha. "Quando nós chegamos, os dois estavam sentados num local destinados aos sócios", disse o delegado Antonio Rayol, chefe da Delegacia de Meio Ambiente, conforme o jornal O Globo. Babu afirmou que estava no local acompanhando amigos e que não fez apostas.

Apostas e penas
A operação começou por volta das 20h. A polícia encontrou no local R$ 8 mil em dinheiro e vários cheques em branco. O volume médio de apostas por luta é de R$ 50 mil. Os policiais identificaram quatro menores entre os presentes.

O Clube Privê Cinco Estrelas é famoso por organizar eventos do tipo. Ontem era o primeiro dia de um evento que duraria três dias. O movimento de apostas foi de R$ 1,7 milhão em apostas ontem à noite, segundo agentes da Polícia Federal.

A Polícia Federal encontrou cerca de 100 animais que participavam das brigas no local. Alguns deles estavam muito machucados. Segundo o porta-voz da Superintendência da Polícia Federal no Rio, Clóvis Ramos, essas pessoas podem ser incriminadas por abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação de animais.

A pena, segundo a Lei de Crimes Ambientais, varia de três meses a um ano de detenção, além de multa. Clóvis Ramos disse ainda que cerca de 25 pessoas podem estar envolvidas com a organização das rinhas de galo. Nesse caso, elas podem ser incriminadas por formação de quadrilha, crime que prevê pena de um a três anos de prisão.

"Como milhões de brasileiros"
O hobby de Duda Mendonça foi revelado em sua autobiografia, Casos & Coisas, lançada em 2001. "Meu irmão mais velho também criava galo, há muito tempo, e foi assim que, como milhões de brasileiros, me apaixonei pelas brigas de galos", escreveu o marqueteiro.

De acordo com a Folha de S. Paulo, Duda costuma participar de brigas de galos em Salvador.

Redação Terra



Duda Mendonça depõe na PF em Salvador

Publicada em 02/02/2006 às 15h53m

Globo Online GloboNews TV

SALVADOR - O publicitário Duda Mendonça, acusado de receber dinheiro do valerioduto através de uma conta no exterior, depõe nesta quinta-feira, na sede da Polícia Federal (PF), em Salvador.

O depoimento do publicitário começou às 10h. Ao chegar, Duda declarou que contaria a verdade à polícia, e que não tinha mais contas no exterior e que apenas repetiria o que já declarou em outros depoimentos na Polícia Federal e na CPI dos Correios.

Em depoimento na CPI no ano passado, Duda Mendonça disse que abriu uma conta nas Bahamas para receber R$ 10,5 milhões de caixa dois dentro do esquema montado pelo empresário Marcos Valério. A conta, segundo o publicitário, já estaria fechada. O dinheiro, ainda de acordo com Duda, era destinado ao pagamento de campanhas feitas para o PT nas eleições de 2002, entre elas a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além do envolvimento no esquema de caixa dois montado pela direção nacional do PT, Duda Mendonça também terá de esclarecer as novas denúncias que estão sendo investigadas pela CPI dos Correios, de que teria outras contas no exterior.

Preocupados em não chegar ao fim de seus trabalhos sem identificar a origem dos recursos que abasteceram o esquema de financiamento do PT e de seus aliados, integrantes da CPI dos Correios oram aos Estados Unidos em busca de supostas novas contas do publicitário no exterior.



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